PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: estamosperecendo
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Toda tempestade, eu vou vencer.



  01 de fevereiro de 2025.  

Sábado da 3ª Semana do Tempo Comum

   Evangelho.   


Mc 4,35-41

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”
36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.
37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

  Meditação.  


Mestre, estamos perecendo e tu não te importas? (Mc 4, 38)

Os discípulos estão numa travessia difícil. Estão navegando em direção à outra margem, como Jesus lhes indicara. E são surpreendidos por uma tempestade no mar, um furacão, coisa que acontecia e acontece no Mar da Galileia. É uma cena cheia de significados, indicando mais que a tempestade de ventania forte e ondas enfurecidas. Vento forte e mar bravio são representações das forças do mal, hostis ao projeto de Deus, ao seu Reino. A barca está já se enchendo de água e os discípulos se desesperam. Acordam Jesus que dormia na parte de trás da barca: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”. Jesus se levanta e ordena ao mar que se cale. É como um exorcismo. “Silêncio. Cala-te”. O mar se aquieta. E ele reclama com os discípulos por serem tão medrosos, parecendo que não têm fé.

Nós, como pessoas, como famílias, como comunidades, como humanidade, de vez em quando, nos encontramos no meio de uma grande tempestade. É uma doença, é um escândalo, é um desastre natural, é uma trajédia... tempestades não nos faltam. E, em momentos como estes, como os discípulos da Galileia, nos dirigimos a Jesus, desesperados: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”.

Meditando a passagem do evangelho de hoje em que Jesus acalma a tempestade no Mar da Galileia, no barco dos discípulos, podemos tirar algumas conclusões:

1. A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e nossas falsas seguranças. No meio do vendaval, cai a maquiagem de nossa autossuficiência, ficam em cheque nossa pose de senhores do mundo, nossas vaidades.

2. A tempestade provoca o reconhecimento de nossa pertença comum. Estamos no mesmo barco. Não há solução fora do apoio mútuo, da ajuda recíproca. Remamos juntos ou não vencemos.

3. A tempestade é o tempo da solidariedade, da sensibilidade para com o sofrimento dos outros. Tempo de fazer-se próximo do irmão caído à margem da estrada, tempo de sermos bons samaritanos.

5. A tempestade é o tempo da fé, da oração, da volta ao Senhor, da confiança em Deus. É dele que vem a nossa força. Em sua sabedoria, ele transforma em bem o que nos acontece de mal.

6. A tempestade reaviva a nossa fé pascal. Ressuscitado, Jesus vive conosco. Está no nosso barco. Sua ressurreição é penhor de vitória em todas as nossas lutas. Crendo, renovamos a nossa vida: morremos com ele e vivemos para ele.

7. A tempestade é o tempo da Esperança, o tempo do Espírito Santo, energia divina que nos faz criativos e comprometidos com a gestação de um futuro melhor.

Vamos guardar a mensagem

Todos nós, pessoalmente ou juntos, enfrentamos tempestades, tempos difíceis, turbulências... Da cena dos discípulos no Mar da Galileia, podemos tirar algumas indicações para iluminar nossas tempestades. A tempestade desmascara nossas falsas seguranças. Precisamos aprender, nessa hora, que estamos no mesmo barco. É o tempo da solidariedade, de ajudar os irmãos. Tempestade é também tempo de confiança em Deus. Reconheçamos: Jesus está no nosso barco. Ele é o ressuscitado, o vitorioso. Tempestade é ainda tempo de esperança: já estamos gerando um futuro melhor. 

Rezando a palavra

Rezemos com as palavras do Papa Francisco:

Senhor Jesus,
Tu estás nos dizendo: «Porque vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?» A tua Palavra, Senhor, atinge e nos toca a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaremos sempre saudáveis num mundo doente. Senhor, abençoa-nos, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Tu nos pedes para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e nos sentimos temerosos. Não nos deixes, Senhor, à mercê da tempestade. Continua a nos repetir: “Não tenham medo”. “Não tenham medo”. Amém.

Vivendo a palavra

Pense aí: qual é a sua tempestade atual? sua família passa por alguma tempestade? O que esta página do evangelho pode lhes ensinar?

Comunicando

Amanhã, 02 de fevereiro, festa da apresentação do Senhor, farei show na cidade de Lagoa do Carro, Pernambuco, na festa de N. Sra. da Soledade. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



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