PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: vigilância
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AGUARDAR ACORDADOS


MEDITAÇÃO
PARA O PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO,
DIA 03 DE DEZEMBRO

Não suceda que, vindo de repente, ele encontre vocês dormindo (Mc 13, 36)

Vigilância é a palavra-chave desse domingo. E este é o primeiro domingo do advento. Advento é esse período de quatro semanas que nos prepararam para o natal. É um novo tempo litúrgico. Você vê logo, na Igreja, que muda a cor litúrgica. Agora, usa-se o roxo, mais de acordo com o clima penitencial desse tempo. E tem a coroa do advento, com quatro velas. A primeira se acende hoje.

O advento nos fala de alguém que vem ao nosso encontro. E quem vem? Claro, Jesus. É ele que vem. Na verdade, já veio na sua encarnação. Celebramos isso no natal. Mas, ele vem sempre ao nosso encontro, de muitas formas. E o aguardamos na sua última vinda, para manifestar definitivamente o Reino de Deus. Um dia, ele se despediu dos discípulos e subiu ao céu. Mas, avisou que voltaria. E recomendou muitas coisas. As primeiras gerações de cristãos viviam numa grande tensão, esperando a sua volta a qualquer momento. À medida que o tempo vai passando, essa demora dele pode gerar esquecimento e relaxamento. Por isso, é muito importante recordar algumas de suas recomendações para esse período de espera.

Dando uma olhada nas leituras dos quatro domingos do advento desse novo ano litúrgico, que é o ano B, e lendo os comentadores bíblicos, creio que podemos reconhecer quatro temas que são a síntese do anúncio desse período. E, como eu vou acompanhar você nesse advento com a Meditação (espero que você continue aceitando a minha companhia), vou adiantar quais são esses quatro temas. Eles formam o caminho do anúncio da palavra de Deus nesse tempo santo. Eles podem ser um caminho de crescimento para todos nós. O tema deste primeiro domingo é AGUARDAR ACORDADOS, em torno da vigilância. No segundo domingo, o tema é PREPARAR A SUA CHEGADA COM UMA VIDA SANTA, em torno da conversão. No terceiro domingo, o tema é ACOLHER O TESTEMUNHO, em torno do reconhecimento de Jesus. No quarto domingo, o tema é PARTICIPAR DO PROJETO DE DEUS, em torno do “sim” de Maria.

Voltemos ao evangelho de hoje. Vigilância é a palavra-chave, repetida quatro vezes no texto de hoje. As comunidades, depois de Jesus, deram muita ênfase a essa recomendação de Jesus para o tempo da espera, o tempo em que ele estaria fora. Eu disse ‘fora’, mas ele está sempre conosco, você sabe. “Vigiem, fiquem acordados”. Jesus contou uma espécie de parábola para isso ficar bem clarinho. Um homem viajou e deixou sua casa aos cuidados dos seus empregados, a cada um deixou uma tarefa. E recomendou muito ao porteiro, o que ficou responsável por todos: não sei a que horas eu volto, fiquem me esperando acordados.

Estamos aguardando a volta de Jesus. Pense nisso como a coisa mais bonita que poderia acontecer na sua vida. A volta do nosso Deus amado, a manifestação gloriosa do nosso Jesus, o triunfo dos justos com ele! Será o coroamento de toda a obra da criação e da salvação. A Bíblia termina com essa prece, clamando pela volta do Salvador: “Maranatha, vem, Senhor Jesus”. Aguardar acordados – isso é fácil de entender, não é verdade? O contrário seria dormir, cochilar, descuidar-se.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Precisamos viver aquela mesma tensão das primeiras comunidades, na espera do Senhor que partiu e volta a qualquer momento. Viver com compromisso, em santidade, dando o primeiro lugar a Deus em nossa vida. Nada de relaxamento, de preguiça, de estado de sonolência e indiferença. Aguardar acordados é cada empregado estar realizando bem a tarefa que recebeu. É estarmos todos cuidando bem da família, da comunidade, do mundo – isso tudo é a casa dele. Não queremos que ele chegue e nos pegue desprevenidos, despreparados, ociosos, dormindo. Queremos aguardá-lo em vigília, acordados. Foi o que ele nos pediu.

NÃO DURMA NO PONTO


Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar (Lc 12 ,37)



O tema é o da vigilância, da prontidão. E este tema está tratado, no evangelho, com diversas historias e comparações. Recebemos uma tarefa, vamos prestar contas dela a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa de casamento, e volta a qualquer momento. É necessário que esteja acordado na hora em que o patrão voltar, para abrir a porta assim que ele bater. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado.

Nessa alegoria, o senhor é o próprio Jesus. Ele viajou (é a ascensão ao céu), mas, vai voltar e ninguém sabe a hora certa em que vai chegar (é a sua nova vinda). O empregado sou eu, é você. Ficamos na responsabilidade de cuidarda casa dele, da família dele. A casa é a minha família (que não é minha), a minha comunidade (que não é minha). Ficamos na responsabilidade de cuidar dessa família, dessa comunidade, dessa organização. Nós não somos os donos, somos os empregados. Vamos prestar contas. Vamos ser avaliados. E essa hora de sua chegada pode ser a qualquer momento, ele vem sem programação. Mas, vai ficar muito feliz se encontrar tudo em ordem. Vai cear com o seu empregado, contar as novidades de sua viagem, mostrar sua gratidão e sua confiança nele.

É certo que ele vem. E vem, definitivamente, no final dos tempos. Mas, de verdade, vem sempre. Vem numa grande oportunidade. Se não estamos preparados, perdemos (uma promoção, um concurso, um casamento, uma porta de realização, um salto em nossa vida espiritual). É, ele sempre vem. Se não vem, manda chamar a gente. É a morte. Essa é a hora da avaliação de nossa vida. Aprovados, iremos para o banquete eterno que ele nos servirá. Se não manda chamar, manda um aviso. É a doença. A doença me diz: você não está aqui pra sempre, você é frágil; você recebeu uma tarefa: está valorizando os meios que lhe foram dados para realizar a sua missão: a saúde, as pessoas que lhe querem bem, as qualidades, as capacidades que Deus lhe deu?

VIGILANTE OU RELAXADO?

Fiquem atentos, porque vocês não sabem que dia virá o Senhor! (Mt 24, 42)

Nós aguardamos a volta de Jesus. Estamos esperando a sua volta. O final do Livro do Apocalipse apresenta a Igreja como uma noiva que aguarda a chegada do noivo para o grande casamento. Será uma grande manifestação de triunfo de Cristo Senhor e do seu povo. A sua vinda será um momento de júbilo para uns e de juízo para outros. Por isso, apesar da alegria da espera, ficamos um tanto temerosos.

Jesus contou uma parábola interessante, a este respeito. Um senhor deixou um empregado cuidando de sua casa e dos seus negócios. E empreendeu uma grande viagem. E como estava demorando a voltar, o tal empregado desandou nas suas responsabilidades. Ficou cada dia mais violento com as pessoas da casa, embrigando-se e promovendo farras. A casa ficou de pernas pra cima, ninguém se entendia mais, um desmantelo. O patrão chegou sem ninguém esperar. E o resultado: o tal empregado deu-se muito mal. Foi duramente castigado.

Todo mundo entende essa parábola de Jesus. E sabe bem que, mesmo ele não voltando logo, precisamos estar sempre preparados, cumprindo bem nossas tarefas, realizando bem a nossa missão. Jesus, com essa história, quis nos incentivar a estar sempre vigilantes. Nós cuidamos de algo de que fomos encarregados. E disso, seremos cobrados, vamos prestar contas. Na parábola, o empregado cuidava da Casa do seu senhor. E é isso que nós precisamos aprender: a coisa principal é cuidar das pessoas, pessoas que podem estar sob nossa responsabilidade, mas não são nossa propriedade. O pai e a mãe de família cuidam de sua casa, das pessoas que estão sob sua dependência. E precisam estar sempre atentos, vigilantes para o mal não penetrar em sua casa, como Jesus falou na parábola. Ele falou: “Se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”.

O fato de Jesus estar demorando, não quer dizer que ele não vem. E não pode ser motivo para relaxamento, despreocupação, abandono da missão. Vigilância é o ensinamento de hoje.
Vamos guardar a mensagem de hoje

Jesus alertou sobre a vigilância: estarmos atentos, acordados, despertos... não permitindo que o mal penetre em nossa casa, em nossa família. Casa que é  antes de tudo dele, pois aí estamos como encarregados, investidos de autoridade e de responsabilidade por ele mesmo. E é a ele que daremos conta. Cuidar das pessoas é a nossa missão. Vigilância é a nossa atitude permanente.

Fiquem atentos, porque vocês não sabem que dia virá o Senhor! (Mt 24, 42)

Vamos acolher a Palavra com uma prece

Senhor Jesus,
Na parábola que contaste, tem o administrador fiel que cuidou bem de sua casa, alimentou bem seus dependentes, zelou para que tudo andasse direitinho, estava sempre vigilante, atento. E disseste: “Feliz o empregado que o senhor quando voltar o encontrar assim”. Nós queremos, Senhor, ser zelosos e vigilantes como esse empregado elogiado. Ajuda-nos, Senhor, a cumprir bem nossas obrigações em nossas famílias, ajuda-nos  a providenciar o necessário para vivermos dignamente e dá-nos sabedoria para conduzir bem aqueles que colocastes sob nossa responsabilidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

A vinda do Senhor

Também vocês fiquem preparados, porque na hora em que menos pensarem, o filho do homem virá. (Mt 24, 44).

Começou o tempo do advento. Jesus vem. Preparemo-nos para recebê-lo. Preparemos a sua chegada. Estejamos atentos, ativos, vigilantes. Que o dia de sua volta não nos pegue de surpresa. É a mensagem do tempo do advento.

O tema do evangelho de hoje, em Mateus 24, é a vinda de Jesus, a sua volta no final dos tempos. O verbo “vir” está repetido 6 vezes nessa passagem de hoje. E eu queria propor a você que encontre hoje um tempinho para ler essa passagem  (Mt 24, 37-44), para descobrir quantas vezes, nesse texto, ocorre essa expressão “vinda do Senhor ou vinda do filho do homem”.  Vou lhe adiantar que é um número de totalidade. Número de totalidade é um número que abarca o todo, abrange todas as direções. Então, está feito o desafio:  quantas vezes ocorre a expressão “vinda do Senhor ou vinda do filho do homem” no evangelho de hoje (Mt 24, 37-44).

Não posso dormir no ponto

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

O mesmo assunto está tratado, nesta parte do evangelho, com diversas comparações. Em cada comparação, podemos perceber novas facetas do mesmo tema. O tema é da vigilância, da prontidão. Recebemos uma tarefa, vamos prestar contas a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa, e volta a qualquer momento. Precisa estar acordado na hora em que o patrão voltar. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado. O dono da casa está atento à segurança de sua família. Nenhum ladrão vai pegá-lo de surpresa.  O administrador ficou responsável pela casa do patrão e pelos seus funcionários e está fazendo tudo direito, conforme a vontade do seu Senhor. A esse, o patrão, de tão satisfeito, vai dar mais responsabilidades ainda.

Não posso dormir no ponto

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

O mesmo assunto está tratado, nesta parte do evangelho, com diversas comparações. Em cada comparação, podemos perceber novas facetas do mesmo tema. O tema é da vigilância, da prontidão. Recebemos uma tarefa, vamos prestar contas a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa, e volta a qualquer momento. Precisa estar acordado na hora em que o patrão voltar. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado. O dono da casa está atento à segurança de sua família. Nenhum ladrão vai pegá-lo de surpresa.  O administrador ficou responsável pela casa do patrão e pelos seus funcionários e está fazendo tudo direito, conforme a vontade do seu Senhor. A esse, o patrão, de tão satisfeito, vai dar mais responsabilidades ainda.

O Senhor é o próprio Jesus. Ele viajou (é a ascensão ao céu), mas, vai voltar e ninguém sabe a hora certa em que vai chegar (é a sua nova vinda). O servo sou eu. A serva é você. Ficamos na responsabilidade de cuidar casa dele, da família dele. A casa é a minha família (que não é minha), a minha comunidade (que não é minha). Fiquei na responsabilidade de cuidar dessa família, dessa comunidade, dessa organização. Ele me deixou com a responsabilidade de organizar, de providenciar o alimento, de prover a segurança, de fazer funcionar as coisas... Eu não sou o dono. Sou um servidor. Não posso me aproveitar desse meu cargo a meu bel prazer. Não posso maltratar os que ele deixou sob minha responsabilidade. Eu vou prestar contas. Eu vou ser avaliado. E essa hora de sua chegada pode ser a qualquer momento, ele vem sem programação. Mas, vai ficar muito feliz se encontrar tudo em ordem, as pessoas satisfeitas, as coisas progredidas... vai cear comigo, contar as novidades de sua viagem e, eu nem queria, vai me oferecer responsabilidades mais altas ainda, porque confia em mim.  

As comunidades cristãs, no começo, tinham uma grande preocupação, certas de que Jesus voltaria logo. Por isso, acentuaram o desapego das coisas desse mundo. Essa tensão da vinda do Senhor ajudava as pessoas a viverem a fé com maior fidelidade. E tinham razão. Nós precisamos dessa tensão, para não nos perdermos no relaxamento de uma vida mundana. Porque, é certo que ele vem.

E vem, definitivamente, no final dos tempos. Mas, de verdade, vem sempre. Vem por uma grande oportunidade. Se não estamos preparados, perdemos (uma promoção, um concurso, um casamento, uma porta de realização, um salto em nossa vida espiritual). É, ele sempre vem.  Se não vem, manda chamar a gente. É a morte. Essa é a hora da avaliação de nossa vida. Aprovados, iremos para o banquete eterno que ele nos servirá. Se não manda chamar, manda um aviso. É a doença. A doença me diz: você não está aqui pra sempre, você é frágil; você recebeu uma tarefa: está valorizando os meios que lhe foram dados para realizar a sua missão: a saúde, as pessoas que lhe querem bem, qualidades, capacidades? está tudo pronto, já pode partir?

Como ele não tem hora pra chegar, eu não posso relaxar na minha tarefa, não devo abandonar o meu posto. Ele chega a qualquer hora. Tenho que estar atento, vigilante, ativo. De prontidão. Não posso dormir no ponto.

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

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