PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: sábado
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UMA RELIGIÃO PREOCUPADA COM AS PESSOAS

Jesus disse ao homem: “Estende tua mão” (Lc 6, 10)
10 de setembro de 2018.
Olhe bem para suas mãos. Olhou? Agora, me responda: O que as mãos representam? Mais uma chance. Olhe bem pra suas mãos... Olhou? O que as mãos representam? E se suas mãos fossem defeituosas, haveria algum problema? Veja se você concorda comigo: As mãos representam a nossa capacidade de trabalhar, de ganhar o pão de cada dia. Claro, elas representam mais do que isso. Mas, com as mãos defeituosas vai ficar muito difícil você construir uma casa, fazer uma limpeza, digitar um texto, dirigir um carro, fazer o almoço... está vendo? As mãos têm a ver com o trabalho.
Se isso é verdade hoje, mais ainda no tempo do povo da Bíblia. O povo trabalhava no campo, na lavoura ou nas criações de gado ou ovelhas, na pesca, no artesanato... Com um defeito nas mãos, a pessoa estava impossibilitada de ganhar o pão de cada dia.
Bom, até aqui estamos de acordo. Então, vou lhe fazer outra pergunta: você já percebeu que a lei do sábado, no tempo de Jesus, tinha a ver com o trabalho? Na Bíblia, duas tradições sublinham o valor do sábado, no Antigo Testamento. No Livro do Êxodo, o sábado tem a ver com o descanso de Deus, e, portanto, com a dignidade do trabalhador. No Livro do Deuteronômio, o sábado tem a ver com a saída da escravidão do Egito. Guardar o sábado é manter viva a memória da liberdade conquistada contra o regime do Faraó. Então, por um lado, o sábado sublinhava a dignidade do trabalhador: um dia de descanso e celebração dos frutos do seu trabalho; E por outro lado, o sábado afirmava a liberdade de um povo que não quer voltar à escravidão e é dono de sua terra e de sua história. Esse é o sentido do sábado, no Antigo Testamento. Claro, que isso tem um sentido religioso. Só um povo senhor do seu trabalho e de sua história pode render glória a Deus com a sua vida. Então, o sábado tem a ver com o trabalho.
E já que estamos nos entendendo, vamos ver o texto de hoje. Jesus está na sinagoga de Cafarnaum. É um dia de sábado, claro, dia do culto. E lá ele encontra um homem com a mão seca. Muita gente está de olho nele pra ver se ele vai curar no sábado. Curar é uma forma de trabalho. Para eles, isso não podia. Jesus fez uma pergunta incômoda. Ninguém respondeu. Ele perguntou se sábado era para fazer o bem ou fazer o mal? Ele sentiu a dureza do coração deles e ficou triste e aborrecido. E curou o homem da mão seca. Até aqui, tudo tranquilo. Agora, vamos prestar bem atenção no que ele disse àquele pobre homem.
Ele disse ao homem três coisas: ‘Levanta-te’ – ‘Fica aqui no meio’ – e ‘Estende a mão’. Essas palavrinhas fizeram toda a diferença. LEVANTA-TE! Você sabe, quando alguém se levanta assume uma posição, é um sinal de tomada de decisão. Ele estava sentado. Sentado pode indicar passividade, acomodação. Levantar-se é um sinal de desinstalação. De pé é a condição de Jesus ressuscitado. FICA AQUI NO MEIO! Pra que isso? Jesus podia tê-lo curado, sem tirá-lo do canto dele. Mas não, chamou-o para o meio. No centro da preocupação daquelas pessoas estava o sábado, a lei. Mas, no centro devia estar o homem necessitado. Que bela lição. ESTENDE A MÃO! Ele estendeu a mão e ela ficou curada. Se a pessoa humana em sua necessidade estiver no centro de nossa preocupação, na religião (representada aqui pelo sábado na sinagoga) atua a força de Deus para devolver a sua dignidade. O homem foi restaurado na sua capacidade de trabalhar, de ganhar o pão de cada dia com as suas mãos.
Guardando a mensagem
A ação de Jesus nos ajuda a perceber que é necessário deslocar a preocupação com a instituição ou com a Lei para a pessoa humana. A pessoa humana é que deve ser o centro das atenções na religião, na economia, na política, em tudo. Na religião cristã, experimentamos a força de Deus que levanta os oprimidos e sofredores, fazendo-os sujeitos de sua história (Levanta-te!), reconhecendo a prioridade de sua situação (Vem para o meio!) e revelando a sua dignidade de filho de Deus (Estende a mão!). Uma fé comprometida com as pessoas, com os humildes, com os que têm alguma deficiência, com os doentes... Assim, o nosso culto fica verdadeiro. E nosso Deus, mais satisfeito conosco.
Jesus disse ao homem: “Estende tua mão” (Lc 6, 10)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Não podemos entender como, depois de tudo o que fizeste, no final do culto na sinagoga, vários saíram se combinando para te eliminar. Essas pessoas colocavam a Lei no centro de sua vida social e religiosa e não aceitaram o teu ensinamento sobre colocar a pessoa humana no centro. Às vezes, em nossas famílias, nos esquecemos das pessoas e ficamos mais preocupados com a segurança dos bens que temos, por exemplo. E na escola, alguém se preocupa mais com o conteúdo a ser dado do que com os estudantes que estão aprendendo. E até na Igreja, corremos o risco de nos preocupar mais com os ritos do que o povo santo que está celebrando. Obrigado, Senhor, por tuas lições. “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Hoje, ao lavar as mãos, olhe bem para elas e tente lembrar a história do homem da mão seca. Aproveite e reze pelos desempregados; e para que eles estejam no centro de nossas preocupações na Igreja e na sociedade.

Pe. João Carlos Ribeiro – 10.09.2018

RELIGIÃO SEM CARIDADE


Quero a misericórdia e não o sacrifício (Mt 12, 7)
20 de julho de 2018.
Em caminhada com Jesus, em dia de sábado, os discípulos, com fome, passando no meio de uma plantação, apanharam espigas para comer. Pronto, isso foi o suficiente para escandalizar os fariseus. Acusaram os discípulos de estarem profanando o sábado.
Os judeus guardam o sábado, pensando no descanso de Deus no final da obra da criação.  Nós cristãos guardamos o domingo, por causa da ressurreição de Jesus. Os muçulmanos já guardam a sexta, festejando o dia em que Deus – Alá – criou o homem. No tempo de Jesus, a interpretação que os hebreus faziam do sábado era muito rigorosa, cheio de normas e detalhes. Não se podia trabalhar, de jeito nenhum. Até os passos deviam ser contados para não se ofender a santidade do sábado, o shabat.
Jesus chamou os seus opositores à razão: a necessidade humana está acima de uma norma religiosa. Se eles estavam com fome, é justo que procurassem conseguir o alimento. Note que a reclamação não foi porque arrancaram espigas da plantação. Isto era possível. O que não se podia era fazer isso em dia de sábado. Jesus relembrou que Davi e seus soldados, voltando de uma campanha, mortos de fome, comeram os pães das oferendas do Templo, o que não era permitido. E estava tudo certo.
Religião sem caridade vira uma coisa desumana. Jesus recordou um ensinamento escrito no Profeta Oséias, no Antigo Testamento “Quero a misericórdia e não o sacrifício”. Quando você ouvir essa palavra “sacrifício” na Bíblia, lembre que ela se refere aos sacrifícios de animais que se fazia no Templo de Jerusalém (bois, carneiros, aves). O sacrifício é uma forma de culto muito comum nas religiões antigas.  Então, Deus está dizendo nesta palavra do profeta que prefere a misericórdia ao sacrifício de animais. O verdadeiro culto é o da misericórdia, do amor, da caridade para com o próximo.
No livro do Profeta Isaías, também no Antigo Testamento, há uma reclamação de Deus. Deus reclama do culto que está recebendo: tantos sacrifícios de animais, ofertas, mas tanta injustiça, tanta violência no meio do povo, e nas mãos e no coração de quem está celebrando o culto! Isso sim é uma ofensa a Deus. "Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado", rezamos no Salmo 50.
Os fariseus estavam reclamando porque, em dia de sábado, os discípulos, que estavam com fome, estavam colhendo espigas para comer, durante o trajeto. O que vai agradar mais a Deus: seguir à risca a lei do sábado ou dar de comer a quem está com fome? O sacrifício ou a misericórdia?
Vamos guardar a mensagem
Os fariseus do tempo de Jesus faziam uma interpretação muito rígida da lei do sábado, uma norma religiosa que visava o louvor de Deus, mas também o descanso do trabalho nesse dia. Eles viram os discípulos colhendo espigas no sábado e ficaram revoltados. Para eles, com esse trabalho, o sábado estava sendo profanado. ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, disse o Senhor pela boca dos profetas. Sacrifícios era o culto realizado, no Templo, com o oferecimento de animais. Animais eram sacrificados no Templo em louvor a Deus ou para invocar o seu perdão. Jesus lhes mostrou que Deus está mais interessado na caridade, na misericórdia do que no cumprimento de ritos e costumes religiosos.
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Às vezes, não vemos a ligação que existe entre o culto que te prestamos e a caridade que devemos ao próximo. Na misericórdia, no amor solidário pelos mais sofridos, começa o verdadeiro culto que se explicita depois nos ritos, nas celebrações religiosas. Amar os irmãos, sobretudo defendendo, protegendo os doentes, os presos, os pobres, os mais frágeis, é uma forma de louvor a Deus. Senhor, ajuda-nos a viver nossa vida cristã e nossas práticas religiosas em sintonia com o amor ao próximo. Que a nossa devoção e o culto que te dirigimos tenham sua versão concreta no serviço aos mais pobres, no respeito aos idosos, na defesa da vida, pois preferes a misericórdia ao sacrifício. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.   
Vamos viver a palavra
Muita coisa, podemos fazer pelos irmãos e irmãs em maior dificuldade. A Igreja até fala das obras de misericórdia. Quem sabe, hoje apareça uma oportunidade para você praticar a misericórdia com alguém.
Pe. João Carlos Ribeiro – 20.07.2018
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
Há catorze Obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais.

*Obras de misericórdia corporais:*

1) Dar de comer a que tem fome
2) Dar de beber a quem tem sede
3) Dar pousada aos peregrinos
4) Vestir os nus
5) Visitar os enfermos
6) Visitar os presos
7) Enterrar os mortos
*Obras de misericórdia espirituais:*

1) Ensinar os ignorantes
2) Dar bom conselho
3) Corrigir os que erram
4) Perdoar as injúrias
5) Consolar os tristes
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos
As Obras de misericórdia corporais encontram-se, na sua maioria, numa lista enunciada pelo Senhor na descrição do Juízo Final.


A lista das Obras de misericórdia espirituais tirou-a a Igreja de outros textos que se encontram ao longo da Bíblia e de atitudes e ensinamentos do próprio Cristo: o perdão, a correção fraterna, o consolo, suportar o sofrimento, etc.

GENTE EM PRIMEIRO LUGAR


Jesus lhe disse: ‘Estende a mão’. Ele a estendeu e a mão ficou curada (Mc 3, 5)

03 de junho de 2018.

Olhe bem pra suas mãos. Olhou? Agora, me responda: O que as mãos representam? Mais uma chance. Olhe bem pra suas mãos... Olhou? E se suas mãos fossem defeituosas, haveria algum problema? Veja se você concorda comigo: As mãos representam a nossa capacidade de trabalhar, de ganhar o pão de cada dia. Claro, elas representam mais do que isso. Mas, com as mãos defeituosas vai ficar muito difícil você construir uma casa, fazer uma limpeza, digitar um texto, dirigir um carro, fazer o almoço... está vendo? As mãos têm a ver com o trabalho.

Se isso é verdade hoje, mais ainda no tempo do povo da Bíblia. O povo trabalhava no campo, na lavoura ou nas criações de gado ou ovelhas, na pesca, no artesanato... Com um defeito nas mãos, a pessoa estava impossibilitada de ganhar o pão de cada dia.

Bom, até aqui estamos de acordo. Então, vou lhe fazer outra pergunta: você já percebeu que a lei do sábado, no tempo de Jesus, tinha a ver com o trabalho? Na Bíblia, duas tradições sublinham o valor do sábado, no Antigo Testamento. No Livro do Êxodo, o sábado tem a ver com o descanso de Deus, e portanto, com a dignidade do trabalhador. No Livro do Deuteronômio, o sábado tem a ver com a saída da escravidão do Egito. Guardar o sábado é manter viva a memória da liberdade conquistada contra o regime do Faraó. A dignidade do trabalhador que é dono do sua capacidade de produção e para para descansar e celebrar os frutos do seu trabalho; e a liberdade de um povo que nunca mais quer cair na escravidão e é dono de sua terra e de sua história. Esse é o sentido do sábado, no antigo testamento. Claro, que isso tem um sentido religioso. Só um povo senhor do seu trabalho e de sua história pode render glórias a Deus com a sua vida. Então, o sábado tem a ver com o trabalho.

E já que estamos nos entendendo, vamos ver o texto de hoje. Jesus está na sinagoga de Cafarnaum. É um dia de sábado, claro, dia do culto. E lá ele encontra um homem com a mão seca. Muita gente está de olho nele pra ver se ele vai curar no sábado. Curar é uma forma de trabalho. Para eles, isso não podia. Jesus fez uma pergunta incômoda. Ninguém respondeu. Ele perguntou se sábado era para fazer o bem ou fazer o mal? Ele sentiu a dureza do coração deles e ficou triste e aborrecido. E curou o homem da mão seca. Até aqui, tudo tranquilo. Agora, vamos prestar bem atenção no que ele disse àquele pobre homem.

Ele disse ao homem três coisas: ‘Levanta-te’ – ‘Fica aqui no meio’ – e ‘Estende a mão’. Essas palavrinhas fizeram toda a diferença. LEVANTA-TE! Você sabe, quando alguém se levanta assume uma posição, é um sinal de tomada de decisão. Ele estava sentado. Sentado é um sinal de passividade, de acomodação. Levantar-se é um sinal de desinstalação. De pé é a condição de Jesus ressuscitado. FICA AQUI NO MEIO! Pra que isso? Jesus podia tê-lo curado, sem tirá-lo do canto dele. Mas não, chamou-o para o meio. No centro da preocupação daquelas pessoas estava o sábado, a lei. Mas, no centro devia estar o homem necessitado. Que bela lição. ESTENDE A MÃO! Ele estendeu a mão e ela ficou curada. Se for a pessoa humana em sua necessidade a estar no centro de nossa preocupação, na religião (representada aqui pelo sábado na sinagoga) atua a força de Deus para devolver a dignidade da pessoa humana.  O homem foi restabelecido na sua capacidade de trabalhar, de ganhar o pão de cada dia com as suas mãos.

Vamos guardar a mensagem

A ação de Jesus nos ajuda a perceber que é necessário deslocar a preocupação com a instituição ou com a lei para a pessoa humana. A pessoa humana é que deve ser o centro das atenções na religião, na economia, na política, em tudo. Na religião cristã, experimentamos a força de Deus que levanta os oprimidos e sofredores, fazendo-os sujeitos de sua história (Levanta-te!), reconhecendo a prioridade de sua situação (Vem para o meio!) e revelando a sua dignidade de filho de Deus (Estende a mão!). Uma fé comprometida com as pessoas, com os humildes, com os que têm alguma deficiência, com os doentes... Assim, o nosso culto fica verdadeiro. E nosso Deus, mais satisfeito conosco.

Jesus lhe disse: ‘Estende a mão’. Ele a estendeu e a mão ficou curada (Mc 3, 5)

Vamos acolher a mensagem

Senhor Jesus,

Não podemos entender como, depois de tudo o que fizeste, no final do culto na sinagoga, vários saíram se combinando para te eliminar. Essas pessoas colocavam a Lei no centro de sua vida social e religiosa e não aceitaram o teu ensinamento sobre colocar a pessoa humana no centro. Às vezes, em nossas família, nos esquecemos das pessoas e ficamos mais preocupados com a segurança dos bens que temos. E na escola, alguém se preocupa mais com o conteúdo a ser dado do que com os estudantes que estão aprendendo. E até na Igreja, corremos o risco de colocar no centro os ritos que executamos, nos esquecendo do povo que celebra. Obrigado, Senhor, por tuas lições. “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Hoje, ao lavar as mãos, olhe bem para elas e tente lembrar a história do homem da mão seca. Aproveite e reze pelos desempregados; e para que eles estejam no centro de nossas preocupações na Igreja e na sociedade.

Pe. João Carlos Ribeiro – 03.05.2018

APARECEU UM HIDRÓPICO PARA ATRALHAR.


Se algum de vocês tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado? (Lc 14, 5)
A gente sempre vê o evangelho falando mal dos fariseus. Mas, na cena de hoje, a gente descobre um pouco mais. Era um dia de sábado e Jesus estava numa refeição na casa de um dos chefes dos fariseus. Olha que surpresa. Um líder fariseu convidou Jesus para ir comer na casa dele. Um gesto bonito! E Jesus aceitou. Está lá comendo com eles: mestres da lei e fariseus. E você sabe que comer juntos era uma coisa muito forte na cultura do povo de Jesus! Comer juntos é sinal de comunhão. Lembre que eles não comiam junto com pagãos.
Então, podemos pensar que havia certa aproximação entre Jesus e os fariseus. Ao menos, alguns tinham certa simpatia por Jesus e Jesus os acolhia com muito boa vontade. Essa refeição na casa de um dos chefes dos fariseus está nos dizendo isso.
E você lembra que era um dia de sábado. Esse detalhe de ser num ‘sábado’ deve ser importante, porque essa informação se repete por três vezes nesse pequeno texto. Sábado era uma marca muito forte na religião deles. Os fariseus matavam e morriam pra todo mundo respeitar o sábado. Era o dia do descanso, nada de trabalho. E, você sabe, isso é maravilhoso, porque é uma afirmação da dignidade do trabalhador. Ele, como o Senhor Deus, pára para contemplar a sua obra. É senhor do seu trabalho, não é escravo. O sábado era também o dia do culto a Deus. Todo mundo se encontrava na sinagoga, para cantar os salmos e ouvir as Escrituras. Nisso tudo, Jesus, que era um bom judeu, estava também de acordo.
A refeição, podia ser um jantar, estava indo bem. Jesus e os fariseus cordialmente à mesa. Maravilha! Honrando o sábado. Tudo certo. Estranhamente, ali na frente de Jesus tem um hidrópico, um doente do barrigão, coitado. Aqui mostra-se a diferença entre Jesus e os religiosos do seu tempo. Está ali um filho de Deus sofrendo, um desgraçado estendendo a mão, pedindo ajuda a Jesus. E aí? Dia de sábado é dia de socorrer o irmão ou não? Foi a pergunta de Jesus. Ficaram calados. E se fosse um filho de vocês que caísse num poço, sendo sábado, vocês iriam socorrê-lo logo? Ficaram confusos. E Jesus curou o hidrópico. Tomou-o pela mão, curou-o e o mandou embora.
Acabamos de assistir as celebrações dos 500 anos da reforma protestante. Na linha do Papa Francisco, nos esforçamos para acentuar o caminho de aproximação que as igrejas têm feito, particularmente o diálogo que vem sendo feita nos últimos 50 anos, desde o Concílio Vaticano II, com as igrejas reformadas. O ecumenismo é o esforço de nos sentarmos à mesma mesa para a refeição. Mesmo que o diálogo com as igrejas evangélicas, pentecostais e neopentecostais seja hoje muito difícil, não podemos nos negar a sentar à mesa também com eles. Olhemos Jesus e os fariseus sentados na mesma refeição.
O que vai por a prova nossa amizade e nossa comunhão, na verdade, não será a doutrina, que tem, claro, diferenças. Mas a verdadeira prova, como foi para Jesus e os fariseus, é o hidrópico. Diante do colossal sofrimento do irmão marginalizado, explorado, excluído, o nosso sábado nos compromete com ele, ou, em seu nome, lavamos as mãos e nos omitimos. O sábado pode representar nossas práticas religiosas, nossas tradições. Nossa religiosidade (o sábado) nos impulsiona a retirar o filho que caiu no poço ou nos faz omissos diante do irmão que caiu à beira da estrada, como foi o caso do sacerdote e do levita na parábola do bom samaritano?
Vamos guardar a mensagem de hoje
Jesus aceitou o convite para uma refeição na casa de um líder fariseu, num dia de sábado. Os fariseus foram gentis ao convidar Jesus. Isso mostra uma certa aproximação desse grupo com o grupo de Jesus. Comer juntos era um gesto de comunhão e amizade. Ia tudo bem, mas eis que apareceu um irmão doente, precisando de ajuda: um hidrópico. Jesus perguntou se o sábado, onde era proibido fazer qualquer trabalho, permitia que se desse socorro a ele. Eles não souberam responder. E Jesus o curou. Pelo ecumenismo com outras igrejas, nos sentamos à mesma mesa de refeição. O que vai marcar a diferença, vai ser a prova dos nove, para eles e para nós, é se o nosso sábado ou seja nossa religiosidade nos faz comprometidos ou omissos diante do sofrimento dos irmãos.
Se algum de vocês tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado? (Lc 14, 5)

A ENCURVADA QUE SE ENDIREITOU


Jesus colocou as mãos sobre a mulher encurvada, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus (Lc 13, 13)



Era um dia de sábado. Jesus estava pregando numa sinagoga. E curou uma mulher encurvada. O chefe da Sinagoga não gostou. Achou que Jesus estava fazendo um trabalho que não devia ser feito no dia de sábado. E falou ao povo: ‘Em dia de sábado, não. São seis dias de trabalho na semana, venham nesses dias’. Mas Jesus insistia em curar no sábado. Por quê? Bom, a Obra da Criação, que teve seu ponto alto na criação do ser humano, foi coroada com o descanso de Deus, no sétimo dia, no sábado. Mas, o homem, obra prima de Deus foi desfigurado pelo pecado. Então, era preciso libertar o homem para que a glória de Deus fosse realmente completa. E ‘a glória de Deus é o homem vivo’, escreveu Santo Irineu, um dos primeiros teólogos da Igreja. O ser humano de pé é glória para Deus, gente de cabeça erguida, não de cabeça baixa, humilhada, desfigurada. Esse sim manifesta a glória de Deus, de quem é a imagem. O sétimo dia, o sábado da Bíblia, é o dia da glória de Deus, da obra de Deus perfeita, restaurada. É o trabalho de Jesus.

Agora, vamos prestar atenção num detalhe. Há 18 anos, a mulher vivia assim, encurvada. Dezoito anos. E a sua cura foi a vitória de sua dignidade de pessoa, imagem de Deus, como se fora a sua ressurreição. Vamos ver o simbolismo desse número. Jesus ficou três dias no sepulcro. Ressuscitou de cabeça erguida, vencedor do mal, do pecado e da morte. A mulher já estava assim há 18 anos. 18 é 6 x 3. Três, a conta certa, o tempo completo. Jesus ressuscitou ao terceiro dia. Seis, o falho, o enganoso, o incompleto. 6 x 3. Esgotou-se o tempo. Chegou a ressurreição ao terceiro dia. O homem e a mulher de pé, ressuscitados: essa é a obra de Jesus. Ele veio nos restaurar, nos libertar. De gente alquebrada pela humilhação e pelo sofrimento, nos faz gente de cabeça erguida, gente digna, vitoriosa, feliz.

No texto, está dito que um espírito a fazia doente esse tempo todo. Temos que fazer um desconto: o povo de Jesus achava que toda doença era uma obra de um espírito mal. Mas, de verdade o sofrimento, a humilhação, a violência geram pessoas fisicamente cabisbaixas, encurvadas. O evangelho de hoje está nos ensinando que a obra de Jesus é a restauração da pessoa humana. Ele ‘conserta’ a obra prima de Deus arrebentada pelo pecado (o próprio ou o dos outros). Ele nos liberta de tudo o que tira nossa dignidade de filhos de Deus.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Num sábado, numa sinagoga, Jesus cura uma mulher encurvada. As lideranças da comunidade consideram que não se pode fazer esse trabalho em dia de sábado. Mas, Jesus aparece sempre curando no sábado. O sábado é o dia de dar glória a Deus. E a glória de Deus é ver seus filhos libertados e felizes. Jesus está restaurando o homem decaído pelo pecado. A obra de Jesus, o seu trabalho, é esse mesmo: nos conduzir da morte para a vida, nos ressuscitar para vivermos na dignidade de filhos e filhas de Deus. Há muita coisa que oprime as pessoas: a violência doméstica, a falta de oportunidades, o trabalho escravo, a prostituição infantil, o preconceito... Sobre tudo isso, nossa fé em Cristo nos faz vitoriosos. Com ele, trabalhamos para erguer os encurvados.

Jesus colocou as mãos sobre a mulher encurvada, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus (Lc 13, 13)

Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece

Senhor Jesus,
Recordamos-te, hoje, todos os que estão na situação de encurvados, humilhados pelo desemprego, pela miséria, pelo abandono, pela violência. Concede-nos viver, com destemor, a dignidade de filhos e filhas de Deus, em solidariedade com todos os que precisam do nosso apoio, de nossa consciência cidadã, de nossa caridade cristã. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos praticar a Palavra que meditamos

No dia de hoje, tente identificar alguma pessoa “encurvada” no seu convívio e veja se você pode ajudá-la a não perder a esperança e a não se deixar vencer pelo desânimo.

Pe. João Carlos Ribeiro – 29.10.2017

A MÃO E A LEI

Levanta-te, e fica aqui no meio (Lc 6, 8).
Jesus está na sinagoga. É um dia de sábado. E há ali um homem doente. Jesus quer fazer o bem. Mas, os fariseus estão de olho para ver se ele vai violar a lei do sábado que proibia qualquer trabalho. Estão preocupados com o sábado, com a norma, não com a pessoa humana.
Na lógica dessa gente, a lei está acima da pessoa, e de suas necessidades reais. Essa lógica, de alguma forma, continua hoje. Em nossa sociedade do mercado, por exemplo, a economia é o valor maior, não as pessoas. Os interesses financeiros e econômicos é que estão em primeiro lugar, não a solução dos problemas reais da população.
Claro, a preocupação dos fariseus era com a Lei de Moisés escrita e oral que eles cobravam que o povo praticasse. Podemos nos perguntar, para que era essa Lei? Quando o povo celebrou sua aliança com Deus, ficaram escritas as normas pelas quais o povo cumpriria sua parte na aliança. Essas normas ou mandamentos visavam que o povo vivesse bem e honrasse o Senhor como seu Deus.. Não furtar, por exemplo, era um mandamento da Lei que visava o bem da convivência social. Guardar o sábado era um mandamento que protegia o trabalhador e honrava a Deus. Não trabalhar no sábado era um modo de o trabalhador ter um dia de folga, não virar escravo do trabalho. E ao mesmo tempo louvar a Deus, que descansou no sétimo dia do seu grande trabalho da criação.
O homem doente estava na assembleia, na sinagoga, naquele sábado. Ele tinha a mão atrofiada. A mão é uma representação da ação humana. Para a civilização daquele tempo, a produção era obra das mãos humanas. Com as mãos se plantava, se colhia, se comercializava, se construía. As mãos representam o trabalho, a capacidade de produção de uma pessoa. Observe essa sentença do Salmo 128: “do trabalho de tuas mãos comerás”. Então, se uma pessoa tem a mão atrofiada não pode produzir, está fadada a não poder providenciar a sua sobrevivência e a da sua família. Curar essa pessoa de sua mão atrofiada é restabelecer essa pessoa na sua condição de trabalhador, de provedor do sustento de sua casa.
Colocar aquele homem no meio, mandando ficar de pé, seria recolocar a pessoa humana no centro das preocupações. Seria declarar que a pessoa humana é mais importante do que os ritos religiosos, as normas sociais, as leis econômicas. Foi o que Jesus fez. Mandou o homem se levantar, ficar de pé no meio de todos. Perguntou se o sábado era para fazer o bem ou o mal? E mandou o homem estender a mão. E a sua mão ficou boa.
Vamos guardar a mensagem de hoje
A preocupação e as cobranças dos fariseus continuam hoje, na sociedade e na Igreja. Eles tratam a lei como fim em si mesma.  Esquecem que a lei, mesmo a de Deus, tem em vista o bem da pessoa humana. Imitando Jesus, precisamos recolocar a pessoa humana no centro, não a lei. No país, precisamos colocar o povo no centro, não a economia. A economia está a serviço da vida, não estamos a serviço do bem da economia. Na igreja, também precisamos colocar sempre a pessoa no centro da comunidade, da liturgia, do direito. Santo Irineu, no século segundo, escreveu: “A glória de Deus é o homem vivo”, diríamos, de pé.
Levanta-te, e fica aqui no meio (Lc 6, 8).
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor Jesus,
admiramos a liberdade com que te movias na tua missão. Não agias para agradar. Nem para fazer média com ninguém. Agias com o amor do Pai que liberta o pequeno e o sofredor de qualquer dominação. Na sinagoga, curando o homem de mão atrofiada naquele sábado, nos ensinas a colocar a pessoa humana, com suas necessidades, no centro de nossas preocupações e de nossos compromissos. Ajuda-nos, Senhor, a ser cristãos segundo o teu coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

O SÁBADO E A FOME


Por que vocês fazem o que não é permitido em dia de sábado? (Lc 6, 2)
Em caminhada com Jesus, em dia de sábado, os discípulos com fome, passando no meio de uma plantação, apanharam espigas para comer. Pronto, isso foi o suficiente para escandalizar os fariseus. Acusaram os discípulos de estarem profanando o sábado.
Os judeus guardam o sábado, pensando no descanso de Deus no final da obra da criação.  Nós cristãos guardamos o domingo, por causa da ressurreição de Jesus. Os muçulmanos já guardam a sexta, festejando o dia em que Deus – Alá – criou o homem. No tempo de Jesus, a interpretação que os hebreus faziam do sábado era muito rigorosa, cheio de normas e detalhes. Não se podia trabalhar, de jeito nenhum. Até os passos deviam ser contados para não se ofender a santidade do sábado, o shabat.
Jesus chamou os seus opositoes à razão: a necessidade humana está acima de uma norma religiosa. Se eles estavam com fome, é justo que procurassem conseguir o alimento. Note que a reclamação não foi porque arrancaram espigas da plantação. Isto era possível. O que não se podia era fazer isso em dia de sábado. Jesus relembrou que Davi e seus soldados, voltando de uma campanha, mortos de fome, comeram os pães das oferendas do Templo, o que não era permitido. E estava tudo certo.
Religião sem caridade vira uma coisa monstruosa. Jesus recordou um ensinamento escrito no Profeta Oséias, no Antigo Testamento “Quero a misericórdia e não o sacrifício”. Quando você ouvir essa palavra “sacrifício” na Bíblia, lembre que ela se refere aos sacrifícios de animais que se faziam no Templo de Jerusalém (bois, carneiros, aves). O sacrifício é uma forma de culto muito comum nas religiões antigas.  Então, Deus está dizendo nesta palavra do profeta que prefere a misericórdia ao sacrifício de animais. O verdadeiro culto é o da misericórdia, do amor, da caridade para com o próximo.
No livro do Profeta Isaías, também no Antigo Testamento, há uma reclamação de Deus. Deus reclama do culto que está recebendo: tantos sacrifícios de animais, ofertas, mas tanta injustiça, tanta violência no meio do povo, e nas mãos e no coração de quem está celebrando o culto! Isso sim é uma ofensa a Deus. "Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado", rezamos no Salmo 50.
Os fariseus estavam reclamando porque, em dia de sábado, os discípulos, que estavam com fome, estavam colhendo espigas para comer, durante o trajeto. O que vai agradar mais a Deus: seguir à risca a lei do sábado ou dar de comer a quem está com fome? O sacrifício ou a misericórdia?
Em nossa vida, muitas vezes deixamos de lado a caridade, a atenção às necessidades do próximo, para realizar ritos religiosos. Mas, Deus prefere que sejamos caridosos antes de qualquer coisa, porque essa é a maior homenagem que nós podemos lhe prestar.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Os fariseus do tempo de Jesus faziam uma interpretação muito rígida da lei do sábado, uma norma religiosa que visava o louvor de Deus, mas também o descanso do tralho nesse dia. Eles viram os discípulos colhendo espigas no sábado e ficaram revoltados. Para eles, com esse trabalho, o sábado estava sendo profanado. ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, disse o Senhor pela boca dos profetas. Sacrifícios era o culto realizado, no Templo, com o oferecimento de animais. Animais eram sacrificados no Templo em louvor a Deus ou para invocar o seu perdão. Jesus lhes mostrou que Deus está mais interessado na caridade, na misericórdia do que no cumprimento de ritos e costumes religiosos.
Por que vocês fazem o que não é permitido em dia de sábado? (Lc 6, 2)
Vamos acolher a palavra com um momento de prece
.Senhor Jesus,
Às vezes, damos mais valor aos atos religiosos do que à caridade para com o próximo. Mas tu queres a misericórdia, mais do que o sacrifício, os ritos, o cumprimento de normas religiosas. Amar os irmãos, sobretudo defendendo, protegendo os doentes, os presos, os pobres, os mais frágeis, é mais importante do que apenas cumprir obrigações religiosas. Senhor, ajuda-nos a viver nossa vida cristã e nossas práticas religiosas em sintonia com o amor ao próximo. Que a nossa devoção e o culto que te dirigimos tenham sua versão concreta no serviço aos mais pobres, no respeito aos idosos, na defesa da vida, pois preferes a misericórdia ao sacrifício. Amém.   
Pe. João Carlos Ribeiro

UM FIEL FREQUENTE

Conforme seu costume, Jesus entrou na Sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura (Lc 4, 16)
O evangelho dá notícia que Jesus ensinava nas Sinagogas da Galileia e era muito elogiado pelo povo. A Galileia é a região onde estava o povoado de Nazaré, onde ele tinha se criado. E é na Sinagoga de Nazaré que ele está, no evangelho de hoje.
Temos, nesse evangelho, uma cena de uma celebração matinal em uma Sinagoga, a de Nazaré. Jesus está presente, faz a leitura e está pregando. O livro santo é um rolo do profeta Isaías. E Jesus lê uma passagem que se refere à sua missão. A primeira reação das pessoas é de admiração pelas palavras de Jesus. Depois, a atitude de comunidade foi de rejeição, infelizmente.
Está escrito que “conforme seu costume, Jesus entrou na Sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura”. Prestemos atenção a essa observação: “conforme seu costume”. Era, então, uma prática habitual sua, um costume, ir à Sinagoga aos sábados participar da celebração. Vindo a esse mundo, nascendo no seio do povo judeu, o nosso Jesus aprendeu com os seus pais e sua família a participar com assiduidade do ritmo religioso do seu povo. Templo, para oferecimento de sacrifícios, só existia um, em Jerusalém. E para lá os fieis se dirigiam em peregrinação em três festas durante o ano, sobretudo na festa da páscoa. Nas cidades e povoados maiores, havia as sinagogas, casas de culto onde os judeus se reuniam, sobretudo para ouvir os textos sagrados, cantarem os seus hinos e fazerem suas orações. O dia santo do povo judeu era o sábado, como recordação da criação do mundo, o dia em que Deus contemplou sua obra e viu que tudo estava bem feito.
E eu estou chamando a atenção de vocês para essa observação do evangelista: “Conforme seu costume, Jesus entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura”. Vemos um jovem comprometido com a sua comunidade de fé, fiel às tradições religiosas do seu povo. E, mesmo sendo o filho de Deus, está integrado numa prática religiosa, valorizando e participando das celebrações de sua comunidade. Claro, nós não somos judeus, embora conservemos no AT os seus livros sagrados. Guardamos o domingo, por causa da ressurreição de Jesus que foi nesse dia, mas conservamos o ritmo de celebrações semanais em nossas igrejas.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Um bom seguidor de Jesus o imita nesse zelo pela participação semanal em sua comunidade religiosa, para ouvir a Palavra de  Deus e celebrar a Ceia do Senhor. Isso tem que ser um hábito, um compromisso semanal. Sem esse ritmo, nossa vida cristã se alimenta vagamente e ocasionalmente. O resultado é uma vida espiritual fraca, apagada e desligada do ritmo litúrgico da Igreja. E isso é pra você. Aprenda com Jesus. Ele não faltava, aos sábados, à reunião da Sinagoga. Observe ainda como ele não apenas era um fiel presente, mas uma pessoa ativa que assumia tarefas na celebração. É o que lemos hoje: Levanta-se para ler, e, depois, comenta a palavra lida, como era costume os leigos fazerem.
Conforme seu costume, Jesus entrou na Sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura (Lc 4, 16
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor Jesus,

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