PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: pastor
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PORQUE JESUS MANDOU LEVAR O CAJADO


Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).
15 de julho de 2018.
No evangelho deste décimo quinto domingo comum, Jesus está enviando os doze em missão. Só isso, já vale uma meditação. E enviando-os de dois em dois, num recado claro de comunhão e unidade. E lhes faz algumas recomendações, sobretudo que eles partissem em missão, em grande despojamento. Não levassem pão, nem sacola, nem dinheiro. Só com a túnica do corpo, sandálias nos pés e um cajado. Um cajado. Por que deviam levar um cajado?
Cada um dos evangelistas, mesmo narrando a mesma cena, deixa seu toque especial. Cada pessoa, mesmo contando a mesma história, marca sua diferença num detalhe, não é assim? Marcos, o nosso evangelista deste ano, diz que Jesus mandou levar um cajado. Mateus e Lucas dão outros pormenores, e incluem o cajado na lista do que Jesus disse que não levasse. E agora? Agora, é ver qual é o sentido desse cajado na história.
Bom, vamos deixar o evangelho de Marcos quieto e vamos para o livro dos Salmos. O salmo 23, que você conhece bem, diz assim: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Viu que entrou o cajado nessa oração? O Senhor é o meu pastor. Deus é o nosso pastor. Nós somos as ovelhas do seu rebanho. Ele nos conduz para boas pastagens e para águas correntes. E mesmo que você esteja numa situação muito difícil, como é ele que lhe conduz, você não tem o que temer. O bastão e o cajado dele são a sua segurança. Bom, bastão e cajado são a mesma coisa. É a vara com uma haste arredondada que o pastor tem sempre na mão.
E por que o cajado de Deus, nosso pastor, é a sua segurança? Bom, aí eu preciso lhe dizer pra que servia o cajado ou bastão, na mão do pastor. Você não tem ideia como a profissão de pastor era trabalhosa, no tempo da Bíblia! O pastor tinha que levar as ovelhas, todo dia, para pastar, num lugar que tivesse água também.  Coisa difícil naquela terra seca (grande parte da Palestina) e complicada se encontrasse pela frente um roçado, uma plantação. E você pode imaginar, ovelha é bicho obediente, mas em grande número, é um quebra-cabeça pra manter o rebanho junto ou no caminho certo. Aí o cajado é importante para tanger ou conter ovelhas afoitas. Já tem uma haste arredondada própria para segurar as ovelhas que estiverem se afastando, por exemplo. E mais, no campo havia muitas feras doidas pra comer uma ovelha gordinha: lobos, ienas, leões... Aí o cajado era a arma para enfrentar as feras e defender as ovelhas. E, de noite, tinha-se que ficar vigilante...não faltava ladrão querendo carregar as ovelhas. Aí o cajado era a defesa do pastor. Ele partia com tudo pra cima do ladrão e o bandido saía todo machucado. Olha aí os três usos do cajado ou do bastão: organizar a marcha das ovelhas, afugentar as feras do campo e lutar contra os assaltantes.  Os pastores eram quase sempre jovens, fortes e briguentos. Ninguém se metesse com eles, não.
Vamos de novo ao salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Deus me defende. Ele enfrenta o lobo ou o ladrão e não permite que me façam mal. O seu cajado é a sua segurança. Deus toma a sua defesa. Ele cuida de você. Jesus disse no evangelho de João: “Eu sou o bom pastor. O mercenário, quando o lobo ataca, ele corre e larga as ovelhas. Eu dou a vida pelas minhas ovelhas”.
Vamos guardar a mensagem
Jesus enviou os doze em missão. A recomendação foi que não levassem nada, a não ser um cajado. Cajado é coisa de pastor. O pastor é Jesus. Eles participam da missão de Jesus, de cuidar do rebanho. O cajado representa a responsabilidade do pastor de cuidar das ovelhas (com o cajado, ele tange as mais lentas e segura as mais apressadas). Mas representa também o zelo que eles devem ter na defesa do rebanho (com o cajado, o pastor afugenta as feras do mato e enfrenta os larápios). Os doze são, então, os pastores do rebanho de Deus, nossos líderes religiosos. É por isso que os nossos bispos têm um báculo, imitando o cajado dos pastores. O báculo representa a responsabilidade que eles, como bons pastores, receberam de cuidar do povo de Deus e de defendê-lo de todas as ameaças (heresias, ideologias totalitárias, divisões, etc.).
Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Está dito no evangelho de hoje, que os doze partiram e fizeram três coisas: pregaram que todos se convertessem, expulsaram muitos demônios e curaram numerosos doentes. Realmente, tinham mesmo que levar o cajado, assim começaram a entender que são pastores do teu povo: organizam o rebanho, expulsam o mal e derrotam as doenças.  Senhor, nós te bendizemos porque somos ovelhas do teu rebanho.  E te pedimos que, com o teu Santo Espírito, sustentes os teus ministros em sua missão de ensino, de pastoreio e de santificação do rebanho.  Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Reze, hoje, pelo padre de sua comunidade. Faça uma prece pelo seu bispo, também.
Pe. João Carlos Ribeiro – 15.07.2018

PORTA PARA ENTRAR, PORTA PARA SAIR

Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9)
23 de abril de 2018.
Estamos lendo o Evangelho de São João, no capítulo 10. Jesus se proclama o bom pastor. No texto de hoje, ele acrescenta o “Eu sou a porta das ovelhas”, “Eu sou a porta”.  
Em todo o evangelho de João, ocorre curiosamente que Jesus, várias vezes, se declara: EU SOU. Eu sou o pão da vida,  eu sou a luz do mundo, eu sou o bom pastor, eu sou a ressurreição e a vida, eu sou a porta... A certo ponto, diz: "Quando vocês tiverem elevado o filho do Homem, então saberão que EU SOU". Essa expressão "eu sou" pode passar despercebida a alguém desavisado, sem perceber algo da riqueza que ela exprime. Por que Jesus insiste em se identificar como EU SOU?
É claro que Jesus falava a pessoas que conheciam bem as Escrituras. O povo judeu estudava bem a lei de Moisés e os Profetas, as Escrituras da antiga aliança. Facilmente, recordavam como Deus tinha se apresentado a Moisés. "Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó". Foi naquele episódio da sarça ardente. Deus revelou a Moisés: "Eu vi a opressão do meu povo no Egito. Eu ouvi o grito de aflição diante dos seus opressores. Eu tomei conhecimento de seus sofrimentos. E desci para libertá-los". Moisés perguntou pelo seu nome. Deus respondeu: ‘Eu sou aquele que sou”..
Deus, como se mostrou a Moisés, é alguém que está preocupado com o seu povo, que desceu para livrá-lo da mão dos egípcios. Ele é o Deus que ouve os clamores do seu povo, que vem para livrá-lo. E envolveu Moisés nessa sua missão salvadora. Você vai responder assim aos israelitas: “‘Eu sou’ me envia a vocês”. Notaram? ‘Eu sou’ me envia a vocês. Eu sou é o nome de Deus, é quem Deus é.
Jesus, atribuindo a si mesmo essa expressão EU SOU, está dizendo ao seu povo que ele vem de Deus, que ele tem parte com Deus, que ele é Deus. E o é igualzinho ao Deus de Israel que desceu para libertar o seu povo do Egito. Que, como ele, vê a opressão, ouve o grito do sofredor, conhece o sofrimento de sua gente. E toma partido para salvá-lo. Esse modo de falar de si e de sua missão o coloca no clima do êxodo, da páscoa. Ele é o enviado do Deus da páscoa.
Vamos guardar a mensagem
Jesus está nos dizendo hoje: “EU SOU a porta das ovelhas”. Em primeiro lugar, a porta dá acesso ao redil. Entrar no povo de Deus, só por meio de Jesus. Pelo batismo, ingressamos na família de Deus, recebemos o Espírito Santo e nos tornamos filhos de Deus. É por meio de Jesus que entramos na posse desses bens prometidos: a reconciliação, a filiação divina. Em segundo lugar, a
porta também dá acesso à saída das ovelhas para suas andanças para pastos e locais com água de beber. Ele disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Com ele, que vai à nossa frente, estamos a caminho da terra prometida, como no antigo êxodo. A vida plena que ele nos dá é a realização de nossa existência humana e de nossa condição de filhos de Deus. Ele nos dá a sua própria vida, no sentido que se oferece por nós e no sentido que ele nos comunica a sua vida de ressuscitado. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9)
Vamos rezar a Palavra
Senhor Jesus,
Ninguém vai ao Pai senão por ti. És a porta pela qual ingressamos na casa do Pai, como filhos pródigos que somos. Fomos reconciliados por tua morte redentora. Por ti, chegamos ao Pai.
Pela porta, também saímos também para trabalhar na vinha do nosso Pai. É como nosso Papa Francisco tem nos alertado: somos uma igreja em saída. Como tu, e contigo, vamos em missão, no compromisso de que todos tenham vida e vida em abundância.  
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
No seu caderno de anotações (ou seu diário espiritual), escreva o que você entendeu dessa palavra de hoje “Eu sou a porta”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 23.04.2018

JUNTO A MIM, TEU BASTÃO, TEU CAJADO



MEDITAÇÃO PARA A QUINTA-FEIRA, DIA 01 DE FEVEREIRO DE 2018.
Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).
Jesus está enviando os doze em missão. Só isso, já vale uma meditação. Toda a igreja é missionária. E lhes faz algumas recomendações, sobretudo de que eles partissem em missão, em grande despojamento. Não levassem pão, nem sacola, nem dinheiro. Só com a túnica do corpo, sandálias nos pés e um cajado. Um cajado. Por que deviam levar um cajado?
Cada evangelista, mesmo narrando a mesma cena, deixa seu toque especial. Cada pessoa, mesmo contando a mesma história, marca sua diferença num detalhe, não é assim? Marcos, o nosso evangelista deste ano, diz que Jesus mandou levar um cajado. Mateus e Lucas, dão outros pormenores, e incluem o cajado na lista do que Jesus disse que não levasse. E agora? Agora, é ver qual é o sentido desse cajado na história.
Bom, vamos deixar o evangelho de Marcos quieto e vamos para o livro dos Salmos. O salmo 23, que você conhece bem, diz assim: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Viu que entrou o cajado nessa oração? O Senhor é o meu pastor. Deus é o nosso pastor. Nós somos as ovelhas do seu rebanho. Ele nos conduz para boas pastagens e para águas correntes. E mesmo que você esteja numa situação muito difícil, como é ele que conduz você, você não tem o que temer. O bastão e o cajado dele são a sua segurança. Bom, bastão e cajado são a mesma coisa. É a vara com uma haste arredondada que o pastor tem sempre na mão. E por que o cajado de Deus, nosso pastor, é a sua segurança?
Aí eu preciso lhe dizer pra que servia o cajado ou bastão, na mão do pastor. Você não tem ideia como a profissão de pastor era trabalhosa, no tempo da Bíblia! O pastor tinha que levar as ovelhas, todo dia, para pastar, num lugar que tivesse água também.  Coisa difícil naquela terra seca (grande parte da Palestina) e complicada se encontrasse pela frente um roçado, uma plantação. E você pode imaginar, ovelha é bicho obediente, mas em grande número, é um quebra-cabeça pra manter o rebanho junto ou no caminho certo. Aí o cajado é importante para tanger ou conter ovelhas afoitas. Já tem uma haste arredondada própria para segurar as ovelhas que estiverem se afastando, por exemplo. E mais, no campo havia muitas feras doidas pra comer uma ovelha gordinha: lobos, ienas, leões... Aí o cajado era a arma para enfrentar as feras e defender as ovelhas. E, de noite, tinha-se que ficar vigilante...não faltava ladrão querendo carregar as ovelhas. Aí o cajado era a defesa do pastor. Ele partia com tudo pra cima do ladrão e o bandido saía todo machucado. Olha aí os três usos do cajado ou do bastão: organizar a marcha das ovelhas, afugentar as feras do campo e lutar contra os assaltantes.  Os pastores eram quase sempre jovens, fortes e briguentos. Ninguém se metesse com eles, não.
Vamos de novo ao salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Deus me defende. Ele enfrenta o lobo ou o ladrão e não permite que me façam mal. O seu cajado é a sua segurança. Deus toma a sua defesa. Ele cuida de você. Jesus disse, no evangelho de João: “Eu sou o bom pastor. O mercenário, quando o lobo ataca, ele corre e larga as ovelhas. Eu dou a vida pelas minhas ovelhas”.
Vamos guardar a mensagem
Jesus enviou os doze em missão. A recomendação foi que não levassem nada, a não ser um cajado. Cajado é coisa de pastor. O pastor é Jesus. Eles participam da missão de Jesus, de cuidar do rebanho. O cajado representa a responsabilidade do pastor de cuidar das ovelhas (com o cajado, ele tange as mais lentas e segura as mais apressadas). Mas representa também o zelo que eles devem ter na defesa do rebanho (com o cajado, o pastor afugenta as feras do mato e enfrenta os larápios). Os doze são, então, os pastores do rebanho de Deus, nossos líderes religiosos. É por isso que os nossos bispos têm um báculo, imitando o cajado dos pastores. O báculo representa a responsabilidade que eles receberam de cuidar do povo de Deus e de defendê-lo de todas as ameaças (heresias, ideologias totalitárias, divisões, etc.), como bons pastores.
Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Está dito no evangelho de hoje, que os doze partiram  e fizeram três coisas: pregaram que todos se convertessem, expulsaram muitos demônios e curaram numerosos doentes. Realmente, tinham mesmo que levar o cajado, assim começaram a entender que são pastores do teu povo: organizam o rebanho, expulsam o mal e derrotam as doenças.  Senhor, nós te bendizemos porque somos ovelhas do teu rebanho.  E te pedimos que, com o teu Santo Espírito, sustentes os teus ministros em sua missão de ensino, de pastoreio e de santificação do rebanho.  Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Reze, hoje, pelo padre de sua comunidade. Faça uma prece pelo seu bispo, também.

Pe. João Carlos Ribeiro – 01.02.2018

JESUS REINA SERVINDO



MEDITAÇÃO PARA O DOMINGO, 26 DE NOVEMBRO

Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos (Mt 25, 32).

O grande domingo do ano é o domingo da páscoa, o da ressurreição de Jesus. E a cada domingo, celebramos o dia do Senhor, em sintonia com a sua páscoa. Neste último domingo do ano litúrgico, proclamamos que Jesus é Rei do Universo, senhor de todos nós. E voltamos a escutar suas palavras a respeito do que fará como rei, no final da história.

Para o povo da Bíblia, Deus é o pastor. Nós somos o rebanho dele. Os reis em Israel deviam desempenhar a tarefa de cuidar do rebanho de Deus, por isso eram chamados de pastores. Decepcionado com os maus pastores que se sucederam em Israel, o próprio Deus tinha anunciado que ele mesmo viria pastorear o seu povo, reunindo as ovelhas dispersas e exercendo o julgamento sobre elas. O rei tinha também a função judiciária, julgava as causas. É o que está descrito no livro do Profeta Ezequiel, capítulo 34. Jesus, no evangelho, se apresentou claramente como o pastor que veio cuidar do rebanho de Deus. Ele é o bom pastor que dá a vida por suas ovelhas.

No evangelho de Mateus, capítulo 25, Jesus fala de si mesmo como o rei pastor que, no final da história, reúne todos os povos, separando as ovelhas dos cabritos. O rei pastor chega com toda a sua glória, acompanhado dos anjos, e se senta no seu trono para julgar. É o julgamento final. As ovelhas irão para a vida eterna, os cabritos irão para o castigo eterno.

O critério do juízo é muito simples e prático: você ter demonstrado amor por Jesus, servindo os necessitados, mesmo sem se dar conta que era a Jesus que estava servindo. Só isso. Se você amou a Jesus, você tem acesso ao reino preparado pelo Pai desde que o mundo começou. Venham benditos do meu pai! Se não amou Jesus nos irmãos sofredores, o final é triste. Afastem-se de mim, malditos!
Jesus faz uma lista  de  seis tipos de necessitados: o faminto, o sedento, o estrangeiro, o nu, o doente e o preso. É uma lista simbólica de todos os sofredores. E a lista se repete quatro vezes nesse texto do evangelho. Estranhamente não é uma lista de sete, como se podia esperar, para ser uma obra perfeita. Acho que é muito simples: o sétimo é Jesus.

Então, a matéria que vai cair no exame final da história é o amor concreto aos que Jesus chamou de ‘pequeninos’. O que nos vai ser cobrado é o amor demonstrado a esses irmãos e irmãs. Mas, por que será que é esse ponto que nos será cobrado? Claro, a primeira razão é porque tudo está resumido no amor a Deus e ao próximo. Mas, talvez haja ainda outra razão. Poderia ser o fato de estarmos fazendo ou não como Jesus fez.

Nesse sentido, Jesus não é apenas rei porque vem no fim de tudo julgar todas as nações. Quando estava entre nós, ele já era rei. Claro, não um rei como Herodes ou outros poderosos. Ele não é rei pra mandar, ele é rei para servir. E entre nós, ele esteve servindo. Não lembra que ele chegou até a lavar os pés dos discípulos?! Jesus já estava reinando entre nós, porque estava servindo.

Como bom pastor, ele estava cuidando de suas ovelhas. Alimentou os famintos. Basta lembrar a multiplicação dos pães. Ele mesmo estava com sede e pediu água à samaritana no poço de Jacó, embora a sede pra valer fosse a dela. Ele acolheu os estrangeiros, atendendo os seus pedidos, como no caso do centurião de Cafarnaum e a da Cananeia.  Cuidou dos doentes. Basta lembrar os leprosos, os cegos, os paralíticos curados por ele. Na paixão e na cruz, foi bom companheiro de prisioneiros também. Na cruz, também lhe deixaram sem roupas, ele que tinha recomendado que se devolvesse o manto de um pobre, no caso de penhora. Ele reinou entre nós, servindo os mais humildes e sofredores. Então, a avaliação é se nós fizemos como Jesus, servindo os necessitados.

Vamos guardar a mensagem de hoje

As minhas ovelhas

“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”. (Jo 10, 27)

Esse pequeno texto do evangelho do Domingo do Bom Pastor deste ano bem que poderia levar esse título: As minhas ovelhas, eu e meu pai. Sobre as ovelhas, são ditas sete coisas: elas escutam a minha voz, elas me seguem, elas jamais se perderão, elas não serão arrancadas de minha mão, elas são conhecidas por mim, elas têm a vida eterna que eu lhes dou, elas me foram entregues por meu pai. Quem está dizendo isso: o pastor das ovelhas, Jesus.

Para uma sociedade rural, como a de Jesus, em que muita gente vivia da pecuária, a imagem do rebanho e o seu relacionamento com o pastor era uma coisa muito conhecida. Essa imagem, na Bíblia Sagrada, está aplicada ao relacionamento entre Deus e seu povo. Deus é o pastor do seu povo. O salmo 99 nos faz rezar:  “Nós somos seu povo e seu rebanho”.  “O Senhor é o meu pastor”, rezavam com o salmo 23. Há um relacionamento de proximidade entre as ovelhas e o seu pastor. O pastor as conhece uma a uma e as chama pelo nome, ao reuni-las para saírem para as pastagens. Ele vai à frente e elas o seguem, com confiança. A presença do pastor impede que elas se dispersem e se percam. Com ele, estão a salvo das feras e dos ladrões. E o pastor às leva às melhores pastagens e às fontes de água limpa.  

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