
Naquela novela “Salve Jorge”,
esse assunto do tráfico humano foi tratado, mostrando a atividade de uma
quadrilha comandada por Lívia Marini, ajudada por Wanda que aliciava moças no
Brasil para serem levadas para Istambul, na Turquia. As jovens eram seduzidas
pela promessa de altos salários e muitos benefícios na profissão de Modelo na
Europa. Uma dessas jovens aliciadas foi a protagonista da novela, Morena,
interpretada por Nanda Costa. Ela, do Complexo do Alemão no Rio, já mãe aos 14
anos, no centro da trama, conta com a ajuda da Polícia Federal, representada
pela delegada Helô, personagem de Giovanna Antonelli, responsável pela
investigação do tráfico de pessoas. A situação das pessoas traficadas foi retratada
abundantemente, mostrando como as moças eram obrigadas a se prostituir e
ficavam trancadas em um alojamento pequeno e sujo, no interior de uma boate.
Quem assistiu a novela lembra o tratamento desumano, humilhante e violento que
Russo, o chefe da segurança, e Irina, a gerente da boate, davam às brasileiras
traficadas naquela boate, na Turquia. Elas tinham saído de casa pensando em
seguir uma profissão vantajosa, juntar algum dinheiro, ajudar suas famílias... na
verdade, foram vítimas do tráfico humano.
E a coisa não fica só no tráfico
de trabalhadores para as grandes frentes agrícolas ou de jovens para a
prostituição na Europa. São crianças “sequestradas” para adoção ilegal, para
comércio de órgãos ou para prostituição infantil. E aí entram meninos e
meninas. É a rede de pedofilia, é a pornografia na internet, é um mundo de
maldade debaixo do nosso nariz.
E não pense que isso só acontece
com os outros e com gente desesperada e sem informação. Abra bem os olhos,
porque o seu filho pode estar sendo aliciado pelo computador; e todo cuidado
com a sua filha que está se preparando para ir para o estrangeiro: pode ser
presa fácil do tráfico para a prostituição internacional. Tem muita criança
desaparecida: cuidado com suas crianças na volta da Escola... Só para dizer que
o problema não está longe da gente.
E o que quer a Campanha da
Fraternidade? Quer que este problema do tráfico humano não esteja longe do
nosso coração. Quer que alertemos os outros, ajudemos a libertar quem está n
situação de traficado e sejamos cidadãos conscientes e críticos para apoiar e
cobrar segurança, investigação e punição dos criminosos e suas quadrilhas. A
Campanha da Fraternidade quer, afinal, que sejamos bons seguidores de Jesus,
responsáveis uns pelos outros, para assim vivermos bem o mandamento do amor ao
próximo.
Pe. João Carlos Ribeiro
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