PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: anciãos de cafarnaum
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VEJA SE A SUA ORAÇÃO É ASSIM

Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)
17 de setembro de 2018.
O segredo da verdadeira oração está na história da cura do servo do oficial romano (Lc 7,1-10). Veja que o que podemos aprender dessa bela história: as qualidades da verdadeira oração.
Os anciãos de Cafarnaum foram falar com Jesus em nome do oficial romano:  “ele está pedindo que vá ver o seu empregado que está doente, é uma pessoa que ele quer muito bem”. Foi isso que moveu Jesus a sair em direção de sua casa: o oficial queria bem ao empregado.  Não foi porque o oficial romano era uma pessoa importante; ou mesmo porque ele era uma pessoa bem quista na comunidade judaica da cidade, para a qual já tinha inclusive colaborado na construção da sinagoga. Ninguém tem méritos suficientes para merecer o favor de Deus. Deus não atende as preces de uma pessoa porque ela é rica, influente ou importante. Deus não olha pra isso. Jesus foi visitar o empregado à beira da morte, a pedido do oficial, porque este tinha demonstrado amor no coração, queria bem ao seu empregado. O amor, isso sim, é uma condição básica para a verdadeira oração. AMOR!
Jesus já estava chegando perto da casa, quando se encontrou com amigos do oficial que foram enviados para pedir que não fosse mais à casa dele. ‘E por que não?’ “Porque ele disse que não é digno que o senhor entre na casa dele. Ele acha que não tem esse merecimento. Nem de vir encontrá-lo no caminho, ele se acha digno”. Vejam que humildade! Ele era uma pessoa socialmente importante, chefe militar, romano. Mas, não se achou digno de receber Jesus. Nem de vir encontrá-lo na estrada. Dá pra lembrar a história que Jesus contou do fariseu e do publicano. Os dois foram rezar. Um se gabava de ser o bonzão, o praticante, desprezando o pecador. O publicano batia no peito e implorava compaixão, porque era um pecador. O fariseu, arrogante. O pecador, humilde. O publicano foi atendido. O oficial romano foi humilde, considerou honra demais receber Jesus na sua casa. E sacrifício demais para Jesus, de ter que entrar na casa de um pagão. A humildade é outra condição importante para a oração. HUMILDADE!
O recado todo foi este: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Mas ordena com a tua palavra e o meu empregado ficará curado”. Fé, Fé! Jesus ficou admirado. “Ainda não encontrei uma fé tão grande em Israel”. O romano não pertencia ao povo de Deus. E ainda assim, mostrou uma fé tão grande, não precisava nem da presença de Jesus, de gestos que o convencessem... bastaria uma palavra sua, uma ordem, uma manifestação do seu querer. A fé é isso: entregar-se nas mãos de Deus. Confiar inteiramente. Fé é o outro ingrediente necessário para a verdadeira oração. FÉ!
Guardando a mensagem
Amor, Humildade e Fé. Esse é o segredo da verdadeira oração. Amor que faz a gente estar mais voltado para os outros do que para nós mesmos. Humildade que faz com que a gente reconheça a própria fraqueza e não pretenda obrigar Deus a fazer a nossa vontade, mas estejamos dispostos a realizar a sua. Fé que nos coloca no lugar de filhos que em tudo depende do Pai, inteiramente, ternamente. Quer rezar pra valer? Então, aí está o segredo: amor, humildade e fé.
Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Precisamos aprender a rezar melhor, a rezar como o oficial romano dessa cena do evangelho. O que ele mandou te dizer é o que rezamos na Missa, antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. Dá-nos, Senhor, que a nossa oração seja como a dele, manifestação de amor pelo próximo, exercício de humildade diante da vontade do Pai e expressão de fé no seu poder misericordioso. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Durante o dia de hoje, repita muitas vezes a prece do oficial romano: “Senhor, eu não digno(a) de que estreis em minha casa, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 12.09.2016

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