04 de fevereiro de 2023
Sábado da 4ª Semana do Tempo Comum
EVANGELHO
MEDITAÇÃO
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Mc 6, 34)
A pregação da palavra de Deus é uma coisa maravilhosa. Ninguém duvida. A celebração ou liturgia, outra coisa fantástica. Mas, nem a pregação, nem a celebração se explicam sem a compaixão, a caridade. A evangelização e a celebração começam e terminam na caridade. Está tudo no evangelho de hoje.
“Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”. Aí começa tudo, na compaixão. Jesus viu aquele povo que o procurava e lhe doeu o coração vê-lo tão necessitado, tão fragilizado. Para uma pessoa do interior como Jesus, dava pena ver um rebanho sem pastor: as ovelhas se dispersam, os carneirinhos viram presas fáceis para as feras e os ladrões, não têm quem guie a um bom pasto. E olha que Jesus estava levando os discípulos para um lugar afastado para eles descansarem um pouco, pois estavam voltando, muito cansados, de uma missão. Diante daquela cena – ovelhas sem pastor – esqueceu-se o descanso e Jesus começou a “ensinar-lhes muitas coisas”, diz o evangelho.
O que será que Jesus ensinou àquela gente? Podemos imaginar, pois o que ele disse ao povo, certamente, é o que está no evangelho. Ele explicava, contando parábolas, como Deus ama os seus filhos, como fica feliz quando um filho ou uma filha escolhe o bom caminho; como o Pai cuida das aves e das plantas e mais ainda cuida de cada filho. E ainda: como são felizes aqueles que Deus ama. E Deus preza antes de tudo os mais pobres e os mais sofridos. Aí, ele lhes falava do Reino de Deus. Ah, esse mundo fica melhor se Deus for obedecido como bom pai que é e se cada filho for fraterno e bom com seu irmão, com sua irmã. Quanta coisa Jesus tinha para dizer àquele povo maltratado pela violência, pela doença, pela pobreza! E aqueles corações amargurados iam se enchendo de paz, de esperança. Riam com as histórias de Jesus (‘Imagine, o filho disse que ia, mas não foi, mas que malandro!’ - ‘E a festa que o Pai fez pra receber o filho que saiu de casa, ô festão!’ –‘ ‘Mas aquelas moças que foram para o casamento e esqueceram o óleo, que povo sem juízo!). Gente, olha a hora!
Quem falou “olha a hora!”? Os discípulos. Já está ficando tarde. Isso aqui é um lugar deserto. Esse povo precisa voltar pra casa. Já está tudo com cara de fome. Tenha paciência Jesus, a conversa está muito boa, mas está na hora de mandar o povo embora. ‘Mandar o povo embora, como assim? Sem comer nada? Vocês providenciem alguma coisa’. Aí a coisa esquentou... Providenciar, nós? Aí, eles foram pragmáticos, como muitos administradores de hoje. Gastar dinheiro para alimentar essa gente? Não tem dinheiro que chegue. Mande esse povo embora enquanto é tempo. Eles se viram por aí... Olha a mentalidade deles: gastar dinheiro, despedir, mandar embora, não se sentir responsável por ninguém. E Jesus acalmou o grupo. Pera aí... O que vocês têm aí pra comer? Vão, vão ver... Cinco pães e dois peixes? Tragam pra cá. Aí Jesus mandou todo mundo se sentar, formaram grandes grupos, ele pegou aqueles poucos pães e peixes, deu graças a Deus, fez a oração da bênção dos alimentos, partiu (preste atenção a este “partiu”) e ia dando os pedaços aos discípulos para que eles distribuíssem com o povo. Depois, dividiu também os peixes. O resultado, você já sabe. E até a sobra recolhida foi grandiosa. Olha a mentalidade de Jesus: alimentar, por em comum, partilhar, repartir, dividir, somos responsáveis uns pelos outros.
Mc 6,30-34
Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.
34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
MEDITAÇÃO
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Mc 6, 34)
A pregação da palavra de Deus é uma coisa maravilhosa. Ninguém duvida. A celebração ou liturgia, outra coisa fantástica. Mas, nem a pregação, nem a celebração se explicam sem a compaixão, a caridade. A evangelização e a celebração começam e terminam na caridade. Está tudo no evangelho de hoje.
“Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”. Aí começa tudo, na compaixão. Jesus viu aquele povo que o procurava e lhe doeu o coração vê-lo tão necessitado, tão fragilizado. Para uma pessoa do interior como Jesus, dava pena ver um rebanho sem pastor: as ovelhas se dispersam, os carneirinhos viram presas fáceis para as feras e os ladrões, não têm quem guie a um bom pasto. E olha que Jesus estava levando os discípulos para um lugar afastado para eles descansarem um pouco, pois estavam voltando, muito cansados, de uma missão. Diante daquela cena – ovelhas sem pastor – esqueceu-se o descanso e Jesus começou a “ensinar-lhes muitas coisas”, diz o evangelho.
O que será que Jesus ensinou àquela gente? Podemos imaginar, pois o que ele disse ao povo, certamente, é o que está no evangelho. Ele explicava, contando parábolas, como Deus ama os seus filhos, como fica feliz quando um filho ou uma filha escolhe o bom caminho; como o Pai cuida das aves e das plantas e mais ainda cuida de cada filho. E ainda: como são felizes aqueles que Deus ama. E Deus preza antes de tudo os mais pobres e os mais sofridos. Aí, ele lhes falava do Reino de Deus. Ah, esse mundo fica melhor se Deus for obedecido como bom pai que é e se cada filho for fraterno e bom com seu irmão, com sua irmã. Quanta coisa Jesus tinha para dizer àquele povo maltratado pela violência, pela doença, pela pobreza! E aqueles corações amargurados iam se enchendo de paz, de esperança. Riam com as histórias de Jesus (‘Imagine, o filho disse que ia, mas não foi, mas que malandro!’ - ‘E a festa que o Pai fez pra receber o filho que saiu de casa, ô festão!’ –‘ ‘Mas aquelas moças que foram para o casamento e esqueceram o óleo, que povo sem juízo!). Gente, olha a hora!
Quem falou “olha a hora!”? Os discípulos. Já está ficando tarde. Isso aqui é um lugar deserto. Esse povo precisa voltar pra casa. Já está tudo com cara de fome. Tenha paciência Jesus, a conversa está muito boa, mas está na hora de mandar o povo embora. ‘Mandar o povo embora, como assim? Sem comer nada? Vocês providenciem alguma coisa’. Aí a coisa esquentou... Providenciar, nós? Aí, eles foram pragmáticos, como muitos administradores de hoje. Gastar dinheiro para alimentar essa gente? Não tem dinheiro que chegue. Mande esse povo embora enquanto é tempo. Eles se viram por aí... Olha a mentalidade deles: gastar dinheiro, despedir, mandar embora, não se sentir responsável por ninguém. E Jesus acalmou o grupo. Pera aí... O que vocês têm aí pra comer? Vão, vão ver... Cinco pães e dois peixes? Tragam pra cá. Aí Jesus mandou todo mundo se sentar, formaram grandes grupos, ele pegou aqueles poucos pães e peixes, deu graças a Deus, fez a oração da bênção dos alimentos, partiu (preste atenção a este “partiu”) e ia dando os pedaços aos discípulos para que eles distribuíssem com o povo. Depois, dividiu também os peixes. O resultado, você já sabe. E até a sobra recolhida foi grandiosa. Olha a mentalidade de Jesus: alimentar, por em comum, partilhar, repartir, dividir, somos responsáveis uns pelos outros.
Guardando a mensagem
Antes de tudo, a compaixão. Jesus viu o povo e sentiu seu coração amargurado por vê-lo tão sofrido, tão fragilizado. Ele deixou de lado outro projeto e dedicou-se a “ensinar-lhe muitas coisas”. Isto é a evangelização. A evangelização é o anúncio do amor do Pai pelo seu povo, que nos mandou Jesus como pastor e salvador. A evangelização nasce da compaixão. E gera compaixão, caridade, amor a Deus e ao próximo.
Antes de tudo, a compaixão. Era tarde, o lugar deserto, o povo faminto. Jesus envolveu os discípulos numa linda celebração. Pode ver que todos os detalhes lembram a última ceia, como se fosse uma preparação para a Santa Missa. A celebração nasce da compaixão de Deus pelo seu povo e de nossa compaixão pelo próximo. E gera compaixão, solidariedade, caridade, novas relações.
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Mc 6, 34)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
hás de nos desculpar. Nós continuamos a pensar igualzinho aos discípulos naquela cena da multiplicação dos pães. Vemos as situações de sofrimento e abandono e cruzamos os braços. Ficamos paralisados por nossa mentalidade pragmática: não temos dinheiro, não temos condições, nem é responsabilidade nossa. A solução que temos é mandar embora, cada um se virar. Senhor, ajuda-nos em nossa conversão. Na evangelização e na celebração, aprendemos contigo outra forma de ver e agir: sermos responsáveis uns pelos outros, fazer alguma coisa com o que temos e, sobretudo, confiar na providência de Deus que se manifesta na partilha e na solidariedade. Sendo hoje o Dia Mundial do Câncer, nós te pedimos, Senhor, por todas as pessoas que estão enfrentando momentos difíceis na busca pela cura de doenças agressivas como o câncer; pelas crianças hospitalizadas com leucemia; por todas as pessoas com câncer, que se sentem sós e desamparadas nestes momentos tão angustiantes. Sê para todos força, conforto e luz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Leia o texto do evangelho de hoje em sua Bíblia: Marcos 6,30-34. Anote alguma frase deste evangelho no seu caderno espiritual.
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb
Isso mesmo, principalmente os representantes de Jesus na terra precisam imbuir desse espírito de caridade. Já pouco tempo teve em Brasília um " campo de concentracao " idosos e crianças dormindo no chão, sem ter cometido nenhum crime, mais de 1000 pessoas. E não se teve conhecimento de nenhum padre ter ido levar uma palavra de consolo. Hoje só se preocupam em receber dízimo para manter o luxo das igrejas. Muito triste...
ResponderExcluirInfelizmente é vdde, a maioria hoje, só pensam em si mesmo, no seu bem estar e pronto 😔
ExcluirO Estado é quem coloca o povo na sarjeta... Na miséria... Massacra os povos indígenas... Esta é a resposta mais evidente dos partidários de Herodes, dos fariseus: raça de víboras, hipócritas. Aquela mulher pobre doou tudo que tinha: uma moeda! Ofertou para Deus. O rico passou seu PIX que sobrava do seu estoque de sua CC: ostentou sua riqueza... Esnobou... Não viveu a sinceridade da generosidade, e nem a experiência da partilha, da gratidão e da Fé. Misericórdia Senhor!
ExcluirAssim seja ✝️📿🛐
ResponderExcluirBom dia Padre e aos irmãos em
ResponderExcluirCristo, ótimo final de semana a todos sob a proteção de Deus Pai e cobertos pelo manto de Maria .🙏🙏🙏
Linda mensagem para reflexao.No entanto poucas pessoas doam seu tempo para uma acao concreta.Observo q.a maioria q.mandam muitas pensagens nao participam de atividades solidarias.
ResponderExcluirÉ necessário refletir e mais ainda fazer ocorrer a mudança. E não aguardarmos que o outro faça. Se cada um decidir mudar nesse egoísmo interior,nessa individualidade extrema , faremos um mundo melhor. Talvez em nosso meio a maior necessidade, seja sabe ouvir.
ResponderExcluirPessoas morrendo de fome e desnutrição em um país desigual......a batalha da fome e do desemprego é grandiosa....Deus vai nos abençoar.
ResponderExcluirAmém. É de todos nós que coloca sua esperança e fé, em nosso Deus e nosso e nosso Pai. " Diz que haverá de voltar, quando essa terra pecadora, mergulhada em transgressão, estiver cheia de violência, de rapina, de mentira e de ladrão".
ExcluirÉ muito bom ouvir e meditar a palavra de Deus e nos guiarmos por ela. É como umbálsamo para aliviar a dor🙏🏾
ExcluirQue eu receba a graça de ser a força, conforto e luz para a minha família e todos que fazem parte da minha vivência. 🙏🏽
ResponderExcluirQue possamos todos ser solidários com os mais vulneráveis e saibamos repartir. Que Deus nos abençoe a todos. Obrigada padre João Carlos amém
ResponderExcluirGlória a vós senhor 🙏 boa noite padre João Carlos gratidão por tudo pela meditação evangelho por tudo Deus abençoe osenhor can muitas saúde paz que o mor de Deus esteja sempre presente em nossas vidas minha bemçao padre João Carlos gratidão sempre
ResponderExcluirCobrar todo esforço e dedicação; maldizer dos padres, bispos, arcebispos, pastorais e fiéis; cobrar ou exigir da Igreja o que é dever da nação, do Presidente da República, do Governador do seu Estado, dever do Prefeito de sua cidade, é algo preocupante. É o fim... Tenha compaixão de nós Senhor! Piedade de nós Senhor!
ResponderExcluirAmem
ResponderExcluirBom dia padre João Carlos as suas orações fazem bem
ResponderExcluirBom dia padre João Carlos sua benção sou valeria de Olinda Pernambuco admiro as suas palavras e o jeito que o senhor prega o evangelho me encanta pois o senhor tem o dom da palavra sou sócia da ama e estou adorando participar das suas meditação acho muito bom e sempre compartilho com meus amigo e familiares peço oração por mim e minha filha que está grávida amém obrigado padre João Carlos que os abençoe grandemente sua vida amém 🙏🙏🙏🙏🙏
ResponderExcluirBoa tarde tambem quero receber as meditações me fas bem
ResponderExcluir927383319
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