24 de novembro de
2018.
Os saduceus não acreditavam na ressurreição. E, claro,
procuravam defender essa sua posição com muitos argumentos. Apresentaram a
Jesus essa questão: a mulher que foi esposa de sete maridos... na outra vida,
seria esposa de quem? Para eles seria uma prova que não haveria ressurreição. Porque
se houvesse, numa situação dessa, seria uma grande confusão, um desentendimento
permanente. E Jesus, com toda paciência, explica que na outra vida, não tem
mais casamento. Os ressuscitados viverão numa outra dinâmica: são filhos e
filhas, irmãos e irmãs, na alegria da casa do Pai. Serão como os anjos, serão
filhos de Deus. Não haverá mais os limites desse mundo de agora. Nem os seus
problemas, nem as suas dores. Será um outro mundo, de alegria sem fim.
Jesus explicou aos saduceus: “Deus não é Deus dos mortos,
mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. Eles não acreditavam na
ressurreição. Para eles, não havia outra vida. Toda esperança estava aqui mesmo
na terra, nos poucos ou muitos anos de vida que temos. Eles formavam uma elite
em Jerusalém: os grandes proprietários chamados anciãos, os sumos sacerdotes do
templo e mestres da lei - uma elite que não acreditava na ressurreição. Talvez
por isso, o seu apego ao dinheiro e ao poder fosse tão grande. Quando se vive
sem esperança de futuro, a pessoa se agarra ao presente, de unhas e dentes. Se
o seu coração não está no Deus que transcende tudo, aferra-se às coisas desse
mundo e faz delas o deus de sua vida.
Muita gente não acredita na ressurreição. E mesmo que diga
que acredita, na prática, não acredita. Vive sem esperança, procurando
encontrar a realização de sua existência em ter coisas, em colecionar títulos e
glórias nesse mundo. No fundo, são pessoas entristecidas pela falta de sentido
na vida e aterrorizadas pelo fim de sua existência que se aproxima galopante.
Quanto mais perto chegam do final dessa vida humana, mais amargas ficam.
Não sei se você conhece alguém assim?!
Guardando a mensagem
Os saduceus, um grupo influente do tempo de Jesus, não
acreditavam na ressurreição. Seu apego ao poder e ao dinheiro já mostrava em
que eles realmente acreditavam. Eles apresentaram uma questão a Jesus. O mestre
aproveitou para fazer uma catequese sobre a ressurreição. Só a luz da fé pode
iluminar o coração humano e encher de sentido uma vida, fazendo-nos ansiar pelo
dia feliz de nossa ressurreição, quando não haverá mais pranto, nem dor, nem o
limite do tempo, nem a frustração do pecado ou do sofrimento; o dia em que
seremos plenamente filhos de Deus, na sua casa, na grande comunhão dos irmãos.
Deus não é Deus dos mortos, mas dos
vivos, pois todos vivem para ele (Lc 20, 38)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Muita gente tem uma
atitude prática de descrença na ressurreição, na vida futura de que nos falas
hoje. Assim, faz das coisas e das pessoas deste mundo o seu único horizonte.
Claro, só pode viver uma apreensão permanente diante da insegurança e da
provisoriedade de nossa vida biológica. Dá-nos, Senhor, viver na esperança
desse futuro maravilhoso, quando toda lágrima será enxugada e não haverá mais
pranto nem morte. Aumenta em nós, Senhor, a fé que nos faz ver que, hoje, tu já
estás fazendo novas todas as coisas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e
sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Dedique, hoje, uma prece por uma pessoa falecida. Alimente
no seu coração a certeza da vida eterna e da felicidade dos justos em Deus.
Pe.
João Carlos Ribeiro - 24.11.2018
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