PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: abuso de menores
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UMA IGREJA SANTA E PECADORA

Se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. (Mc 9, 42)
28 de fevereiro de 2019
Lendo o evangelho de hoje, não há como fugir de uma referência ao Encontro de Bispos que terminou domingo passado, no Vaticano. Sob a presidência do Papa Francisco, reuniram-se todos os bispos presidentes de Conferências Episcopais do mundo todo, com patriarcas, responsáveis pelas Igrejas orientais católicas e uma representação dos superiores e superioras de Congregações Religiosas. O assunto: A proteção de menores na Igreja.
É claro que o abuso de menores não é um crime exclusivo de eclesiásticos. A maior parte das denúncias que circulam nos meios de comunicação se refere a parentes das vítimas, padrastos, educadores, etc. Mas, há uma gravidade especial quando o caso implica um religioso. As denúncias que envolvem padres são dolorosas para todos os que amam e respeitam a Igreja Católica, porque implicam pessoas que representam a instituição eclesiástica e porque delas não se poderia esperar esse tipo de comportamento criminoso.
O Papa Francisco, no Ângelus do domingo passado, fazendo eco ao Encontro dos Bispos a poucas horas concluído, começou dizendo: “Como vocês sabem, o problema dos abusos sexuais contra menores por parte de membros do clero, suscitou há tempos grave escândalo na Igreja e na opinião pública, quer pelos dramáticos  sofrimentos das vítimas, quer pela injustificável negligência em relação a eles e o acobertamento dos culpados por parte de pessoas responsáveis ​​na Igreja”.
O Papa foi claro, diante daquela multidão reunida na Praça de São Pedro: “Nós pastores das comunidades católicas de todo o mundo, neste encontro, ouvimos a voz das vítimas, rezamos e pedimos perdão a Deus e às pessoas ofendidas, tomamos consciência de nossas responsabilidades, de nosso dever de fazer justiça, na verdade; de rejeitar radicalmente todas as formas de abuso de poder, de consciência e sexual. Queremos que todas as atividades e lugares da Igreja sejam sempre totalmente seguras para menores; que sejam tomadas todas as medidas possíveis para que crimes semelhantes não se repitam; que a Igreja volte a ser absolutamente credível e confiável em sua missão de serviço e educação para os pequenos, de acordo com o ensinamento de Jesus”.
Graças a Deus, não há só razões para constrangimento. Há razões também para louvarmos a Deus pela coragem dos nossos pastores ao enfrentarem essa problemática, com tanta decisão. Este grande encontro culmina mais de vinte anos de esforços no interior da Igreja para prevenir, investigar e punir os criminosos e seus ocultadores; uma luta para purificar a Igreja e para apresentá-la como testemunha fiel e amorosa de Jesus Cristo Salvador.
Vamos guardar a mensagem
Jesus foi forte ao falar da gravidade de alguém “escandalizar os pequeninos que creem”, isto é, ser motivo de os destinatários do Reino perderem a fé e se decepcionarem com Deus. E o Senhor não está se referindo apenas ao abuso de tipo sexual, mas de todo tipo de escândalo que leve o irmão mais frágil a se afastar da fé e de perder a salvação. Na homilia da Missa do encerramento do Encontro do Vaticano, neste domingo, o arcebispo presidente da Conferência Episcopal da Austrália, formulou o compromisso assumido pelos bispos, nestes termos: “Faremos todo o possível para fazer justiça e curar os sobreviventes de abusos; vamos escutá-los, acreditar neles e caminhar com eles. Nós nos asseguraremos de que os que abusaram nunca mais possam agredir; pediremos contas aos que ocultaram abusos; fortaleceremos os processos de recrutamento e formação de líderes da Igreja; daremos a todo nosso povo a formação que a proteção requer; faremos todo possível para que os horrores do passado não se repitam e que Igreja seja um lugar seguro para todos”.
Se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. (Mc 9, 42)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
O caminho do Reino de Deus, que anunciaste, não é para gente relaxada, sem compromisso ou que viva sua fé apenas na aparência. Tuas palavras no evangelho de hoje são muito fortes: atar uma pedra de moinho no pescoço, cortar a mão ou o pé, arrancar o olho... Entendemos esta tua forma de falar. Estás nos dizendo da necessária renúncia ao mal, de decididamente abandonarmos o pecado, de definitivamente nos privarmos do que nos afasta de Deus. Realmente, o teu evangelho não é uma brincadeira. E não admites meias conversões. Dá-nos, Senhor, o teu Santo Espírito para nos conduzir nessa vida, evitando o mal e abraçando o que é bom, justo e santo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra

Será que há alguma coisa em sua vida que você precise renunciar, afastar-se, abster-se definitivamente para viver com fidelidade o evangelho do Senhor? Pense, reze, mude.

Pe. João Carlos Ribeiro – 28.02.2019

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