Não pensem que vim abolir a Lei
e os Profetas. Não vim para abolir, mas dar-lhe pleno cumprimento (Mt 5, 17).
O povo de Deus tinha uma Lei. Uma lei religiosa, a Lei da Aliança que está escrita na Bíblia. Mas, muitos mandamentos, regras e normas circulavam também oralmente. As pessoas se esforçavam para cumprir os mandamentos da Lei, sobretudo os fariseus que zelavam pelo seu fiel cumprimento.
O Evangelho de Mateus, que estamos lendo nesse ano, nasceu
entre comunidades cristãs que estavam em ambiente judeu, com a maioria das
pessoas vindas do judaísmo. Gente, portanto, que prezava demais a Lei que Deus lhes
tinha dado, por meio de Moisés.
Nessas comunidades vindas do judaísmo era muito necessário
esclarecer bem qual tinha sido a relação de Jesus com a Lei de Moisés. Havia
sempre uma dúvida: Será que Jesus deu valor à Lei de Moisés que está na Bíblia?
E ele, realmente era praticante fiel dessa Lei? Será que ele não veio mudar
essa Lei? Então, a esse respeito, foram lembrados os ensinamentos de Jesus que
estão no Sermão da Montanha. Jesus disse:
“Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas
para dar-lhes pleno cumprimento”. Então, para tranquilidade de todos, estava
claro, Jesus deu valor à Lei. Não veio acabar com ela. Nem modifica-la.
Mas, de verdade, a Lei era utilizada como uma forma de
opressão do povo. Eram tantas normas e
regulamentos que circulavam oralmente, obra dos rabinos e mestres da Lei, que o
povo mesmo não conseguia cumprir tudo aquilo.
A Lei estava servindo para marginalizar muita gente. Uma das reclamações
de Jesus contra os fariseus é que eles amarravam fardos pesados nas costas do
povo, com sua interpretação da Lei.

A primeira resposta está em Eclesiástico 15 ( Primeira
Leitura): Devemos seguir a Lei de Deus
com a Liberdade que ele nos deu. É na liberdade que escolhemos o bem, a
verdade. Está escrito assim: “Diante de ti, ele colocou o fogo e a água; para
que o quiseres, tu podes estender a mão”. Somos livres para escolher o bem ou o
mal. Deus nos fez livres para escolher o bem. Devemos seguir a Lei de Deus com
a Liberdade que ele nos deu.
A segunda resposta está em 1 Coríntios 2 (Segunda Leitura): Devemos seguir a Lei de Deus com a Sabedoria que ele nos dá. Não
a sabedoria do mundo, nem a sabedoria dos poderosos. A Sabedoria de Deus. Ele
preparou coisas maravilhosas para nós, um mistério que só o Espírito Santo nos
revela. Devemos seguir a Lei de Deus com a Sabedoria que ele nos dá.
A terceira resposta para a pergunta “Como devemos seguir a
Lei de Deus?” está no Sermão da Montanha, Mateus 5 (O Evangelho deste domingo).
Devemos seguir a Lei de Deus com a
Caridade para os com irmãos. O que está escrito na Lei? Não matarás. Perfeito.
Mas, não matar quer dizer também não odiar o irmão, não desqualifica-lo, não
humilhá-lo. A Lei ordena: “Não cometerás adultério”. Perfeito. Mas, não cometer adultério é também
não desrespeitar a mulher com um olhar malicioso ou expor a esposa ao adultério
ao manda-la embora de casa. A Lei também ordena: Não jurarás falso. Perfeito.
Mas, não jurar falsamente é ter uma conversa só. Seu sim seja sim. Seu não seja
não. A caridade é uma das marcas da
nossa vivência da Lei.
Resumindo... Como
devemos seguir os mandamentos de Deus, a sua Lei? Com a Liberdade que nos faz
escolher o bem; Com a Sabedoria de Deus que nos revela seus mistérios; Com a
Caridade que nos faz amar e respeitar os irmãos.
Pe. João Carlos Ribeiro - 11.02.2017
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