PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Graças e louvores ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento!

 



  19 de junho de 2025.  

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


  Evangelho  


Lc 9, 11b-17

Naquele tempo, 11b Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam.
12A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”.
13Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”.
14Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”.
15Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. 16Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. 17Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.



  Meditação.  


Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão (Lc 9, 16)

Chegamos ao dia de Corpus Christi. O que celebramos? O corpo e o sangue de Cristo, claro. A Eucaristia. O Concílio Vaticano II disse que a Eucaristia é fonte e ápice de toda a evangelização, de toda a vida da Igreja. Dom Bosco escreveu: “O sacrifício do altar é a glória, a vida, o coração do cristianismo”.

A Eucaristia é a Ceia Pascal que Jesus celebrou com os seus discípulos. E o que Jesus fez na última ceia? Ele antecipou a sua entrega na cruz, entregando-se ao Pai em nosso favor. Na cruz, ele deu a sua vida por nós. Aquela oferta generosa e obediente de si mesmo na cruz foi a mesma da ceia. É a mesma da Missa. A Missa renova aquela oferta do calvário, a sua morte redentora em favor da humanidade. A morte cruenta foi uma única vez. Mas, na Missa, como na última ceia, esse sacrifício é renovado, reapresentado a Deus.

A última ceia foi uma ceia de páscoa. Na ceia da páscoa, comia-se o cordeiro assado, cordeiro que tinha sido antes oferecido em sacrifício a Deus. Na ceia de Jesus, não houve cordeiro sacrificado. O cordeiro era Jesus. Ele seria sacrificado. Ele seria o alimento a ser consumido, na ceia da páscoa.

A Missa é a ceia da páscoa. O cordeiro que comemos, em família, em comunidade, em ação de graças pela libertação, é o próprio Jesus. Jesus está sacramentalmente presente no pão e no vinho consagrados. “Comam. Este é o meu corpo”. “Bebam. Este é o meu sangue”.

Na ceia pascal, a grande família rendia graças a Deus por todas as maravilhas que o Senhor realizara na história do seu povo, sobretudo a libertação do cativeiro do Egito. Na ceia dos cristãos, tudo é ação de graças ao Pai, por tudo que ele fez desde a criação até a vinda de Jesus e do Santo Espírito, e sobretudo a obra redentora de Jesus.

Ele disse ao povo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. De fato, por sua morte, ele nos trouxe a vida. Ressuscitado, ele apresentou-se aos discípulos e lhes comunicou a paz e o Espírito. A sua vida entregue expiou o nosso pecado. Ressuscitado, ele nos abriu as portas da casa de Deus: pelo dom do seu Espírito, agora somos filhos Deus. Na sua morte, ele nos deu a vida.

Na missa, na nossa ceia pascal, nos unimos a Cristo pela fé, pela caridade, pela oração e, muito especialmente, pela comunhão eucarística. Nós nos associamos ao seu sacrifício com nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. Na comunhão eucarística, nos unimos a ele e ele se une a nós.

No sacrário, em cada igreja, se conserva a reserva eucarística, o pão consagrado na Missa para comunhão dos doentes e também para a adoração dos fiéis. Santos, como o Cura D’Ars, recomendava a Visita ao Santíssimo Sacramento. Dom Bosco era claro: “Vocês querem que Jesus lhes conceda muitas graças? Visitem-no muitas vezes. Querem que ele lhes conceda poucas? Então, visitem-no poucas vezes”.



Guardando a mensagem

Na cena da multiplicação dos pães, vemos os traços da Eucaristia: a reunião do povo, a pregação de Jesus, a refeição em comum. Os gestos de Jesus já vão antecipando a última ceia, a Santa Missa: tomou os pães, deu graças, partiu-os e os deu aos discípulos. A fração do pão e a entrega aos discípulos bem representam a sua entrega por nós. Jesus celebrou essa entrega obediente de sua vida na ceia pascal, a última ceia. Do pão, fez sacramento do seu corpo e o deu em alimento. Do vinho, fez sacramento do seu sangue e o deu em bebida. A Missa é a ceia pascal de Jesus. No lugar do cordeiro sacrificado, comemos pão e vinho, que, pelas palavras do Salvador e pela efusão do Espírito Santo, tornam-se substancialmente corpo e sangue de Cristo. Pela comunhão no seu corpo e no seu sangue, nos unimos profundamente a ele e ele a nós. Na Missa, elevamos ao Pai - com Cristo, em Cristo e por Cristo – a mais alta louvação e dele recebemos as mais elevadas graças e bênçãos.

Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão (Lc 9, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
reunido com os apóstolos na última ceia, tu te ofereceste ao Pai como cordeiro sem mancha e foste aceito como sacrifício de perfeito louvor. Pela comunhão no sublime sacramento da Eucaristia, tu nos nutres e santificas. Dá-nos, Senhor, a graça de nos aproximar sempre da mesa de tão grande mistério para encontrar, por tua graça, a garantia da vida eterna. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Para honrar o Santíssimo Sacramento, no dia de hoje, é importante participar da Santa Missa e da Procissão Eucarística. 

Comunicando

Você sabe, toda quinta-feira, celebramos a Santa Missa às 11 horas, rezando por você, pelos ouvintes e associados. Hoje, após a Santa Missa, teremos a Adoração Eucarística. A Missa é no Recife, na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a igreja dos salesianos. Estando perto, participe presencialmente. Estando longe, partice nos acompanhando pelo rádio ou pelo  Youtube, Canal Padre João Carlos.

Um abençoado dia de Corpus Christi e até amanhã, se Deus quiser!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Vai fazer muita diferença na sua vida.



   18 de junho de 2025  

Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 



     Evangelho.    


Mt 6,1-6.16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

     Meditação    


Quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e ora ao teu Pai que está oculto (Mt 6, 6)

Estamos ouvindo o Sermão da Montanha. Nele, Jesus faz uma reedição da Lei, orientando os seus seguidores sobre como se conduzir em diversas situações da vida. No ensinamento de hoje, ele toca em três temas: a esmola, a oração e o jejum. ‘Quando der esmola, não toque a trombeta diante de si, não dê publicidade à sua caridade. Quando jejuar, não desfigure o rosto, ninguém precisa saber de sua penitência. Quando for rezar, não exiba sua piedade em favor de sua boa imagem’. A orientação é afastar-se do jeito dos fariseus e realizar essas práticas religiosas com um novo espírito.

Vamos prestar bem atenção à preocupação de Jesus com relação à oração. Um grande defeito da oração dos fariseus era a ostentação. Disse Jesus, com toda clareza: “Quando vocês forem rezar, não façam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens”. Os fariseus rezavam em público, mostrando-se praticantes fieis da religião. Eles eram realmente admiráveis pelo exato cumprimento externo das normas religiosas. E o povo os tinha em muita conta. Mas, esse modo de praticar a fé, no fundo, os estimulava a buscar prestígio e poder diante do povo. A ostentação destrói a prática religiosa.

Na ostentação, procura-se o reconhecimento por parte dos outros, o elogio dos homens. A ação que seria de louvor a Deus transforma-se em louvor a si mesmo. Na ostentação, manifesta-se a vaidade. Pela vaidade, a honra que é devida a Deus eu a canalizo para a minha pessoa. Jesus via isso também nos trajes dos fariseus e seus mestres, com a desculpa de homenagear as palavras da Lei. A ostentação é também uma forma de humilhar os pobres e as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Além do mais, a ostentação é irmã do fingimento, da hipocrisia. É o culto da aparência, onde a verdade não conta, só o que fica bem na foto.

Pelo contrário, ensinou Jesus, “quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”. A oração é um ato de intimidade entre Pai e filho. “Entra no teu quarto e fecha a porta”. Quarto é uma maneira simbólica de falar da própria intimidade. Esse é o primeiro templo, o nosso interior. A oração é como estar de portas fechadas, você e o seu Pai, conversando no seu quarto. É no espaço interior, longe de olhares curiosos ou das manifestações públicas de santidade, que você e Deus conversam, trocam confidências, acertam as coisas.




Guardando a mensagem

Os fariseus gostavam da oração da praça. Uma oração marcada pela ostentação, pelo jogo da aparência, pela falsidade das intenções. A oração servia para engrandecer sua imagem de homens devotos e cumpridores das obrigações religiosas. Era, afinal, uma louvação a si mesmos. Jesus aconselhou a oração do quarto. Uma oração marcada pela simplicidade, pela intimidade. Um diálogo amoroso e filial com Deus, no templo da própria interioridade.

Quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e ora ao teu Pai que está oculto (Mt 6, 6)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o teu ensinamento de hoje é uma grande lição para nossa vida de oração. Diante de Deus, não vale a aparência. Vale a verdade. No relacionamento com ele, conta pouco a formalidade. Vale especialmente a simplicidade, a confiança e a intimidade de filho ou filha no encontro com o seu Pai. O teu ensinamento, Senhor, não desprestigia os nossos templos. Mas, fica claro, que antes do templo de pedra, a oração se faz verdadeira no meu templo interior. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Uma conquista importante em sua vida de piedade, é chegar a manter, com regularidade, o seu momento diário de oração. Não é coisa de outro mundo, é coisa simples. Nem precisa ser muito tempo, o tempo que você dispõe. Se for o caso, aos poucos, você vai aumentando esse tempo. O importante é manter o ritmo: todo dia, no mesmo horário, possivelmente. E o que fazer nesse momento: suas orações pessoais e a leitura da Bíblia (possivelmente o evangelho do dia) com a meditação da Palavra. Quem tiver mais tempo, reze também o terço mariano. Isso vai fazer muita diferença em sua vida: o seu momento diário de oração. 

Comunicando

Em outubro, conduzo uma peregrinação aos Santuários Marianos em Portugal, Espanha, França e Itália, concluindo com o Jubileu Mariano presidido pelo Papa Leão XIV, em Roma. O grupo que parte do Recife já está completo. A novidade é que abrimos um novo grupo saindo, agora, de Guarulhos, São Paulo. Informações pelo whatsapp 81 9964-4899.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Amor aos inimigos.




  17 de junho de 2025.  

Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

  Evangelho.  


Mt 5,43-48


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!

45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?

47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.


  Meditação.  


Amem os seus inimigos e rezem por aqueles que perseguem vocês (Mt 5, 44).


Prepare o coração. Jesus nos mandou amar os inimigos. Essa atitude cristã supera o comportamento humano digamos “normal” que seria amar os amigos e odiar os inimigos. Viver na fé em Jesus Cristo nos faz superar essa posição.


Ter raiva é uma coisa natural. Deixar que a raiva tome conta da gente, aí é que não dá. Permitir que a raiva se transforme em rancor, ódio e nos cegue em nossas atitudes, aí não. Segundo o ensinamento de Jesus, o melhor caminho é acalmar o coração e tentar ver em quem nos ofende ou nos agride um irmão, uma pessoa que está equivocada, mas continua a merecer nossa consideração. Não responder-lhe na mesma medida, não desejar-lhe o mal, antes preservar sua boa imagem, querer o seu bem, rezar por ele ou por ela. É o que Jesus está nos dizendo neste evangelho.


Amar o próximo é o mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. E quando o próximo for nosso inimigo ou a nossa inimiga, aí a coisa se complica. Amem os seus inimigos, mandou Jesus. Esse é o caminho da perfeição, amar os inimigos. E é nessa via que nós caminhamos, porque o Pai é perfeito. ‘Sejam perfeitos como o Pai do céu é perfeito’. Jesus foi claro: ‘tornem-se filhos do Pai que faz nascer o sol sobre maus e bons e manda chuva para justos e injustos’. O Pai é o modelo para o filho. O nosso Pai trata bem os maus, porque ele é pai de todos e a todos ama. Como filhos, nós o imitamos.


Olha que interessante essa palavra de Jesus: “Tornem-se filhos do seu Pai que está nos céus”. O dom da filiação divina nós o recebemos no batismo, por meio do Espírito Santo. Somos filhos de Deus. Mas, Jesus está nos dizendo “tornem-se filhos do seu Pai”. Então, mesmo tendo recebido a graça de sermos filhos de Deus, precisamos aprender a agir como ele, neste caso, amando os nossos inimigos. Na carta aos Hebreus, a esse propósito, há uma passagem interessante sobre Jesus que aprendeu a ser um filho obediente. “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu.” (Hebreus 5,8). Pelo sofrimento, Jesus aprendeu a obediência de filho. Jesus é o maior exemplo. Ele falou e fez. Na cruz, humilhado, traído, torturado só pediu ao Pai que perdoasse seus algozes, porque, disse ele, “eles não sabem o que fazem”. Rezou por eles. Também por eles, deu a vida.


Jesus está chamando a nossa atenção para o diferencial do cristão. Não agir como os pagãos ou pessoas reconhecidamente pecadoras desse mundo. Eles amam os seus amigos, tratam bem os seus iguais. Temos que imitar o Pai. Temos que imitar Jesus. Amar os inimigos, rezar pelos que nos perseguem, fazer o bem a quem nos maltrata.





Guardando a mensagem


Jesus nos mandou amar os inimigos, fazer-lhe o bem. E nos deu como modelo o Pai, o nosso Deus. O próprio Jesus é nosso modelo. Imitando Jesus, amamos a todos, queremos o bem de todos e, quando perseguidos, injuriados ou difamados, lutamos para não guardar mágoa, nem alimentar ódio em nosso coração. Antes, rezamos por quem nos faz o mal e queremos o bem de quem nos ofende. É nesse espírito que enfrentamos a defesa dos nossos direitos e a busca da verdade. Sem ódio no coração.


Amem os seus inimigos e rezem por aqueles que perseguem vocês (Mt 5, 44).


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

está aí uma coisa difícil: amar os inimigos. Mas, esse é o jeito certo do cristão ser, para parecer contigo, para ter os mesmos sentimentos teus, como nos aconselhou o apóstolo. Ajuda-nos, Senhor, a tirar do nosso coração todo sentimento de rancor, de ódio, de inclinação à vingança. Ajuda-nos a cultivar o amor cristão que vê no outro, mesmo no inimigo, um irmão ou uma irmã que precisa encontrar o caminho do bem. Abençoa, Senhor, os que nos fazem o mal. Eles também são irmãos que precisam encontrar a graça da conversão. Ensina-nos, Senhor, o caminho do diálogo, do respeito e da paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Identifique, hoje, na sua história de vida, alguém que lhe tenha feito muito mal. Fale com Jesus, em sua oração, pedindo-lhe forças para perdoar esse alguém.


Comunicando


Corpus Christi é quinta-feira. Teremos a Missa das 11 horas, com transmissão pelo rádio e pelo Youtube. Quem morar por perto, sinta-se convidado a participar presencialmente desta Missa na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, no Recife, a igreja dos salesianos.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb






Oferecer a outra face.



   16 de junho de 2025  

Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum



      Evangelho.     


Mt 5,38-42

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.


      Meditação      


Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! (Mt 5, 39)

Toda a história do antigo povo de Deus, suas leis, suas normas de comportamento, com a vinda de Jesus tudo ganhou mais luz, mais perfeição. No Sermão da Montanha, Jesus, como um novo Moisés, comunica a Lei ao seu povo. Ele não veio para acabar com a Lei antiga, mas para levá-la à perfeição, para aprimorá-la. A lei do Reino de Deus pauta-se pela misericórdia, pelo amor.

No texto de hoje, ele corrige a Lei do Talião. A Lei do Talião, como está no Livro do Levítico, já era um grande avanço, porque disciplinava a reação às agressões. Não permitia o excesso. Era o mínimo de qualquer povo civilizado. Está escrito no Livro do Levítico: vida por vida, fratura por fratura, olho por olho, dente por dente. O dano que causar a alguém será a sua paga, na mesma moeda, na mesma medida. Bateu, levou. É o nível humano, disciplinando a vingança, para a vingança não sair maior do que a ofensa. Essa legislação foi já um grande avanço para o povo do Antigo Testamento.

Com Jesus, o homem redimido pela graça pode fazer muito mais do que isso. Pode reagir com maior controle, com mais caridade; pode vencer, em si próprio, a raiva, o ódio, o desejo de vingança. O homem renascido pela graça pode ser mais generoso, como Deus foi para com ele; ser misericordioso, como Deus foi com ele. Pode, na graça de Deus que o regenerou, oferecer o perdão, em vez da vingança.

Olha o que Jesus disse: “Não enfrentem quem é malvado”. Rebater a violência com a violência é alimentar a espiral suicida da violência. A lei de Moisés impunha um controle sobre a medida da vingança, para ninguém se exceder fora da conta. Com Moisés, quem foi ofendido tem o direito de responder com a mesma moeda. Não mais. Com Jesus, nem isso. Quem foi ofendido, não se vinga de jeito nenhum. Não responde com a mesma moeda. Não parte para a violência. Nada de "olho por olho, dente por dente". Não só não parte para a violência, mas procura ser humilde e generoso para restabelecer a fraternidade. Não somente não se vinga, mas também não fecha as portas para o agressor. Assim, até se arrisca a receber outra pancada, outra traição, outra ofensa. "Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!". Fácil, não é.

O ensinamento de Jesus, hoje, é muito claro: não podemos responder às ofensas que recebemos com a mesma moeda; em vez de rompimento, procuramos a reconciliação; cultivamos um amor a toda prova, porque a vitória há de ser a da fraternidade. É isso que precisamos fazer, praticar. Esse é o caminho do cristão. 




Guardando a mensagem

Oferecer a face esquerda ao agressor. Foi Jesus mesmo que em primeiro lugar realizou isso. Sua cruz foi isso! Nós o esbofeteamos, mas ele pediu ao Pai que nos perdoasse. Nós o crucificamos e, no entanto, ele nos reconciliou com Deus. O mandamento dele é ‘vingança não’ (aquele negócio de olho por olho) e nem voltar as costas a quem nos ofende. Agora, a nova lei nos manda ser fraternos a toda prova. Nada de vingança. Nada de reações violentas. Permanecer desarmado, enfrentando a ofensa dos irmãos com humildade e prontos para o perdão.

Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! (Mt 5, 39)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
hoje estás nos ensinando a agir com mansidão, não com violência. Deste o exemplo: ferido e violentado pelos soldados de Pilatos, te comportaste como um cordeiro levado ao matadouro. Ó Jesus, manso e humilde de coração, faz o nosso coração semelhante ao teu. Dá-nos vencer a espiral da violência, quebrando a resposta violenta que só a alimenta. Abençoa, Senhor, os irmãos e as irmãos que estão passando por grandes dificuldades. Ensina-os, Senhor, pelo teu Santo Espírito, a confiarem no diálogo, no entendimento, na busca perseverante de reconciliação. Sustenta-os com os dons da fortaleza e da paciência. Tu és, Senhor, o nosso modelo de vida, o nosso Mestre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Nesse assunto de paciência, de disposição para a reconciliação, de mansidão, há alguma coisa a consertar na sua vida? Pense aí. 

Comunicando

Hoje é dia de Segunda Bíblica. Tempo de conhecer e amar a Palavra de Deus. Estamos estudando o Livro dos Atos dos Apóstolos. O estudo de hoje é sobre o capítulo 10: o apóstolo Pedro prega na casa de um pagão e batiza sua família e seus convidados. Nosso encontro é hoje, é no Youtube Canal Padre João Carlos 
e começa às oito e meia da noite. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Construir comunidades de amor.



15 de junho de 2025

  Solenidade da Santíssima Trindade.  


  Evangelho.  


Jo 16,12-15

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora.
13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.
14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.
Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade (Jo 16, 13)




  Meditação.  


Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade (Jo 16, 13)

A nossa realidade é assim. Desunião dentro de casa. Gente brigada na comunidade. Um país polarizado. Gente que não escuta, nem dialoga, só correndo atrás do seu interesse. Mas, não estamos satisfeitos com isso. Sonhamos com algo bem diferente. Famílias, onde se vive amor e respeito. Comunidades inclusivas e solidárias. Um país no caminho da justiça e da fraternidade. Esse é o sonho que temos no coração.

Podemos pensar: temos um bom exemplo a seguir, a Santíssima Trindade. Eles são três pessoas, mas são um só Deus. Cada um tem a sua individualidade: um é o Pai; outro é o Filho; e o outro é o Espírito Santo. São três, cada um tem sua atuação, mas vivem na perfeita unidade. São um. Podemos nos inspirar nesse modelo para construir famílias e comunidades unidas e felizes.

Podemos pensar um pouco mais. Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Então, já está no nosso DNA a inclinação para a compreensão, a cooperação, a unidade. Por isso, ficamos tão desapontados com esse desencontro, essa concorrência, essa busca egoísta de felicidade que experimentamos todo dia, em nós, em nossas famílias, em nossas comunidades.

Pensando ainda melhor, podemos perceber uma realidade surpreendente. O Deus uno e trino, que habita no mais alto do céu, o Deus que adoramos não é apenas um belo modelo a ser imitado. Nós já vivemos mergulhados nele, na grande experiência do seu amor. O salmo oitavo exalta o ser humano e pergunta ao Altíssimo: “Senhor, que é o homem, para dele vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”. É que nos vemos rodeados de tanta atenção, de tanto carinho, participantes do seu poder e de sua glória. O Deus lá do alto fez morada cá entre nós. Nós nos sentimos, como Pedro, Tiago e João na transfiguração de Jesus, no Monte: envolvidos pela nuvem de sua presença e de sua glória.

De saída, precisamos nos dar conta de uma coisa. Tem alguém que nos abre os olhos da fé para ver essa verdade tão pertinho de nós, para termos a experiência de nos sentirmos amados, abraçados e inseridos na comunidade divina, como filhos. Nem precisa pensar muito. Nas leituras de hoje, está clarinho: esse alguém é o Espírito Santo. Ele já estava ao lado do Pai, na criação do mundo. Ele é a sabedoria que dirigiu a obra da criação, pulando de contentamento pelas coisas lindas que estavam sendo feitas. É o que nos conta o Livro dos Provérbios. Ele, o Espírito Santo é quem derrama o amor de Deus em nossos corações, em nós que fomos redimidos por Cristo, nos diz a Carta aos Romanos. Ele, o Espírito, é quem está nos ajudando a compreender coisas que nós, anteriormente, não éramos capazes de compreender. Ele é o enviado do Pai e do Filho que está nos conduzindo à plena verdade. É Jesus nos falando no evangelho de hoje, João 17.

Já estamos mergulhados na Trindade. Como disse Paulo, em sua pregação em Atenas: “nele vivemos, nos movemos e somos” (At 17). Fomos inseridos na comunhão com o Pai, pela reconciliação que Cristo, o filho, nos alcançou em sua cruz. O Santo Espírito foi derramado sobre nós como água viva, nos comunicando a graça da filiação divina. E não nos esqueçamos que fomos criados por Deus, na maravilhosa atuação do Pai, criados à sua imagem e semelhança. Já estamos mergulhados no mistério do Deus uno e trino que contemplamos, tentando imitá-lo em nossa vida de família e de comunidade.




Guardando a mensagem

Construir comunidades de amor, onde as individualidades sejam respeitadas, onde se dialogue nas diferenças e se reencontre no perdão, não é algo utópico. Dá pra gente fazer. Mesmo com nossa fraqueza, dá pra gente construir famílias mais felizes e comunidades mais acolhedoras. A comunhão é coisa da nossa própria natureza espiritual, nós que agora somos irmãos no Senhor, membros do seu único corpo, filhos e filhas do mesmo e eterno Pai, habitados todos pelo único Espírito. Então, cuidemos de ser mais amorosos dentro de casa, com nossos pais, com nossos irmãos e parentes; mais gentis e generosos com quem encontrarmos; mais gratos e apaixonados pela mãe Igreja, que nos gerou como filhos para Deus e, permanentemente, nos alimenta com o pão da Palavra e da Eucaristia.

Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade (Jo 16, 13)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a experiência que temos, no dia-a-dia, termina nos fazendo descrentes do grande sonho da fraternidade que está no nosso coração. Nosso estilo de vida nos leva a tratar os outros com segundos interesses ou nos afastar deles tomando-os como inimigos, adversários, concorrentes. Assim vamos perdendo a confiança e o respeito pelos outros e destruindo as boas chances de aproximação, cooperação, amizade. Repetimos esse mesmo esquema dentro de casa, na Igreja também. Daqui a pouco não nos sentiremos mais filhos amados, mas críticos amargos de tudo e de todos. Ah, Senhor, esse domingo da Santíssima Trindade nos ajuda a dar um freio nisso. Não somente Deus é maravilhosamente uno e trino, uma comunidade de amor, que podemos imitar. Mas, por graça, estamos inseridos nessa comunidade de amor. Somos filhos. Somos irmãos. Somos amados. Estamos em comunhão. Que o teu Santo Espírito nos ajude a viver esse amor em casa, na rua, na igreja, no trabalho, na sociedade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Quando, hoje, for fazer o sinal da cruz, faça-o devagar e pensando como o mistério do Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo nos abraça.

Comunicando

Faço show hoje em Camela, no Município de Ipojuca, Pernambuco. No próximo domingo, dia 24, dia de São João, o show será em Jeremoabo, na Bahia.

No final do mês, vou estar em São José do Rio Preto, SP. No dia 27, na Rede Vida e no dia 28, presido a Santa Missa no Santuário São Judas Tadeu. No dia 29, estarei em Campinas. Lá, celebro a Santa Missa, no Jubileu dos 20 anos da Paróquia de São Marcos evangelista.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Opção ou Tentação?

 


  14 de junho de 2025  

Sábado da 10ª Semana do Tempo Comum



  Evangelho  


Mt 5,33-37

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:33 "Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Não jurarás falso', mas 'cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor'. 34 Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36 Não jures tão pouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37 Seja o vosso 'sim': 'Sim', e o vosso 'não': 'Não'. Tudo o que for além disso vem do Maligno".


  Meditação. 


"O sim de vocês seja sim. O não de vocês seja não. O mais vem do maligno" (Mt 5,37). Palavras sábias de Jesus. Programa de vida para os seus seguidores. Um sim que seja sim, um não que seja não. É o que ele quer de nós. Como educador, quero refletir com vocês numa aplicação muito clara e prática dessa Palavra do Senhor.

A gente observa hoje na educação dos filhos pequenos que os pais não sabem mais dizer sim ou não. Deixam tudo à escolha das crianças, como se elas tivessem já critérios para fazer opções duradouras. Os pais é que têm que ter critérios para escolhas sérias, responsáveis, duradouras. O perigo é que as crianças cresçam escolhendo sem critérios. Fazendo opções que não sejam opções verdadeiras estão na verdade correndo para o mais fácil, o prazeroso, o que está na moda. Isso não é fazer opção. Isso é cair em tentação.

Pais sem critérios para escolhas deixam os filhos em escolhas sem critérios. Pensemos, por exemplo, na escolha da escola em que a criança vai estudar. É claro que é interessante ouvir a criança a respeito disso, sobretudo no caso de uma mudança de escola. Mas, esperar que a escolha da criança seja a decisão final é abdicar da própria responsabilidade. Pais e mães têm responsabilidade na educação dos filhos, têm obrigação de providenciar o melhor, dentro de suas condições. E o melhor pode não ser o que parece melhor à criança que ainda não tem uma visão global da vida, nem suspeita o que a vida vai lhe cobrar amanhã ou o que cabe no bolso dos pais. Isso vale também para outras escolhas: a alimentação, como vai ocupar o final de semana, onde vai passar as férias, a hora de estudar e de brincar. Vale particularmente para a sua educação religiosa. A criança precisa ser ouvida, mas não está correto que tome decisões importantes, como se já fosse gente grande.

Aliás, muita gente grande sem critérios para escolhas vai sendo conduzida na vida pelos instintos, pelo faro, pela mera busca de prazer. Não pensa, não pesa, não escolhe. Vai no impulso, procura o mais fácil, o que lhe pode trazer mais satisfação momentânea. Por isso, suas escolhas são passageiras, irresponsáveis, interesseiras. É bem possível que essa seja a raiz de muita escolha fracassada. Matricula-se e logo abandona a faculdade. Começa uma academia e não termina o primeiro mês. Casa-se e se separa com a facilidade de quem despreza o brinquedo que perdeu a graça. Vai ver é gente que nunca fez escolhas verdadeiras, não foi preparada para escolhas responsáveis, para opções duradouras.




Guardando a mensagem

Essa palavra de Jesus, hoje, sobre a seriedade do ‘sim’ e do ‘não’ nos faz olhar de maneira especial para a educação das novas gerações, responsabilidade nossa como pais e educadores. É claro que à medida que a criança cresce vai se tornando mais autônoma, mas já sabe seguir certas regras. Já tem aprendido que não pode fazer tudo que der na telha, que há razões para se escolher uma coisa, razões que vão além do que é gostoso, ou do que é prazeroso ou do que está na moda. Lembremos, o adolescente ainda está sob a autoridade dos pais. 
Ouvir, dialogar, levar sua opinião em conta, tudo certo, mas a última palavra ainda é dos genitores em coisas importantes e decisivas. Um jovem respeitoso da autoridade dos seus pais não se improvisa. Ele começa na educação da criança. Sim, sim. Não, não. O mais vem do maligno, já disse Jesus.

Seja o seu sim, sim; e o seu não, não (Mt 5, 37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
achaste que não se deve jurar de modo nenhum. E por quê? Porque quem fala a verdade, quem anda na verdade, não precisa dar nenhuma garantia do que está dizendo. Dá sua palavra e pronto. Jurar seria, então, como dar um peso de verdade à própria fala. Mas, se já se está falando a verdade, a verdade se impõe. Como disseste: “A verdade vos libertará”. Concede, Senhor, que sejamos pessoas da verdade, sem duas conversas, sem enroladas, sem mentiras. Livra-nos dos mentirosos, dos enganadores, dos falsos. E ajuda-nos a educar as novas gerações para decisões responsáveis e duradouras. Que o nosso sim seja sim. E o nosso não seja não. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Que tal você conversar com outra pessoa sobre o tema desta meditação? Você pode não concordar com tudo que eu disse. Tudo bem. Fale, converse, confronte seu pensamento... isso é importante. Gente que não pensa, não acerta.

Comunicando

Amanhã, faço show em Camela, município de Ipojuca, Pernambuco. No outro domingo, dia de São João, o show será em Jeromoabo, na Bahia. O primeiro show do mês de julho, já no dia 05, será no Pará, na cidade de Terra Santa. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A santidade do leito conjugal.



  13 de junho de 2025  

Memória de Santo Antônio de Pádua, 
presbítero e doutor da Igreja 

Sexta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum


  Evangelho  


Mt 5,27-32

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno.
31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.




  Meditação  


Não cometerás adultério (Mt 5, 27)

Nós, seguidores de Jesus, acolhemos, com gratidão, a Lei da Aliança que Deus deu a Israel. No Sermão da Montanha, Jesus tomou alguns pontos da Lei e os explicou, aprofundando o nível de exigência no seu cumprimento. Na observância dos mandamentos, ele acentuou duas coisas: que seja expressão de nossa aliança com Deus e do respeito e do amor que devemos ao nosso próximo.

Não cometer adultério. É um dos mandamentos da Lei que Deus deu ao seu povo, no Sinai. Nesse assunto do adultério, que toca tanto o homem como a mulher, Jesus, de maneira especial, tomou a defesa da mulher. A Lei ordena: “Não cometerás adultério”. Perfeito. Mas, não cometer adultério é também não desrespeitar a mulher com um olhar malicioso ou expor a esposa ao adultério ao mandá-la embora de casa.

O evangelho de Jesus exalta o casamento, como participação no amor de Cristo e da Igreja. Anuncia a indissolubilidade desse laço que une homem e mulher, segundo o propósito de Deus. Abençoa o esforço de fidelidade dos esposos e o seu compromisso com a geração e a educação cristã dos seus filhos. Repreende, portanto, o adultério, a traição e a vida conjugal sem entrega e sem compromisso.

Vivemos hoje em uma sociedade pluralista, com muitas opções sendo pregadas e defendidas. Nem todo mundo acredita nas mesmas coisas que nós acreditamos. O nosso modo de ver a família, o casamento, a vida sexual, como também a vida social, a economia, o trabalho, tudo isso encontra cada dia mais resistência e oposição. O ensinamento de Jesus e da Igreja é criticado, desprezado, rejeitado, por vezes.

Os valores que defendemos estão alicerçados na Palavra de Deus e na Tradição viva da fé. Não são invenções do Papa, dos padres ou de algum movimento religioso tradicional. Defendemos a vida, desde sua concepção até a sua morte natural. Não estamos de acordo com a promiscuidade sexual. Pregamos a castidade de solteiros e casados. Não temos dúvida que o verdadeiro casamento só pode acontecer entre homem e mulher. São valores, são princípios, são bandeiras que nascem de nossa fé, enraizados na revelação bíblica e no ensinamento dos apóstolos de ontem e de hoje.

Que não pensem igual a nós, tudo bem. O desastre será se nós, por conta de opiniões contrárias, renunciarmos ao modo cristão de ver a vida e o mundo. Triste será se os cristãos esquecerem sua fé, desprezarem os ensinamentos de Cristo e embarcarem na onda forjadora de opinião dos grandes meios de comunicação e de grupos de pressão social. Já pensou se os cristãos trocarem o evangelho pela pregação que fazem hoje as novelas contra a família, contra o casamento, contra a santidade da vida sexual?




Guardando a mensagem

Um seguidor de Jesus, nesta sociedade em plena crise de valores, não pode ser uma pessoa que pensa com a cabeça dos outros e edita sua opinião, segundo os ventos da moda ou da pressão social. São Paulo foi bem claro: "Não se conformem com esse mundo, mas transformem-se, renovando sua maneira de pensar e julgar, para que possam distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito" (Romanos 12,2). Está claro demais. Não se conformar a esse mundo, isto é, não assimilar suas fraquezas e seus defeitos, não se moldar à sua imagem, mas antes, transformar-se, assimilando uma maneira de pensar e de agir de Deus. E isso vale particularmente para a nossa compreensão do casamento, o dom da sexualidade e a santidade da vida conjugal.

Não cometerás adultério (Mt 5, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
ser cristão da porta da Igreja pra dentro até que não é tão difícil. Agora, ser cristão da porta da Igreja pra fora, aí a coisa se complica. O mundo tem uma pregação sobre a família: cada dia mais destrói as suas bases e os seus fundamentos. E muitos cristãos casados embarcam no mundo da infidelidade ao leito conjugal, no adultério. E jovens cristãos aventuram-se a coabitar, em completo desrespeito à sua vocação de esposos e pais. Tu, Senhor, nos alertaste que o adultério começa com o olhar malicioso, o linguajar obsceno, o desrespeito à mulher. Dá, Senhor, que os irmãos e irmãs unidos pelo matrimônio, santifiquem o seu leito conjugal, procurando, na tua graça, viver o amor verdadeiro, que pede comunhão, paciência, diálogo, perdão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Não vão lhe faltar oportunidades, hoje, pra você conversar com alguém sobre este tema do evangelho, a santidade da vida conjugal.

Comunicando

Neste dia de Santo Antonio, grande pregador da Palavra de Deus, estamos realizando um dia missionário com o povo da AMA, a Associação Missionária Amanhecer. Estamos comprometidos com a evangelização nos meios de comunicação social. E estamos pedindo a Deus que renove nossas forças, com a chegada de novos associados e voluntários.  

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Palavras também matam.



 12 de junho de 2025

  Quinta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum. 


  Evangelho  


Mt 5,20-26

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

  Meditação da Palavra.  


Se a justiça de vocês não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus (Mt 5, 20)

No Sermão da Montanha, Jesus está nos apresentando um manifesto do Reino. Jesus percebia que era necessário superar a mentalidade dos fariseus. ‘Se a justiça de vocês não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus’. Para eles, agradar a Deus era cumprir escrupulosamente as leis escritas nos Livros de Moisés e em sua tradição oral. Justo, abençoado, ensinavam eles, é quem pratica a Lei de Deus, com todos os seus erres e efes. Bom, praticar a Lei de Deus é uma coisa boa. “Feliz o homem que observa os seus preceitos”, diz o Salmo 118. O problema é quando se vive uma mentalidade legalista, onde a pessoa não vê mais nada a não ser a realização do que lhe foi mandado. Gente assim se esquece para que existe aquela Lei e vira escravo da letra da Lei.

Na verdade, entendemos, com São Paulo, que não é o cumprimento da Lei que nos salva. O que nos justifica, nos torna santos, é o amor de Deus por nós, amor que veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. É Cristo quem nos justifica, e o fez por sua morte redentora. Fomos justificados pelo seu sangue, diz São Paulo na carta aos Romanos (Rm 5, 9).

Jesus quer que, pela nossa condição de justificados por seu amor na cruz, sejamos capazes de fazer mais do que a Lei de Moisés manda. Não apenas fazer o que a letra da Lei determina, mas, pela experiência do amor de Deus e pela caridade, temos que ir mais adiante, fazer bem mais. Trata-se, então, de viver os mandamentos de Deus de maneira ainda mais profunda e respeitosa. No evangelho de hoje, Jesus comenta três dos mandamentos de Deus: Não matar, não cometer adultério, não jurar falso. Olhemos melhor, hoje, esse mandamento “Não matar”.

Aos antigos, foi dada esta lei: “Não matar. Quem matar será condenado pelo tribunal”. A nova lei de Jesus, ou melhor, o modo novo de ver a antiga lei, é ainda mais exigente. Matar é o extremo. Mas, a morte do outro começa com golpes aparentemente leves: a indiferença, a desconsideração, o desprezo, o preconceito, a ação movida pela cólera. A ofensa a Deus e ao próximo não é só matar com uma arma de fogo ou uma arma branca ou química. Há outras formas de matar aos poucos, igualmente repudiáveis: o bullying, a difamação, a intolerância, a discriminação. A lei do Evangelho exige mais do que o simples mandamento “Não matar”; inclui também não desqualificar alguém, considerando-o burro, ignorante, incapaz. Isto também é uma forma de violência e de morte. Palavras e atitudes também podem ser armas letais.

Para ser réu no tribunal, nem precisa chegar a cometer homicídio, aborto, eutanásia, feminicídio ou coisa parecida. Já vira réu quem se encolerizar com seu irmão, ensinou Jesus. Encolerizar-se com o irmão é agir movido pela raiva, pela cólera. Quando alguém se deixa tomar pela raiva, acaba magoando, machucando, agindo com violência e sentimentos de vingança. A ação movida pela cólera é impensada, violenta, cega. É melhor se acalmar no momento para não ter que amargar um arrependimento depois. Quando a raiva vier, é preciso parar, respirar, deixar baixar a poeira. Assim, a ação que vier será menos impulsiva e poderá mais facilmente ser pautada por respeito, consideração e disposição para a reconciliação. Isso, sim, é digno de um cristão.





Guardando a mensagem

Os mandamentos de Deus continuam valendo. Mas, Jesus alarga a sua compreensão. ‘Não matar’ não é só tirar a vida dos outros, mas também não ofendê-los em sua dignidade, desprezá-los, difamá-los. O adultério começa no olhar malicioso que é desrespeito e violência contra a mulher. Mais do que “não jurar falso”, falar sempre a verdade. O esforço por tratar bem os outros, em todas as situações, se harmoniza com a busca de reconciliação. E essa é uma condição para o culto a Deus. Jesus orientou claramente: “Deixa a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”. Somos construtores de fraternidade, controlando em nós o impulso da ira, a tentação da indiferença, a violência do preconceito.

Se a justiça de vocês não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus (Mt 5, 20)

Rezando a mensagem

Senhor Jesus,
vivemos em um mundo de muitos desencontros. Facilmente nos contrariamos, ficamos com raiva, nos frustramos, nos decepcionamos ou decepcionamos os outros. Às vezes, nossa reação é movida pela raiva, pela cólera, pelo ódio. E sabemos que esses sentimentos são fonte de violência, em nossa convivência. Hoje, recordamos o que disseste sobre os mandamentos de Deus. Senhor, ajuda-nos a viver no meio das dificuldades da vida com serenidade e fortaleza. E a defender nossos direitos ou nossos pontos de vista, sem agredir ou insultar quem não pensa como nós. Que em toda e qualquer contrariedade, sejamos iluminados por tua palavra e por tua mansidão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Para se fortalecer no caminho do evangelho reze muitas vezes, hoje: “Ó Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Comunicando

Que bênção foi a reunião geral de sócios da AMA de ontem à noite. Os sócios, com seu link exclusivo, podem conferir a reunião no YouTube.

Nesta quinta-feira, dia eucarístico, estaremos unidos em oração na Santa Missa das 11 horas, com transmissão pelo YouTube e pelo rádio. Amanhã, faço show em Jardim Paulista, área metropolitana do Recife. No domingo, o show é em Camela, município de Ipojuca. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


As quatro faces da missão.


11 de junho de 2025

  Memória do apóstolo São Barnabé.  


  Leituras Bíblicas  



At 11,21b-26.13,1-3

Naqueles dias, 11,21b Muitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22 A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23 Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24 É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25 Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26 Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. 13,1 Na igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2 Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: "Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei". 3 Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir.


Mt 10,7-13


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento.
11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz”.



  Meditação.  


Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Jesus percebe a situação de sofrimento e abandono do seu povo. E procura organizar o seu grande grupo de discípulos, nomeando doze líderes. Chamou doze, porque estava simbolicamente reorganizando todo o rebanho de Deus, o povo das doze tribos, que fora liderado por doze patriarcas. E Jesus enviou os doze em missão. É urgente que o rebanho conte com bons pastores, com boas lideranças. Pastores que cuidem das ovelhas estropiadas, que recuperem as desfalecidas, que lavem as sujas, que as defendam dos lobos.

A missão é anunciar a proximidade do Reino, que é o que Jesus já estava fazendo. “Em seu caminho, anunciem: o Reino dos céus está próximo”. Na realização desta missão, Jesus deu aos doze quatro tarefas: Curar os doentes; Ressuscitar os mortos; Purificar os leprosos; e Expulsar os demônios. Você sabe, quatro é um número de totalidade. Quatro é tudo, pois quatro são os pontos cardeais. A missão de anunciar a chegada do Reino de Deus mostra-se nestas quatro ações.

Vamos dar uma olhada nessas tarefas. A primeira foi curar os doentes. Jesus tinha um carinho especial pelos doentes. Basta lembrar a cena da sogra de Pedro ou do paralítico descido em sua maca diante dele. Cuidar dos doentes é uma forma de anunciar o Reino de Deus. Deus está perto de quem está sofrendo. Deus é a força de quem está debilitado. Estamos diante do tema da SAÚDE. Assistir os doentes e sofredores, rezar por eles, rezar com eles, acompanhá-los em seu tratamento são formas de mostrar o amor de Deus, a proximidade do Reino. Curar os enfermos.

A segunda tarefa foi ressuscitar os mortos. Jesus ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, o seu amigo Lázaro. Em todos esses episódios, vemos como Jesus deu atenção às famílias enlutadas, como ele ajudou as pessoas a crerem em Deus e na ressurreição que ele nos promete. Estamos diante do tema da VIDA. Na parábola do bom samaritano, o homem estava caído, semimorto, na beira da estrada. Acudir quem está caído, quem está em situação de morte é ressuscitar os mortos. Hoje, temos muita gente que está em situação de morte: pela droga, pela exploração do trabalho, pela fome... Trabalhar pela recuperação dos dependentes químicos, salvar do suicídio quem perdeu o sentido da vida, por exemplo, são também formas de anunciar a proximidade do Reino. Ressuscitar os mortos.

A terceira tarefa foi purificar os leprosos. Os leprosos, no evangelho, têm a ver com a impureza em relação à Lei. Pela impureza, a pessoa estava apartada de Deus e de sua comunidade. A lepra é uma imagem do pecado. Estamos diante do tema da RECONCILIAÇÃO. Purificar os leprosos é ajudar a pessoa a se aproximar de Deus e alcançar o perdão dos seus pecados. Fomos reconciliados com Deus, por Jesus Cristo que morreu por nós. Trabalhar pela conversão, aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão são formas de anunciar que o Reino está vizinho, próximo. Purificar os leprosos.

A quarta tarefa foi expulsar os demônios. Jesus venceu as tentações. E libertou muitas pessoas possuídas pelo mal. Estamos diante do problema da LIBERDADE. Muita gente está possuída, escravizada pelo preconceito, pelo sentimento de inferioridade, pela ignorância, por ideologias totalitárias, pela inveja, pela dependência cultural... são numerosas as formas de dominação do mal sobre as pessoas! Contribuir para a superação desses males, ajudar as pessoas a se libertarem dessas forças de opressão são formas de realizar o anúncio do Reino de Deus. Expulsar os demônios.






Guardando a mensagem

Jesus, diante do seu povo sofrido e humilhado, enche-se de compaixão. Vê que aquele é um rebanho sem pastor. Realizando sua missão de reorganizar o povo de Deus disperso, nomeia doze lideranças para o seu movimento. Ele envia os doze em missão. Eles devem, como Jesus, anunciar a proximidade do Reino de Deus. Para servir o seu povo cansado e abatido, Jesus providencia pastores que cuidem das ovelhas estropiadas (os enfermos), que recuperem as desfalecidas (os mortos), que lavem as sujas (os leprosos), que as defenda dos lobos (os demônios). A missão dos doze é a missão de todo o povo de Deus. A minha, a sua também.

Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aos teus missionários de ontem e de hoje, estás instruindo que todos estamos em missão. E que a missão não depende de contarmos com muitos recursos (ouro, prata, dinheiro). O que temos para oferecer não tem preço, nem são coisas que estamos distribuindo. Somos testemunhas do Reino que chegou com tua presença redentora. Estás insistindo, Senhor, que precisamos manter a postura de missionários, de viajantes, evitando a busca de benefícios pessoais (não levar sacola) e a busca de segurança ou bem-estar (duas túnicas, sandálias, bastão). Ajuda-nos, Senhor, a realizar, ao teu lado, a grande tarefa da evangelização. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Dedique uma prece especial, hoje, pela missão da Igreja, pedindo que todos, leigos, consagrados e ordenados, estejamos em missão, como Jesus mandou.

Comunicando

Hoje, teremos uma Reunião Geral de Sócios da AMA. Se você é sócio, procure no seu grupo de WhatsApp o link para a reunião. Se ainda não está em nenhum grupo de sócios, faça contato com a gente pelo zap 81 3224-9284. Nossa reunião começa às oito e meia da noite, com muitas novidades. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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