PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: caminho
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PRESTE BEM ATENÇÃO

Todo aquele que ouve a Palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração (Mt 13, 19).
Jesus não contou por acaso a parábola do semeador. Ele descreveu o que estava acontecendo. Muita gente o escutava, mas a Palavra não mudava nada em sua vida.
A explicação de Jesus foi clara: a semente que caiu à beira do caminho é quem escutou a Palavra e não a entendeu. Seu terreno (seu coração) não pode acolher a Palavra, porque não a entendeu. E aí, contou Jesus na parábola, veio o Maligno e roubou o que foi semeado. É o que acontece com quem não compreende a Palavra que foi anunciada.
O que é a que a gente pode fazer para compreender a Palavra? Primeiro, claro, é preciso prestar atenção. Sem atenção, não se escuta bem, não se entende o teor da comunicação. Prestar atenção. Abrir bem os ouvidos para ouvir bem. Há muita coisa acontecendo ao nosso redor, e em nós. Há muitas Palavras sendo ditas. Mas, em tudo sobressai uma Palavra especial: a que sai da boca de Deus. O homem não vive só de pão, lembrou Jesus. Prestar atenção. Para se concentrar, convém livrar-se de tudo que possa dispersar, distrair. Abrir os olhos pra ver e os ouvidos pra ouvir, como se fala no evangelho. É preciso prestar atenção.
Para entender a Bíblia, a segunda coisa é meditar a Palavra. Não é necessário ter curso universitário para ler a Bíblia. O interesse pessoal é mais importante do que muitos estudos. Mesmo quem não sabe ler, pode aprender a Palavra, ouvindo-a. É preciso esforço para ler regularmente a Bíblia, ouvir as explicações dos pregadores, meditá-la... Estudar a Palavra é o esforço de ler e reler o texto, procurando o seu sentido, procurando entender a sua mensagem. É preciso meditar a Palavra.
A terceira coisa para entender a Bíblia é rezar a Palavra. As Palavras da Bíblia são uma luz na nossa vida. Elas só podem ser compreendidas dentro do diálogo entre Pai e filhos. Por isso, a oração é o melhor lugar para se compreender a Palavra. No diálogo, você fala, expõe sua vida, abre o livro de sua existência. E escuta Deus que lhe fala, nos Livros Sagrados, iluminando a sua vida, com o amor de Jesus. Rezar a Palavra. É o lugar certo onde a Palavra ganha sentido. Na oração, o que Deus fala tem um endereço certo: a sua vida, os seus compromissos com os outros e com o mundo. Na oração, o diálogo é possível pela presença do Espírito Santo. É ele que nos abre ao mistério de Deus. Por isso, antes de iniciar a leitura bíblica, invoque o Espírito Santo. Ele é o senhor da sabedoria, do entendimento. É preciso rezar a Palavra.

Jesus nos revela o Pai e nos leva a ele


Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14, 6)

Chegamos ao 5º domingo da Páscoa, celebrando a ressurreição de Jesus e a nossa ressurreição com ele. Para nos ajudar a meditar no sentido da morte e ressurreição do Senhor, a Igreja abre conosco, hoje, o Evangelho de São João, no capítulo 14. Aí nos sentamos com os discípulos para ouvir Jesus falando sobre sua partida e sobre a sua intimidade com o Pai. A morte é a sua partida para o Pai.

Quatro palavrinhas merecem uma atenção maior de nossa parte: Pai, eu vou, moradas e caminho.

Comecemos pela palavra “Pai”. A palavra Pai se repete 12 vezes no evangelho de hoje. Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. As primeiras comunidades ficaram pensando em tudo isso que Jesus falou e amadureceram uma compreensão que transmitiram às gerações seguintes. No ano 325, no Concílio Ecumênico de Niceia, a Igreja afirmou com toda clareza: o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer é um só Deus com ele.

O caminho com Jesus

Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. (Lucas 9, 57)

Jesus está começando a grande viagem para Jerusalém. O evangelista Lucas reserva uma grande parte do seu evangelho a essa viagem (cerca de 9 capítulos (9, 51-19,27). Jesus está consciente do que o aguarda na capital. Mas, vai destemidamente. Por um lado, lá será preso, condenado e morto. Mas, também, lá, ressuscitará. Está escrito: “ele tomou a firme resolução de partir para Jerusalém”.  E vai como um profeta. Como Elias, que, no fim de sua jornada de lutas e perseguições, foi levado para o céu num carro de fogo (por isso a expressão “antes de ser levado para o céu”); Como Moisés que, antes de entrar na terra prometida, mandou mensageiros à sua frente para reconhecimento da situação.

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