PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: brincadeira
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BRINCADEIRA DE CRIANÇA É COISA SÉRIA


MEDITAÇÃO 
PARA A SEXTA-FEIRA, 
DIA 15 DE DEZEMBRO
Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças... (Mt 11, 16)
Brincadeira de criança é coisa séria. Nas brincadeiras, as crianças podem representar e reproduzir sentimentos e atitudes que estão à sua volta. A brincadeira é uma fonte de socialização para as crianças, mas também de elaboração da compreensão do mundo que as rodeia.  Nas brincadeiras, na forma de brincar, vão sendo cultivadas atitudes positivas e generosas como a partilha, o perdão, a alegria pelo êxito do outro, o cuidado, a atenção ao mais frágil. Mas, também nas brincadeiras, aparecem tendências ruins para a violência, o egoísmo, a ganância, o isolamento, a discriminação.
Os adultos precisam estar sempre atentos às brincadeiras das crianças. E, precisam estar por perto especialmente, nos impasses, nas brigas, nos descontentamentos.  É aí que entram a mãe, o pai, os avós, os tios... corrigindo tendências negativas, estimulando os bons sentimentos, reforçando a melhor perspectiva, numa palavra, educando. E mais: evangelizando: levando as crianças a entender a bondade de Deus no sentido da festa, da alegria, do amor e a ver a dignidade do outro coleguinha, imagem também de Deus. Afinal, a brincadeira pode ser um espaço de crescimento na fraternidade, no amor ao próximo.
E por que eu estou dizendo tudo isso? Para valorizar a palavra de Jesus, que partiu da observação das brincadeiras de crianças do tempo dele. Ele comparou o que estava ocorrendo com o seu povo com uma cena que ele já tinha vivido com seus coleguinhas na infância em Nazaré ou visto nas brincadeiras das crianças nas ruas de Cafarnaum, a cidade onde ele estava morando.  A cena era essa: crianças emburradas que não estavam satisfeitas com nada. Olha a palavra dele:  “Com quem vou comparar essa geração? Ah, são como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram. Entoamos lamentações e vocês não bateram no peito!”.
As crianças do tempo de Jesus brincavam com as situações que elas viam: festas de casamento, por exemplo; e até funerais celebrados em família com seus ritos. Crianças brincam imitando a vida ao seu redor. Podemos imaginar as brincadeiras a que Jesus está se referindo... “tocamos flauta e vocês não dançaram”: brincar de festa; “entoamos lamentações e vocês não bateram no peito”: brincar de alguma coisa triste, como enterro, despedidas... As brincadeiras de criança imitam o mundo real.
Sempre acontecia nas brincadeiras, podemos supor, que um grupo emburrado se negava a participar da brincadeira. Uns começavam a brincar de festa e eles não topavam. Então, para contentá-los, tentavam brincar de uma coisa mais parada e eles também se negavam a participar. Olha, não tem coisa pior do que criança emburrada, que não quer brincar e fica pondo mal gosto na brincadeira dos outros, não é verdade?
Jesus aplicou esse impasse nas brincadeiras infantis ao que estava acontecendo ao seu redor. João Batista era um pregador austero, falava do julgamento de Deus. Um grupo ficou contra e falava mal do profeta. Veio Jesus, que pregou o Reino de Deus como uma festa, frequentava a casa do povo e falava do perdão de Deus. O mesmo grupo ficou contra, emburrado. Negou-se a participar.

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