PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: mar
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E EU NEM SABIA QUE VOCÊ PESCAVA


MEDITAÇÃO 
PARA A QUINTA-FEIRA, 
DIA 30 DE OUTUBRO

Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4,20)

É muito interessante que Jesus tenha escolhido seus primeiros discípulos, que depois se tornaram apóstolos, entre os que estavam trabalhando no mar da Galileia. O mar é uma representação do mundo. E a pesca se tornou uma forma de representar a atividade missionária. O primeiro pescador é Jesus que, no mar, pesca discípulos, por assim dizer. Chama os dois irmãos Simão e André, que estavam lançando a rede ao mar. Ainda à beira do grande lago, encontra mais dois irmãos: Tiago e João. Eles estavam consertando as rede no barco, com o pai. Jesus, é assim, o primeiro pescador. Chama/pesca seus primeiros discípulos no mar.

Preste atenção no fato de que são quatro os primeiros convocados. Quatro é um número de totalidade, pois quatro são os pontos cardeais que abrangem todas as direções. Então, esses quatro primeiros chamados estão aí representando todos nós, seus discípulos. O Senhor nos encontra no mar do mundo e nos chama para o seu seguimento. Seguir Jesus altera o nosso modo de ser e de viver. Ele nos tira do mar, nos separa do mundo. 

Também nessa cena do evangelho de hoje está o modelo de resposta para todos os que forem chamados a ser discípulos de Jesus: deixar tudo e segui-lo. As duas duplas – André e Pedro; Tiago e João - responderam com a mesma generosidade: imediatamente deixaram tudo para seguir Jesus. Eles deixaram as redes, o barco e até o pai. Essa resposta pronta, generosa é um modelo para todos os chamados, para nós. É assim que temos que responder à convocação de Cristo. 

‘Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de gente’, lhes disse Jesus. Eles até poderão fazer a mesma coisa que faziam antes. Mas, de uma nova forma, com um novo objetivo. Como o mar é uma representação judaica do mundo, os discípulos ao se tornaram apóstolos, missionários, terão aprendido a ser pescadores de gente no mar do mundo. O cristão é o discípulo, tirado do mundo para ser seguidor de Jesus. E, claro, voltará ao mundo, mas, agora, como pescador do Reino, como missionário. 

Vamos guardar a mensagem de hoje

Foram quatro os primeiros discípulos. Nessa cena do evangelho de hoje, está um modelo do chamado de todo discípulo. O Senhor nos chama do meio do mundo, da normalidade da vida. 

Aí está descrito também um modelo de resposta a este chamado: ‘deixaram tudo e o seguiram’. É assim que temos que responder ao convite de Jesus. Surpreendentemente, ele que nos separou do mundo, nos devolve ao mundo, como missionários, como apóstolos. De pescadores de peixe, nos tornamos pescadores do Reino. 

Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4, 20)

Vamos acolher com uma prece a mensagem de hoje

Senhor Jesus, 
neste dia da festa do apóstolo André, o primeiro a ser chamado no mar da Galileia, nós te agradeçamos, divino pescador, por nos teres chamado ao teu seguimento. És tu que tomas a iniciativa, que dás o primeiro passo, que vens nos chamar. Tu nos disseste um dia: ‘não foram vocês que me escolheram. Fui eu que escolhi vocês’. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a corresponder a esse divino chamamento. Nós te rendemos graças também porque nos envias permanentemente como teus missionários ao mundo. Continuamos a trabalhar, a constituir família, a viver como cidadãos, mas com uma nova qualidade, com a perspectiva do Reino do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vamos vivenciar a palavra que meditamos hoje

Escreva no seu diário espiritual, aquele caderninho que você ficou de adquirir, uma breve oração que comece assim: Jesus, meu divino pescador...

Pe. João Carlos Ribeiro – 29.11.2017

PESCAR DE REDE

O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo (Mt 13, 47)
Você já pescou alguma vez? Mas, foi de anzol?! Ou já pescou de rede? Bom, você sabe há diversos tipos de rede de pescar: de arrasto, de emalhar, de cerco, de tarrafa... No tempo de Jesus, na Palestina, havia muitas comunidades de pescadores ao redor do Mar da Galileia. Esse chamado Mar da Galileia era um grande lago de água doce. Pescava-se com uma rede muito longa que era arrastada para a margem por pescadores fortes, usando barcos. O barco tinha, em geral, 8 metros de comprimento e 2 de largura.
No evangelho, aparecem povoados e cidades que estavam às margens do Lago da Galileia, portanto, terra de pescadores: Cafarnaum, Mágdala, Betsaida, entre outros. Os primeiros discípulos eram pescadores. Quando Jesus chamou Pedro e André, eles estavam pescando, lançando as redes. João e Tiago foram convidados para segui-lo quando estavam consertando as redes com seu pai e os empregados. E eles abandonaram a barca e o pai e o seguiram.
Claro que Jesus, ao falar sobre o Reino de Deus, não deixaria de usar essa imagem do mar, da pesca, da rede. Ele disse: “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo”. Essa atividade da pesca dá uma ideia da dinâmica do Reino de Deus. A comparação evoca várias imagens: os pescadores, a rede, o mar, os peixes.
Os pescadores. A pescaria com rede é uma atividade de equipe, não é trabalho de um só. Lançar a rede ao mar e arrastá-la para a praia é um trabalho coletivo, comunitário, de muitas mãos. Você lembra aquele milagre dos peixes? Eles passaram a noite toda pescando e não conseguiram nada. Ao amanhecer, Jesus os mandou lançar a rede em certo ponto. E foi peixe à vontade, que quase a rede se rompeu. Precisou vir outro barco para ajudar a arrastar a rede para a praia.  A evangelização (o anúncio do Reino) não é uma atividade solitária. É um trabalho de equipe, um serviço comunitário, de muitas mãos e muitos corações.
A rede. A rede representa a atividade missionária da Igreja. É o instrumento de trabalho do pescador. A rede é formada por vários pontos unidos entre si, bem amarrados uns aos outros, dando a ideia de sistema. Depois da pescaria, eles precisavam lavar a rede e consertar os pontos rompidos... Com a chegada da era digital, o sentido simbólico de ‘rede’ ficou ainda mais forte. Basta pensar nas redes sociais ou na rede mundial de computadores, a internet. A Igreja realiza a sua missão evangelizadora com instrumentos parecidos com a rede, todos integrados em verdadeiros sistemas: a educação, a catequese, a liturgia, a comunicação, o serviço da caridade, a pastoral de conjunto.

Águas mais profundas

Avancem para águas mais profundas. Orientação de Jesus a Pedro e aos seus companheiros de pesca. Convite de Jesus a todos nós.

 Águas mais profundas na convivência. O corre-corre da vida pode ir nos fazendo superficiais nos nossos relacionamentos. Sem verdadeiro encontro de pessoas ninguém se sente integrado, valorizado, feliz. É aí que chega Jesus e nos diz: Avancem para águas mais profundas no relacionamento com os outros. Passar de um relacionamento de frieza, indiferença, desconfiança, superficialidade para um relacionamento de cordialidade, amizade, interesse pelo bem do outro.

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