PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: evangelho
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O discípulo em missão

Na grande Conferência do Episcopado em Aparecida, o grande desafio foi lançado: cada cristão seja um discípulo fiel do Mestre e, ao mesmo tempo, torne-se um ardoroso missionário do seu Evangelho! Discípulo missionário: é disso que se trata.  Jesus, ao enviar os seus discípulos em missão, deu-lhes algumas orientações. As suas orientações em Mateus 10, 7-13 continuam valendo.

Maio de Maria

E o mês de maio vai prosseguindo. Por todo canto, as comunidades estão se reunindo para fazer do mês de maio um tempo de evangelização, de oração, de crescimento na fé. São famílias em oração, são comunidades em movimento... É a Igreja aprendendo com Maria a consagrar a vida pela oração e pela realização da vontade de Deus.

Profetas

Ser profeta é assumir claramente a identidade de cristão, de cristã. Israel teve seus profetas: gente animada pela fé, recordando ao povo a Aliança com Deus. Nos dias de hoje, o cristão precisa fazer a diferença, mostrar com suas atitudes, suas opções, suas palavras o seu referencial que é a vida nova em Cristo. 

Na vivência do Evangelho, o seguidor de Jesus é uma denúncia permanente a um modo de vida que não contemple a honestidade, o respeito ao outro, a solidariedade, a igualdade de oportunidades, a transcendência. Os critérios de escolha de um cristão, seus compromissos cidadãos revelam o seu desacordo com um modelo de sociedade em que a economia está acima da pessoa humana e o direito pleno à vida não é respeitado.

O passeio de Emaús

Na tradição salesiana, há o Passeio de Emaús. Pelo nome "Emaús", se entende que se trata de um passeio no tempo da páscoa. Lembra aquela viagem dos dois discípulos que voltaram de Jerusalém para o povoado de Emaús, após a morte de Jesus. No caminho, eles foram acompanhados pelo próprio Jesus ressuscitado, a quem não reconheceram. Jesus ressuscitado é o companheiro de viagem de todos nós, mesmo que os nossos olhos não o reconheçam. No início do tempo pascal, os salesianos com seus alunos, paroquianos ou colaboradores saem em passeio, fazendo eco às alegrias desse tempo em que se celebra a vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o mal. E a vitória de Jesus é a nossa vitória também.

Emaús, o recomeço

Tudo parecia sem sentido. Tudo acabado. Fracasso total. Desânimo e decepção. É a volta de dois discípulos de Jerusalém para Emaús.  Retornam pra casa. Nada mais a fazer. Ele tinha sido um profeta poderoso. Todo mundo esperava que fosse libertar o povo de Israel. Os chefes dos sacerdotes o perseguiram. As lideranças políticas o condenaram. Entregeram-no para ser condenado à morte. Crucificaram-no. A esperança do povo morreu.

Santa Semana

Estamos na Semana Santa. Santa porque celebra o que há de mais central e precioso na nossa fé: a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Este é o centro da fé. Ele morreu por nós. Sua morte nos reconciliou com o Pai. Na morte e ressurreição de Jesus, nasce uma humanidade nova, restaurada.

Fazendo a Semana Santa revivemos os passos de Jesus, sua fidelidade incondicional ao Pai, seu amor sem medida por nós. É assim que podemos fortalecer nossa fé, nossa adesão ao Evangelho, nossa vida na comunhão com Deus. É assim que no sábado santo, renovamos as promessas do Batismo na vigília da páscoa. Nosso batismo é nossa adesão a Jesus Cristo Salvador. Nele, vivemos como novas criaturas.

A hora e o grão de trigo

A "hora" é um tema importante no Evangelho de São João. Bem no início do Evangelho, no capítulo segundo, Jesus diz à sua mãe que lhe apresenta a difícil situação da festa de casamento onde estava faltando vinho: "minha hora ainda chegou!". E no capítulo 13, ao iniciar a narração da última ceia, comenta-se: "Jesus sabendo que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13.1). A "hora" é, portanto, um tema que acompanha a descrição da missão de Jesus no evangelho de São João.
A "hora" é um modo de se referir ao momento supremo da vida do Senhor, a sua paixão e morte. A hora do grande serviço redentor à humanidade, a hora da grande fidelidade ao Pai. A hora da paixão e morte. Jesus se preparou para este momento, mas como gente de nossa estirpe também teve medo e angustiou-se profundamente com a aproximação desta hora. Ele disse aos discípulos:  "Agora, eu estou angustiado. E o que eu vou dizer? Pai, salva-me desta hora; mas foi para esta hora que eu vim" (Jo 12,27). Naquela cena do Jardim das Oliveiras, antes da prisão, Jesus estava sob um forte estresse e tal era o nível de sua angústia diante do que estava para acontecer, sua prisão, condenação e morte de cruz que suava sangue.

Mas a morte de Jesus não seria o fim. Seria o coroamento de sua missão, o ápice do seu serviço. Ele comparou a situação com a morte do grão de trigo. "Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas se morre, produz muito fruto". Se o grãozinho de trigo que cai na terra nega-se a entregar-se, a abrir-se à terra, a dar-se por completo.... não passará de um grãozinho a mais, estéril, que ficará talvez de lembrança. Mas, se generosamente se entregar, se abrir de dentro pra fora, morrer na sua condição de grão, vai gerar uma planta que vai dar muitas espigas e multiplicar-se. A morte da semente é geração de uma nova vida, é o milagre do renascimento. Assim a morte já contém a vida.

Jesus que veio nos comunicar a vida de Deus, fez isso de muitas maneiras, nos entregando sua palavra, defendendo e promovendo a vida ameaçada, ensinando-nos o mandamento do amor, trazendo-nos o perdão de Deus. Mas, o gesto mais eloquente de sua missão, a ação redentora por excelência pela qual nos comunicou a vida de Deus foi a sua morte. Deu sua vida, comunicando-nos a vida de Deus. Grão que morre, brotando em uma nova vida. A eucaristia é a celebração dessa oferta de sua vida: corpo entregue, sangue derramado para remissão dos pecados. Assim, a sua morte não é o fracasso, a derrota, o fim de tudo. Mas, antes, a vitória da fidelidade e do amor que nos comunicaram a vida de Deus. A sua morte em  nosso favor já tinha em si a própria ressurreição, a vitória definitiva do humano glorificado em Deus.

Dá pra gente entender melhor essa palavra de Jesus antes da paixão: "Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado" (Jo 12, 23). A hora é o momento de sua paixão e morte que gera vida, que manifesta a glória de Deus, que se transforma em ressurreição. A hora de Jesus é então mais do que a hora de sua paixão e morte. É a hora também de sua vitória, de sua ressurreição.

Nesses dias de Quaresma e na Semana Santa, vamos contemplando a suprema oferta de Jesus em nosso favor, em sua paixão e morte. Para aprender com ele e para mergulhar em sua HORA, as nossas horas, horas de prova, de crise, de angústia. Lembremo-nos do grão de trigo. Se não há entrega, não há vida nova.

Pe. João Carlos Ribeiro – 25/03/2012

O fermento

Os discípulos estavam discutindo a respeito de pão, de comida. Eles tinham se esquecido de levar pão para a viagem. Jesus tinha alimentado a multidão com poucos pães. E tinham restado vários cestos de sobra de pães. E outras coisas mais. Discutiam afinal sobre o pão. Foi quando Jesus fez uma advertência que eles não entenderam: "tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes". Eles não entenderam. E você entendeu?

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