PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: leproso
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A HISTÓRIA DE UM LEPROSO

Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo” (Mt 8, 3)
29 de junho de 2018.
Podemos olhar a história do leproso de muitos pontos de vista. Hoje, eu quero convidar você a pensar que você  é o leproso da história do Evangelho. Então, você é o leproso dessa história, combinado? Então, vamos lá. O leproso se aproximou de Jesus, se ajoelhou aos seus pés e pediu para ser purificado. Três gestos simbólicos importantes: aproximar-se, ajoelhar-se e implorar o favor de Deus. Muita gente quer uma graça, mas não se aproxima de Deus, não se ajoelha e não pede a sua graça. Vou me explicar.
Você aproximou-se de Jesus. Aproximar-se é buscar Deus. Diz lá o texto da Escritura: “Buscai o Senhor enquanto se deixa encontrar”. Buscar a Deus é procurar encontrá-lo na oração, na meditação, na audição de sua palavra. Lê-se assim no livro do Deuteronômio: “Quando então buscares o Senhor teu Deus, o encontrarás, se o buscares de todo o teu coração e com toda a tua alma” (Dt 4, 29). Então, sua primeira atitude, como o leproso, foi aproximar-se. Vou lhe dizer uma coisa. Foi muita coragem de sua parte, porque, por causa de sua doença, não lhe era permitido aproximar-se de pessoas sadias como você fez. Você passou por cima dessa norma social, você ultrapassou a faixa amarela e foi ao encontro de Jesus.  Sim, é verdade, Jesus vinha passando com a multidão. Na verdade, é ele que vem ao seu encontro. Mas, é preciso a gente se aproximar, vencendo as barreiras que pretendem impedir esse encontro.
Você aproximou-se e ajoelhou-se diante de Jesus.  Ajoelhar-se é um ato de adoração, em todas as religiões. Ajoelhar-se, prostrar-se é o reconhecimento da grandeza de Deus presente em Jesus, é um reconhecimento de sua divindade. Buscar a Deus não para que Deus faça a nossa vontade, mas que a vontade de Deus se cumpra em nossa vida. Maria expressou esse sentimento ao dizer: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Ajoelhar-se é um gesto de adoração, de humildade, de reconhecimento da grandeza de Deus e da disposição de estar a seu serviço.
Você aproximou-se, ajoelhou-se e fez um pedido a Jesus: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Foi um pedido feito num contexto de quem se aproximou, de quem o está buscando; de quem se ajoelhou, isto é de quem presta ao Senhor um culto de adoração, reconhecendo-o seu Senhor. E o seu pedido foi humilde, “se queres”, se for da sua vontade.  É, muita gente pede coisas importantes a Deus, mas não o busca para andar em seus caminhos, nem é um adorador desse Deus fiel que vem ao nosso encontro. Você pediu bem. E Jesus atendeu você. Ele estendeu a mão, tocou em você e disse: “Eu quero, fica limpo”. E, no mesmo instante, você ficou livre da lepra.
Vamos guardar a mensagem
Jesus vinha com a multidão. Deus toma sempre a dianteira, dá sempre o primeiro passo. E você, superando as barreiras que o mundo criou para nos manter à distância de Deus, aproximou-se de Jesus. Com espírito de fé e de adoração, reconhecendo em Jesus o salvador que o Pai nos enviou, pediu-lhe uma coisa importante. Pediu que se realizasse, antes de tudo, a vontade dele em sua vida. Bom, se não pediu, já sabe como fazê-lo. E você sabe como terminou a história.
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo” (Mt 8, 3)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
O leproso somos nós. A lepra é um sinal de nossa condição de pecadores. E é do pecado que nos purificas com tua vinda e com o teu amor. Dá-nos, Senhor, a graça de não esquecermos  que a ti e à tua cruz devemos a vida nova e a comunhão que hoje temos com Deus nosso Pai. Que em todas as nossas necessidades, nós nos aproximemos de ti com espírito de fé, e peçamos o teu favor, desejosos de realizar, antes de tudo, a vontade de Deus. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
No seu diário espiritual (no seu caderno de anotações), lembrando que você é o leproso, escreva uma breve oração a Jesus.

Pe. João Carlos Ribeiro - 30.06.2017

JESUS, O DOENTE E O PECADOR .

MEDITAÇÃO PARA O DOMINGO, 11 DE FEVEREIRO DE 2018

Eu quero, fica curado (Mc 1,41)

O evangelho deste domingo nos conta a história da cura de um leproso. Ele pediu de joelhos a Jesus que o purificasse. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e o mandou ficar curado. Pediu que ele não divulgasse o fato, mas fosse logo se apresentar aos sacerdotes no Templo para se reintegrar na comunidade. Mas, ele saiu divulgando o acontecido e Jesus já não podia mais entrar publicamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos.

Esse final da história é um pouco estranho para nós. Por que Jesus ficou impedido de entrar publicamente numa cidade e teve que ficar fora, em lugar deserto? Com certeza, porque as pessoas consideraram que ele estava impuro, pois tinha tocado no leproso. Tocar num leproso era coisa proibida, pois contraía impureza.  E o impuro, antes de voltar à convivência social, tinha que se purificar com rituais e sacrifícios. Mas, com certeza esse ‘ficar fora da cidade’ tem um sentido ainda mais profundo.

E, como este é um domingo especial, podemos olhar para esse texto em dois níveis. O primeiro, em sintonia com a Jornada Mundial do Enfermo que a Igreja celebra no dia de hoje. O segundo, já de olho na Quaresma, que começa depois de amanhã, com a quarta-feira de cinzas.

A sensibilidade deste dia mundial do doente nos chama a perceber como Jesus agiu diante desse irmão portador de uma doença contagiosa e sem cura, naquele tempo, formalmente excluído da família e da comunidade, tendo que habitar em lugares desertos, largado à própria sorte. Jesus não evitou a sua aproximação. E ouviu o pedido que ele fez de joelhos ali na sua frente. Teve compaixão dele, estendeu sua mão e o tocou. E assim o curou. E ainda pediu para não sair espalhando a graça que tinha recebido, para não chamar a atenção sobre si. Essas são as atitudes que nos convêm na atenção e no cuidado dos doentes: proximidade, escuta, afeto, providências em favor de sua saúde, orientação para sua inclusão na família e na comunidade e não pousar de bonzinho ou ganhar ponto com a caridade feita. E mais do que tudo: mover-se com compaixão, o sentimento de Jesus, o amor pelo pequeno e sofredor.

De olho na Quaresma que começa nesta quarta-feira de cinzas, somos chamados a olhar esse texto num nível de maior profundidade. O leproso, com uma doença que o destrói, é uma representação do pecador, da pecadora. O pecado nos afasta de Deus, da família, da comunidade. Adão, depois da desobediência, se escondeu com medo de Deus. O pecado desfigura a obra prima de Deus que é o ser humano, o destrói física e espiritualmente. O próprio evangelista nos deixou uma pista para essa compreensão. Jesus mandou o leproso ao Templo oferecer o sacrifício pela sua purificação. Purificação é uma palavra que nos remete à remoção do pecado, a obra redentora de Jesus.

Como Jesus nos purifica do pecado? Ele o expia em nosso lugar. Como assim? Ele assumiu o castigo pelo nosso pecado, pagou no nosso lugar. Vamos ver. Onde o pecado leva? É só olhar para a imagem do leproso daquele tempo. O pecado leva à morte. A morte é o salário do pecado. O que Jesus fez? Ele tomou o nosso lugar, na morte. Na cruz, ele expiou os nossos pecados. Ele ficou no lugar do leproso. Se você entendeu, vai entender o final da história. “Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade, ficava fora, em lugares desertos”. Ele tomou o lugar do leproso, o meu lugar, o seu lugar. Foi assim que ele nos purificou do pecado.

Vamos guardar a mensagem

Olhando para Jesus, nesta história do leproso, precisamos aprender dele como dar atenção e cuidar dos doentes de nossa família e os que aparecem no nosso caminho. Em primeiro lugar, um grande amor no coração pelo irmão ou irmã que está doente, como Jesus que teve compaixão do leproso. E, como ele, ter proximidade, afeto, escuta; promover sua inclusão na família e na comunidade; interessar-se pelo seu tratamento; e nunca pretender ganhar ponto em cima da caridade que tiver feito.

Olhando para o leproso, nesta história, recordemos a imagem do pecador que ele pode  estar representando. E o pecador sou eu, é você. Jesus nos purificou do pecado. E o fez, morrendo em nosso lugar, oferecendo-se em sacrifício ao Pai em nosso favor. Esse mistério de morte e ressurreição é o mistério da páscoa que celebramos cada domingo e que vamos viver, de maneira especial, nesta Quaresma.

Eu quero, fica curado (Mc 1,41)

Vamos acolher a mensagem


Em sintonia com a jornada mundial do doente, rezemos inspirados na mensagem do Papa para esta ocasião.

Maria, Mãe da Igreja,

A ti queremos confiar todos os doentes no corpo e no espírito, para que os sustentes na esperança. Nós te pedimos também que nos ajudes a ser
acolhedores dos irmãos enfermos. Nós te suplicamos, mãe, que cada membro da Igreja viva com amor a vocação ao serviço à vida e à saúde. Ajuda as pessoas
doentes a viverem o seu sofrimento em comunhão com o Senhor Jesus, e ampara
aqueles que cuidam delas. Amém.


Vamos viver a palavra

Nós começaremos a quaresma com a quarta-feira de cinzas. Não deixe a quaresma começar sem você. Vá logo planejando onde vai participar da celebração das cinzas.


Pe. João Carlos Ribeiro – 10.02.2018

De joelhos

Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo” (Mt 8, 3)
Podemos olhar a história do leproso de muitos pontos de vista. Hoje, convido você a pensar que você é o leproso.  Você é o leproso dessa história, combinado? Então, vamos lá. O leproso tinha se aproximado de Jesus, se ajoelhado aos seus pés e pedido para ser purificado. Três gestos simbólicos importantes: aproximar-se, ajoelhar-se e implorar o favor de Deus. Muita gente quer uma graça, mas não se aproxima de Deus, não se ajoelha e não pede a sua graça. Vou me explicar.
Aproximar-se é buscar Deus. Diz lá o texto da Escritura: “Buscai o Senhor enquanto se deixa encontrar”. Buscar a Deus é procurar encontra-lo na oração, na meditação, na audição de sua palavra. Lê-se assim no livro
do Deuteronômio: “Quando então buscares o Senhor teu Deus, o encontrarás, se o buscares de todo o teu coração e com toda a tua alma” (Dt 4, 29). Sua primeira atitude, como o leproso, foi aproximar-se. Na verdade, por causa de sua doença, não lhe era permitido aproximar-se de pessoas sadias como você fez. Você passou por cima dessa norma social, você ultrapassou a faixa amarela e foi ao encontro de Jesus.  De toda forma, lembremos que Jesus vinha passando com a multidão. Na verdade, é ele que tem ido ao seu encontro. Mas, é preciso você se aproximar, vencendo as barreiras que pretendem impedir esse encontro.

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