07 DE JANEIRO DE 2018.
Nós vimos a
sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt
2,2)
O povo de Deus queria bem demais a Jerusalém. Lá, ficava o Templo de
Deus. E o povo santo teve uma experiência muito triste quando viu Jerusalém ser
destruída pelos inimigos e as lideranças serem desterradas. Foi um tempo de
tristeza o exílio na Babilônia, tristeza para quem foi levado para lá e
sofrimento para quem ficou nas terras de Judá. Um dia, Deus mandou um recado
pelo profeta, um recado que animou a povo a viver mais confortado no meio de
tanto sofrimento: “Vai chegar o dia em que a gloria de Deus vai brilhar tão
forte em Jerusalém que vai atrair gente do mundo todo. O mundo todo vai estar
em trevas, mas em Jerusalém se verá um enorme clarão da glória de Deus. Quem
ficou vai ver os cativos da Babilônia voltando para casa, libertos, carregados
de riquezas; e gente de todo canto chegando à cidade santa; as nações, com seus
reis, chegando de longe. Eles vão trazer ouro e incenso para honrar o
Senhor. Vai ser uma invasão de dromedários e camelos das terras dos
pagãos. Deus vai manifestar sua glória e vai atrair o mundo todo para a sua
luz”. Essa profecia está no capítulo
60 do Profeta Isaías.
Mais tarde, os seguidores de Jesus perceberam que essa profecia da
‘glória de Deus que iria atrair o mundo todo’ teve uma realização na vinda de
Jesus ao mundo, no seu nascimento. Quando contavam a história dos magos que
vieram do Oriente para adorar o rei que tinha nascido, sentiam que a antiga
profecia estava se realizando ali. Os magos vieram do Oriente, fascinados pelo
esplendor da glória de Deus, manifestado na estrela. E foram logo a Jerusalém,
o lugar indicado na profecia. Mas a estrela e as Escrituras os levaram a Belém,
berço do rei David. Lá, eles adoraram o menino. E lhe presentearam com ouro,
incenso e mirra. Os magos representam as nações do mundo todo que foram
atraídas pela glória de Deus. O clarão da glória de Deus está atraindo os povos
do mundo todo. Jesus é o esplendor da glória do Pai. Ele é a luz que ilumina o
mundo.
Agora, dá pra gente entender porque o povo chama esses magos de reis:
porque a profecia falava dos reis das nações atraídos pela glória de Deus. E
porque colocamos dromedários e camelos no presépio: porque a profecia
falava duma enorme quantidade de dromedários e camelos chegando à cidade santa.
Era o típico transporte de povos de outras terras. E porque falamos de
três reis magos. É que, como foram três os tesouros presenteados (ouro, incenso
e mirra), a imaginação concluiu logo que fossem três os magos, um para cada
presente.
A festa que celebramos hoje é a da manifestação de Jesus como salvador
de toda a humanidade, luz que brilha dissipando a escuridão do mundo e atraindo
a si todos os povos. Jesus realiza plenamente a profecia do tempo do exílio: a
libertação dos exilados e a conversão dos pagãos, o povo cativo voltando pra
casa e as nações estrangeiras peregrinando para adorar o Senhor. Toda a vida de
Jesus, não só seu nascimento, mas especialmente sua morte e ressurreição, toda
a sua vida foi um resplandecer da glória de Deus, atraindo todos a si. “Quando
eu for elevado, atrairei todos a mim”, disse Jesus referindo-se à sua morte e à
sua ressurreição. Ele é o salvador da humanidade.
Vamos guardar a
mensagem de hoje
Com o evangelho de hoje, da visita dos Magos do Oriente ao recém-nascido
de Belém, contemplemos com amor esse Jesus, luz dos povos, salvador da
humanidade. Cultivemos, igualmente, em nosso coração um grande amor pela
Igreja, que é, em primeiro lugar, essa comunidade de pessoas de todas as
línguas e nações, congregadas pelo clarão de Cristo. Renovemos também nosso compromisso
missionário, participando da grande missão da Igreja, qual seja fazer de todos
os povos discípulos do Senhor.
Nós vimos a
sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt
2,2)
Vamos acolher a
mensagem com uma prece
Senhor Jesus,
Nós também nos sentimos, hoje, em peregrinação a Belém, como os magos. Reconhecemos,
com eles, o grande dom de Deus que foi a tua vinda em nossa condição humana. Está
dito que eles te ofereceram ouro. Ouro é presente de rei. Assim reconheciam a
tua realeza. E também te ofereceram incenso, oferta religiosa que se faz a um
deus. Assim, reconheciam a tua divindade. E ainda te ofereceram mirra, um
bálsamo que tinha uso medicinal e servia para ungir o corpo dos falecidos. Assim,
reconheciam a tua humanidade. Nós igualmente te reconhecemos Deus verdadeiro em
nossa carne, nosso líder, nosso rei. Seja bendito o teu santo nome, hoje e
sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
que meditamos
Leia o evangelho de hoje na sua Bíblia: Mateus 2,1-12. Faça desse
esforço de ler o texto bíblico um presente pra Jesus, neste domingo.
Pe. João Carlos Ribeiro – 07.01.2017
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