PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Pedra
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O PEDRO E A PEDRA

Sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt 16, 18)

Jesus elogiou Pedro. Colocou-o como pedra de alicerce na construção de sua Igreja. E deu-lhe as chaves do Reino de Deus.  Tudo porque Pedro, em nome dos discípulos, inspirado por Deus, disse que Jesus era o Messias, o Filho do Deus vivo.

Eles estavam fora do território de Israel. E foi aí Jesus teve uma conversa muita séria com eles. Começou perguntando o que o povo estava dizendo sobre ele, isto é, quem afinal as pessoas achavam que ele era. Aí chegou à pergunta principal: E vocês, o que dizem que eu sou? Claro, dessa compreensão dependeria o futuro do seu ministério. Será que a liderança do seu grande grupo de discípulos já estava entendendo quem era ele, qual era a sua missão? Se não entendessem isso, qual seria o futuro do seu trabalho missionário sob os seus cuidados? Pedro respondeu em nome do grupo. E respondeu com toda sinceridade: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Boa resposta. Ótima resposta. Claro, aquilo era fruto da revelação de Deus. Só o Pai sabe quem é o Filho e aquele a quem ele o quiser revelar. Jesus elogiou Simão Pedro: foi o Pai que te disse isso. Feliz és tu!

O que Pedro disse resume a fé de todos os que encontraram Jesus e acolheram sua Palavra. Ele é o enviado de Deus, o prometido a Israel, o Messias. Mais: Esse enviado, o Messias, é o Filho do Deus vivo, o maravilhoso Deus que se revelou ao povo de Israel e fez aliança com ele. É uma confissão da divindade de Jesus, ele é Deus com o seu Pai. Como Jesus ficou satisfeito com essa resposta! É nessa fé que ele pode construir a comunidade que vai dar continuidade ao seu ministério nesse mundo. Ele irá se ausentar, mas o trabalho terá continuidade.

“Sobre esta Pedra, construirei a minha Igreja”. A fé confessada por Pedro, em nome da comunidade, é a pedra sobre a qual Jesus edificará a Igreja. Jesus tinha feito a pergunta ao grupo dos discípulos. Pedro respondeu em nome do grupo. Por um lado, esta Pedra é  também pessoa de Pedro, o discípulo que confessou a fé em Jesus-Messias-filho de Deus, em nome da comunidade. Mas também, esta Pedra é a Comunidade que Pedro representa, comunidade apostólica que professa a fé que ele proclamou.

E qual é a fé dessa comunidade, qual é a fé de Pedro? Isto é, o que essa comunidade, com as Escrituras e a sua história nas mãos, proclama sobre Jesus? O que nós cremos está, de certa forma, resumido no credo. Uma de suas fórmulas, o chamado credo de Nicéia-Constantinopla, nos faz rezar assim a nossa fé em Jesus Cristo:

Pedro, Paulo e os dois desafios

Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16, 18)

Nós temos dois desafios. O primeiro é que o nosso povo batizado conhece pouco a fé cristã, inclusive boa parte nem pisa na Igreja. O segundo é que os que participam se contentam com a Missa de vez em quando, e não se sentem responsáveis pela evangelização dos outros.

Quando houve aquela grande assembleia de bispos da América Latina em Aparecida, em 2007, eles transformaram esses desafios em um compromisso duplo: levar o povo católico a ser um povo de discípulos missionários. Como bons discípulos do Senhor, cada um  conhecer melhor a fé cristã, professá-la com sinceridade e ensiná-la aos outros. Como seus missionários, levarmos o fermento do evangelho ao mundo, levando a boa nova aos afastados, distantes e excluídos.

A solenidade de São Pedro e São Paulo, que celebramos hoje, pode reforçar essa nossa caminhada de formação e compromisso como discípulos missionários. Os dois apóstolos, Pedro e Paulo, são exemplos, modelos de compromisso com o Senhor e com a missão evangelizadora. Eles são igualmente nossos intercessores junto a Deus na animação de comunidades de discípulos missionários, igreja em saída para as periferias humanas. Mesmo os dois apóstolos sendo modelos de cristãos discípulos missionários, podemos olhar para cada um deles e identificar de maneira mais acentuada uma dessas dimensões.

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