Mas
Jesus perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo
de Deus (Lucas 9, 20)
Vamos começar reparando que esse texto está na conclusão do
período de atividade de Jesus na Galileia. Essa conversa de Jesus com os
discípulos equivale a uma avaliação de todo o seu trabalho feito, desde que
retornou do batismo no Jordão. A essa cena, segue-se a cena da transfiguração.
E começa a grande viagem de Jesus com o seu grande grupo de discípulos a
Jerusalém (Lc 9, 51). Aí já é outra
etapa, em que Jesus se concentra na formação deles.
Na avaliação, Jesus indaga se o povo e eles mesmos, os
discípulos, captaram bem a sua mensagem e entenderam a sua pessoa. São quatro níveis de resposta. “O Senhor é
João Batista. O senhor é Elias. O Senhor é um dos profetas antigos que voltou à
vida. O Senhor é o Cristo de Deus”. Todas as respostas têm certa dose de
verdade. A ação de Jesus é uma forma de dar continuidade ao trabalho de João,
interrompido pela perseguição de Herodes.
Elias, que, no passado, tinha feito um trabalhado de restauração da fé
de Israel, era aguardado para a obra final: podiam ver isso em Jesus. E ele agia mesmo com a liberdade e a
determinação dos antigos profetas. Mas, os discípulos, representados por Pedro,
o tinham compreendido melhor: ele era o Cristo de Deus.