PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: montanha
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UMA NOITE DE ORAÇÃO

Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus (Lc 6, 12)
Olha que grande lição Jesus está nos dando. Ele tinha uma decisão importante para tomar. Àquela altura da missão, um grupo numeroso de discípulos e discípulas o seguia. E ele precisava dar um mínimo de organização ao seu grupo. E pensar no futuro do seu ministério. Ele precisava tomar decisões importantes em benefício de sua missão, em perspectiva de continuidade do seu trabalho. O que faz? Sobe a montanha para rezar e passa a noite inteira em oração a Deus.
A montanha é o lugar da oração, do encontro com Deus. É na oração, que o cristão precisa encontrar a luz de Deus para sua vida. É na oração que pode discernir qual é a vontade do Senhor.  E, uma vez compreendida a sua santa vontade, aderir a ela de todo o coração. Uma noite de oração na montanha, antes de tomar uma decisão importante: esse é o exemplo de Jesus. Também na véspera de sua paixão, angustiado e humanamente querendo escapar da paixão, está no monte em oração, no Getsêmani. Pede ao Pai para afastar o cálice da dor,  a humilhação e a morte violenta. Mas, quer aderir à vontade de Deus. Uma noite de oração.
Eu tenho a impressão que muitos cristãos tomam decisões sem consultar Deus, sem uma noite de oração. Uma noite de oração é um modo de dizer, uma experiência de discernimento na presença do Senhor. Tem coisas importantes para decidir? Então, precisa subir a montanha, isto é, colocar-se na presença do Senhor para, com a sua luz, com a assistência do seu Espírito, encontrar a sua vontade, o melhor para sua felicidade aqui na terra e na eternidade.
“Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles”, lemos no evangelho. O amanhecer é quando a decisão emerge da reflexão e da oração, decisão tomada, à luz da presença de Deus; é quando a noite da dúvida e da incerteza foi vencida pela luz de Cristo. Amanhecer é o começo do dia: quando começamos a realizar o que foi decidido no nosso encontro com Deus. Não é à toa que a nossa organização para esse trabalho missionário nos meios de comunicação se chama “Associação Missionária Amanhecer”.
E que decisões Jesus tomou naquela noite de oração? Nessa passagem, dá pra gente identificar ao menos quatro decisões. A primeira, chamar e escolher 12 líderes. Doze para marcar a continuidade com o povo de Deus, o povo das doze tribos. Doze, porque está construindo um novo momento do povo de Deus. Segunda decisão: escolher os doze do meio dos seus muitos discípulos. Não buscá-los fora. Tirar seus missionários dentre aqueles que o estavam acompanhando. Terceira: Designá-los como apóstolos, enviados. Essa será a sua identidade: serem apóstolos, enviados por ele. Quarta decisão: Reconhecer a liderança de Simão à frente do grupo, trocando o seu nome para Pedro. Na Bíblia, o nome é a missão. E a missão de Simão é ser a pedra, o alicerce da nova comunidade.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Jesus precisava tomar decisões importantes sobre a sua missão. Subiu a montanha e passou uma noite em oração. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze para serem seus apóstolos. Sempre que um cristão precisa tomar uma importante decisão, precisa subir a montanha, isto é, dedicar-se a um tempo razoável de discernimento e oração. Na oração, encontramos a luz de Deus para nossa vida, para nossas decisões. Esse é o caminho para podermos conhecer e acolher a vontade de Deus. E essa é a grandeza de nossa vida: fazer a vontade de Deus.
Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus (Lc 6, 12)
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor Jesus,
Vendo o teu exemplo, em oração na montanha, nos perguntamos se as decisões mais importantes de nossa vida têm sido tomadas dentro de um processo de discernimento, que inclui também um tempo sério de oração. Pela oração, asseguravas que as tuas decisões estivessem de acordo com a vontade do Pai. E são tantas as decisões que um cristão, uma cristã precisa tomar em espírito de obediência ao Pai: a escolha da profissão, o casamento, a consagração religiosa, mudanças importantes na vida profissional e familiar e tanta coisa mais.  Senhor, nessas horas, lembra-nos de subir a montanha e a decidir no diálogo com Deus. Assim, no amanhecer, poderemos realizar o melhor para nossa vida, o melhor segundo o teu coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Pe. João Carlos Ribeiro – 11.09.2017

NO TOPO DA MONTANHA

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha (Mt 17, 1)

Você já subiu uma montanha? Bom, pelo menos um monte mais alto já, não é verdade.
A montanha é um símbolo do encontro com Deus. O homem busca Deus, como que subindo uma montanha. Quando chega ao ponto mais alto, tem uma visão deslumbrante. Nem se lembra mais do cansaço da subida. É, em certa medida, um momento de transfiguração, de êxtase, de encantamento. Veja que em cima dos montes tem sempre uma igreja construída ou, pelo menos, um cruzeiro. Já reparou isso? A montanha é o lugar simbólico do encontro com Deus.

Na Bíblia, há também essa identificação da montanha com o fascinante encontro com Deus. Moisés, por exemplo, falou com Deus no monte Sinai. Houve lá o episódio da Sarça Ardente. Mas, também a entrega da Lei nas tábuas de pedra.  No Monte Horeb (que é o mesmo Monte Sinai), também Elias falou com Deus. No monte Carmelo, o mesmo Elias desafiou centenas de sacerdotes pagãos. A montanha é o lugar da manifestação de Deus. No Sinai, eram tantos relâmpagos e trovões que o povo lá em baixo, quase morre de medo. Moisés desceu de lá com o rosto brilhando.

No evangelho da Transfiguração, lido hoje em Mateus capítulo 17, está contado que Jesus subiu à montanha com Pedro, Tiago e João, três dos seus discípulos. Lá, eles tiveram uma experiência maravilhosa da manifestação de Jesus em sua condição gloriosa. E, quando tudo passou, desceram a montanha, com a recomendação de não contarem nada a ninguém. E o que aconteceu na montanha? Ali, houve um profundo encontro com Deus, um momento de revelação da pessoa de Jesus. Jesus foi transfigurado diante deles, ficou com o rosto e as roupas brilhantes. E apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Depois, uma nuvem os cobriu e ouviram a voz de Deus: “Este é o meu filho amado, no qual pus todo o meu afeto. Ouvi-o”.

Subir a montanha é o que nós fazemos na Oração. No momento em que entramos profundamente na comunhão com Deus é como se nós chegássemos ao topo da montanha. Ali, podemos viver uma maravilhosa experiência com Deus. E quem pode nos conduzir assim à oração profunda e verdadeira? O acesso, o caminho já foi aberto por Jesus. E o Espírito Santo de Deus é quem nos conduz ao topo da montanha. Mas, ele conta com nossa docilidade, com nosso esforço em rezar com simplicidade e profundidade. Ficando só na superficialidade, rezando da boca pra fora, distraindo-nos com tudo ao nosso redor, dificilmente subimos à montanha. Ficamos no meio do caminho, não concluímos a subida. Quando alcançamos o topo, rezando de verdade, tudo se torna luminoso, nosso interior se enche de paz e de santa alegria. Ali, Deus nos fala, como pai.  Ele nos aponta Jesus como nosso caminho, nos dá direção, discernimento, conforto. Ficamos até com a tentação de permanecer naquela situação, como os três apóstolos que queriam montar tendas para se fixarem por ali.

Depois da experiência lá no topo, precisamos descer a montanha, voltar à normalidade de nossa vida. Mas, voltamos reabastecidos, reanimados. O encontro com Jesus ressuscitado dá novo ânimo à nossa existência e às nossas lutas.
  

A montanha

Você tem alguma coisa importante para resolver? Então, precisa subir a montanha. Está se sentindo perdido diante dos problemas da vida? Tem que subir a montanha. Precisa se sentir mais perto de Deus? Tem, então, que subir a montanha.

Jesus subiu a montanha para rezar e passou a noite toda em oração a Deus. É o que lemos no Evangelho de Lucas, capítulo 6. O que Jesus foi fazer na montanha?  De vez em quando ele subia um monte e ficava lá a noite toda rezando. Isso acontecia sempre que precisava tomar uma grande decisão. Dessa vez, ele precisa tomar uma decisão importante: dar um passo de organização no seu trabalho, pensar no futuro do seu ministério. Na montanha, ele ia se entender com o Pai, expor suas situações, pedir luzes para as decisões que precisavam ser tomadas. A montanha é o lugar da oração.  É o próprio elevar-se em oração. Ao amanhecer, já tinha uma decisão: manteria perto de si um grupo mais próximo de discípulos e a eles confiaria a continuidade do seu trabalho. Você tem uma decisão importante para tomar: sobre o seu casamento, a educação dos seus filhos, uma mudança de profissão, um negócio a realizar, uma cirurgia pra enfrentar... então, você precisa subir a montanha, quer dizer, você precisa elevar-se espiritualmente em oração. A montanha é o lugar das grandes decisões.

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