PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: tolerância
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FOGO DO CÉU CONTRA OS INIMIGOS


Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los? (Lc 9, 54)
Jesus estava indo em peregrinação a Jerusalém. Na verdade, estava iniciando uma longa jornada que o levaria à cruz. O clima não era dos melhores, por isso os próprios discípulos estavam com medo e aconselhavam Jesus a desistir, a não enfrentar possíveis hostilidades por parte das lideranças do seu povo. Mas, Jesus estava decidido. E prosseguia a viagem.
Claro, durante a caminhada, precisavam se arranchar em algum lugar. Assim, faziam os romeiros que iam a pé. Paravam em grandes grupos em praças, em bosques perto de cidades, em paradas conhecidas. Todo ano se repetia essa grande romaria da Páscoa. Normalmente, teriam que atravessar o território da Samaria. Muita gente preferia dar uma volta maior, mas não entrar em contato com esse povo considerado impuro, essa terra de gente que não partilhava da mesma religião do povo de Israel. Os samaritanos tinham seu Templo no Monte Garizim e, claro, por nada participavam de uma peregrinação a Jerusalém, a cidade santa dos judeus. Vocês se lembram daquele diálogo entre Jesus e uma mulher samaritana... só o fato de falar com ela já causou admiração aos próprios discípulos.
Então, a primeira coisa a considerar no texto é que Jesus e os seus discípulos estavam atravessando o território dos samaritanos e pretendiam pernoitar em algum lugar por ali. Esse fato nos faz perceber como Jesus agia livre de preconceitos, sempre com respeito às pessoas que pensavam diferente dele.  Anteriormente, um discípulo queria proibir um cidadão que estava pregando em nome de Jesus, mas não fazia parte do grupo deles. Jesus não permitiu que o proibissem. ‘Quem não está contra, já está a favor’. Olha, que sabedoria!
Bom, mas os samaritanos não gostaram daquela pretensão de Jesus pernoitar em suas terras. Não o receberam. Ficou todo mundo com raiva, menos Jesus.  Vamos respeitar essa posição deles. Tudo bem. Eles estão no direito deles.  A resposta de dois discípulos tão próximos de Jesus mostra que eles não entenderam nada da pregação de Jesus e do seu modo de se conduzir... Pedro e Tiago queriam mandar descer fogo do céu para arrebentar com tudo, queriam amaldiçoar aquela gente que fechou as portas pra Jesus. Jesus, sempre manso e humilde de coração, os repreendeu e seguiu viagem procurando rancho em outro canto.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Os samaritanos negaram hospedagem a Jesus e aos seus discípulos, que estavam indo em peregrinação a Jerusalém. Os discípulos queriam adotar uma atitude de vingança e retaliação. Jesus não permitiu. Tirou por menos. Você já pegou a mensagem de hoje... Nada de intolerância, de acirramento de competição contra quem reza por uma cartilha diferente da nossa. No tempo de Jesus, eram judeus e samaritanos. Hoje, temos evangélicos e católicos; os cristãos e as religiões de matriz africana ou espíritas... E existe até disputas e agressões entre grupos dentro da própria Igreja. A atitude de Jesus, que hoje contemplamos no evangelho, nos fala de tolerância, de respeito a pontos de vista diferentes, de abertura ao diálogo, de convivência respeitosa... Com Jesus, aprendemos a ser mansos e humildes de coração.
Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los? (Lc 9, 54)

JOIO TEM CARA DE TRIGO

A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno (Mt 13, 38).
Jesus contou uma parábola para ensinar a gente a ser paciente, tolerante e deixar o julgamento para Deus. E, certamente, também pra gente ficar mais atento com o que estamos fazendo, com a nossa plantação. Ele contou a parábola do joio e do trigo. Um homem semeou boa semente de trigo em seu campo. De noite, veio o inimigo e semeou o joio. Cresceram juntos, trigo e joio. Quando começaram a aparecer as espigas, notou-se que no meio do trigo havia o joio. Os empregados queriam arrancá-lo. Mas, o homem não deixou. Isso afetaria gravemente o trigo. Deixassem chegar o tempo da colheita. Aí, sim, arrancariam primeiro o joio e o colocariam no fogo. O trigo não, o trigo iria para o celeiro.
Jesus, à parte, em casa, com os discípulos deu uma explicação dessa parábola. O homem que semeou a boa semente é ele mesmo, o Mestre. O trigo são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao maligno. No fim dos tempos, os anjos farão a ceifa. E cada um terá o seu destino: os maus para o fogo eterno, os justos para a glória.
Você conhece um pé de trigo? O trigo é como um capim crescido com espigas. Quando chega o tempo da colheita, fica tudo amarelinho. Espigas bonitas, os grãos todos arrumadinhos, tudo bem certinho. É bonito de se ver. O trigo era a base alimentar do povo do tempo de Jesus. Com ele, faziam o pão, em casa. Mas, e o joio? O joio, você nunca viu. O joio é uma erva daninha, também chamada de cizânia, que dá no meio de cereais como o trigo. Ele é bem parecido com o trigo. Só quando começa a dar espigas é que se nota a diferença. Umas espigas com uns grãos desengonçados, uns grãozinhos pretos tóxicos. As feiosas espigas ficam logo pendidas para um lado.   E tem outro detalhe que os diferencia. O trigo tem raízes não muito profundas, é fácil arrancá-lo. Já o joio tem raízes rasteiras que se entrelaçam nas raízes do trigo. Na história de Jesus, o homem achou melhor não arrancar o joio. O melhor seria aguardar a colheita. Arrancando o joio iria-se prejudicar o trigo, claro, porque suas raízes se misturam com as do trigo. Seria prejuízo para o desenvolvimento da espiga do trigo.  

Gente tolerante para novos tempos

A noite de São Bartolomeu foi um evento vergonhoso de intolerância. Foi um episódio sangrento de repressão aos protestantes na França  pelos reis franceses, que eram católicos. Esse genocídio aconteceu de 23 pra 24 de agosto de 1572, em Paris, no dia de São Bartolomeu.

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