PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Lc 1
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O SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS!



Porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor (Lc 1, 49)

16 de agosto de 2020 


Dia da Assunção de Nossa Senhora e da Vocação dos Religiosos.

E este é um domingo especial, na liturgia da Igreja no Brasil: a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. No livro do Apocalipse, o evangelista João conta que viu um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol que deu à luz um filho e um dragão feroz que queria devorá-lo. O filho foi levado para junto do trono de Deus e a mulher refugiou-se no deserto. É um resumo maravilhoso da história da salvação: Uma mãe revestida da grandeza de Deus; Um filho perseguido e, agora, vitorioso junto do trono do céu. Jesus, filho do eterno Pai e de nossa humanidade recebida de Maria, perseguido pelas forças do mal e da morte, está agora ressuscitado, glorioso, em Deus. Em Cristo ressuscitado, vemos a vitória de todos os filhos de Adão, de toda a humanidade. A voz ouvida resume tudo: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”. 

Na primeira Carta aos Coríntios, São Paulo nos ajuda a tirar consequências de tudo isso: “Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda”. A ressurreição, como vitória final, está assegurada em Cristo para todos os que lhe pertencemos. E essa grande vitória alcançada por Cristo em nosso favor já vemos sinalizada em todas as pequenas vitórias em nossa vida, em todas as bênçãos e conquistas que pontuam o nosso caminho. Essa vitória total e definitiva que já avistamos, ao término da caminhada, vai iluminando nossa jornada. 

O fracasso entrou no mundo com Adão. Com ele, entrou a morte. Mas, a vitória chegou por Jesus. Com ele, entrou a vida, a ressurreição dos mortos. A vitória será total quando a morte for derrotada. Quando olhamos para o horizonte, para onde nós estamos peregrinando, já vemos um homem ressuscitado dos mortos, Jesus, o filho de Deus. Ele está sentado à direita do Pai. Ele é a garantia de que lá também chegaremos, vencedores também sobre a morte. E ao lado de Jesus, já vemos alguém que também já está em Deus, representando toda a humanidade redimida. O Prefácio da Missa de hoje fala dela nestes termos: “Aurora e esplendor da Igreja triunfante, consolo e esperança para o povo ainda em caminho”. É Maria que lá está ressuscitada também. 

O canto de Maria, o Magnificat, está no coração da liturgia da palavra de hoje. Nele, nossa mãe canta as vitórias de Deus em sua vida e na vida do seu povo. “A minha alma engrandece o Senhor... porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. Nossa mãe está louvando a Deus pelo que ele fez na vida de sua serva. Mas, também o bendiz pelo que ele está fazendo na vida do seu povo: “Ele mostrou a força do seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias”. O Senhor Deus está realizando suas promessas: fazendo justiça aos humilhados, destronando os potentados. Vitórias de Deus na vida de sua serva e na vida do seu povo. 

Guardando a mensagem 

Celebramos a Assunção da Virgem Maria. A Igreja proclamou, em 1950, esse dogma que o povo cristão já tinha no coração: Maria ressuscitou e está com Deus. Foi o que o Papa Pio XII escreveu na proclamação do dogma: “A imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Essa é uma bela conclusão da Palavra de Deus proclamada hoje. Jesus ressuscitou, como primícias, depois nós o seguiremos, ensinou Paulo com toda clareza. Na visão de São João, no livro do Apocalipse, a mãe de Jesus estava toda possuída pela glória divina, vestida de sol. O anjo a tinha saudado como “cheia da graça”, na anunciação. E Izabel antecipou essa declaração da Igreja reconhecendo a grandeza de Maria e saudando-a como Davi saudou a Arca da Aliança: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”. E Maria mesma, na sua humildade, hoje nos recorda: “O Senhor fez em mim maravilhas”. Jesus ressuscitou. Maria também já ressuscitou e foi levada para junto do seu filho. Nós também ressuscitaremos. Vamos todos estar com Deus. Essa é a grande vitória que estamos celebrando.

Porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor (Lc 1, 49)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Hoje é um dia para cantarmos as vitórias de Deus em nossa vida. Em nosso caminho e na história do nosso povo, apesar dos problemas e das dificuldades, são muitas as conquistas e vitórias. E nós reconhecemos, Senhor, que elas não são apenas obras nossas, são especialmente obra de Deus, misericórdias do seu coração. As nossas vitórias se completam e se plenificam na tua grande vitória sobre o pecado, o mal e a morte, na tua ressurreição. Vitorioso, és garantia de que chegaremos lá. E temos ainda outro testemunho desta tua obra admirável. Tua mãe já está contigo na glória. Ela é “aurora e esplendor da Igreja triunfante, consolo e esperança para o teu povo ainda em caminho”. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Faça hoje, uma prece em favor dos irmãos e irmãs das Ordens, Congregações e Institutos de vida consagrada. Como Maria, eles sinalizam no mundo que Deus é tudo em nossa vida. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




O MENINO DE IZABEL

Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela (Lc 1, 58).
24 de junho de 2020

Por causa da rotação da terra, o sol ilumina mais ou menos tempo, deixando o dia mais curto ou mais comprido. O inverno começa quando a noite fica maior do que o dia. É o solstício de inverno. Essa passagem anual de estação levou as populações nativas do continente americano a comemorarem essa data com muitas festas, segundo suas tradições. Com a chegada do cristianismo, quinhentos anos atrás, esses festejos de mudança de estação se juntaram com a mudança que Deus fez na história da humanidade, preparando a vinda de Jesus. Desse casamento entre tradições nativas do continente e o cristianismo nasceu a festa de São João.

A festa de São João celebra os acontecimentos em torno do nascimento do profeta João Batista, que preparou a chegada do Salvador, dando início a um tempo novo. É por isso que a festa de São João é ligada ao mundo rural, com fogueira, comidas de milho e folguedos tradicionais da roça. Estamos no hemisfério sul. No hemisfério norte, o solstício de inverno é em dezembro, coincidindo com a festa de natal. 

O evangelho de Lucas dá notícia da admiração e da alegria que tomaram conta de vizinhos e parentes da família de Izabel e Zacarias pelo que Deus fez em favor deles e do seu povo. Um casal maduro, idosos, sem filhos, ela estéril... de repente, a mulher engravida e, no meio de muitos sinais do poder de Deus, dá à luz um menino que marca o início do novo tempo, o tempo do Messias que estava chegando. O menino, nascido de Izabel, seria o mensageiro que iria preparar a chegada do Salvador. 

Os sinais de Deus foram muitos. O anjo anunciou a Zacarias que sua mulher iria engravidar. O pai, sacerdote em função no Templo, achou muito difícil acontecer o que lhe fora anunciado, por isso ficou mudo. Sua mulher Izabel, idosa e estéril, engravidou. A boa notícia se espalhou pelos moradores das montanhas de Judá, onde eles moravam. Alguma coisa muito importante Deus estava preparando. A jovem Maria, prima de Izabel, chegou da Galileia e com ela uma alegria imensa inundou o coração de Izabel. Ela conheceu, pelo Espírito Santo, que Maria, sua parente, também estava grávida e que era ela a mãe do Messias. Foi quando o bebê de Izabel, no sexto mês de gestação, estremeceu de alegria no ventre de sua mãe. 

A idosa senhora deu à luz um menino. Que notícia boa para aquele casal sem filhos. Não havia pré-natal naquele tempo, então ninguém sabia se seria menino ou menina. Menino era garantia de continuação da família, segundo a organização do seu povo. Foi uma boa notícia. Deus estava mudando a vida daquela família, assegurando-lhe um futuro. Na hora de circuncidar o menino, aos oito dias, rito pelo qual a criança entrava em aliança com Deus como membro do povo eleito, outra surpresa. A tradição de colocar um nome de um parente foi quebrada. Deu-se um nome diferente, um nome novo. João. Essa criança é algo novo, em ruptura com os velhos tempos. A mãe queria assim. O pai confirmou, escrevendo numa tabuinha. Essa sintonia de Zacarias com o novo de Deus na vida de sua família restaurou sua comunhão com Deus. Voltou a falar. E glorificou a Deus, de uma maneira emocionada e feliz. Disse, com o coração cheio do Espírito Santo, que o seu filho, como profeta do Altíssimo, iria à frente do Messias, o Senhor que estava chegando, como sol nascente. 

Tudo isso se espalhou pela vizinhança... Maria, claro, estava presente nesses acontecimentos. Espalhou-se o sentimento que algo novo estava acontecendo, Deus estava cumprindo as promessas feitas ao seu povo. Estava começando um tempo novo. Razão de alegria e contentamento para aquela gente. 

Guardando a mensagem

O nascimento de João Batista foi um momento de grande alegria para parentes, vizinhos e amigos de Izabel e Zacarias. Eles entenderam que estava começando um novo tempo, por obra de Deus. Quando os cristãos plantaram a fé católica nas Américas, mesclaram essa alegria da chegada do profeta João Batista com as comemorações que os povos da terra faziam pela passagem do solstício, a mudança na natureza. Assim, na festa de São João temos uma festa com raízes rurais e com um grande sentimento de esperança. Enquanto, no coração do povo houver esperança e a certeza de que Deus está construindo um novo tempo, tem São João. 

Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela (Lc 1, 58).

Rezando a palavra

Rezemos com as palavras do sacerdote Zacarias, após a circuncisão do seu filho João: 

Serás profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irás andando à frente do Senhor 
para aplainar e preparar os seus caminhos, 
anunciando ao seu povo a salvação, 
que está na remissão de seus pecados;
pelo amor do coração de nosso Deus, 
sol nascente que nos veio visitar lá do alto 
como luz resplandecente a iluminar 
a quantos jazem entre as trevas 
e na sombra da morte estão sentados 
e para dirigir os nossos passos, 
guiando-nos no caminho da paz.

Vivendo a palavra

Havendo uma oportunidade, nesta semana, faça um gesto de atenção em relação a uma família pobre e suas crianças. 

Hoje é o dia de nossa live musical solidária. Vamos estar em meu canal no Youtube. É só procurar Padre João Carlos. Começaremos às 20 horas. Espero por você.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

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Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (Lc 1, 28)

25 de março de 2020.
Nove meses antes do Natal, celebramos, hoje, a solenidade da Anunciação do Senhor – o dia em que a iniciativa de Deus se encontra com a adesão de sua humilde servidora. É o mistério da encarnação do Verbo.
Primeiro, Maria  ficou assustada. De repente, o anjo com uma saudação estranha. “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”. O que está acontecendo? O que isso significa? ‘Não tenha medo, Maria. Deus está muito feliz com você. Você vai conceber e gerar o filho dele, o filho que vai herdar o trono de Davi’. Maria ainda estava assustada, mas já tinha uma resposta. Deus estava feliz com ela e comunicando-lhe uma grande missão.
Depois do susto, veio a dúvida. ‘Não é possível uma coisa dessas... eu nem casada sou. Como é que uma virgem pode ser mãe?’ E o anjo: ‘Para Deus não tem isso não, Maria, tudo é possível para ele. Quer um exemplo? Izabel. Estéril, idosa, agora está grávida de seis meses’. ‘Como Deus é grande, como ele é bom’, pensou Maria. Desvaneceu-se a dúvida. Ele é o todo-poderoso. Ele faz maravilhas.
Passado o susto, ela dialogou responsavelmente para ver o alcance do que lhe estava sendo comunicado. A dúvida foi esclarecida. Vem agora a entrega. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Entrega-se ao cumprimento da vontade do Senhor manifestada na palavra do anjo. Realizará a sua vontade, como serva. Entrega humilde, generosa, total.
É, Deus sempre nos surpreende. Manda-nos seus recados. Ele nos pega de surpresa. Suas propostas alteram profundamente a normalidade do nosso caminho, de nossa vida. Ele tem planos diferentes dos nossos. Mas, não é uma ordem do dia, uma distribuição aleatória de tarefas que se dá a qualquer um. É, antes de tudo, uma escolha amorosa. É um voto de confiança de quem ama a quem ele cumulou de toda graça, de toda bênção. A escolha é antes de tudo um sinal distintivo do seu amor. “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”, afirmou Jesus.
Guardando a mensagem
O “sim” de Maria foi muito especial. Depois do susto, ela procurou saber o alcance daquele convite tão especial da parte de Deus. Convenceu-se de que ele pode tudo e que, com ele, ela poderia vencer qualquer obstáculo, começando por fazer fecunda a sua virgindade. Teve fé. Izabel fez-lhe um elogio por sua fé: “Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor se cumprirá”. A primeira reação à entrada surpreendente de Deus em nossa vida, integrando-nos ao seu projeto de salvação, é o susto, a surpresa. Depois vem a dúvida. E por fim, a resposta. Às vezes, ela não é como a de Maria, a de entrega generosa e humilde. Às vezes, é presunçosa e egoísta. É, muitas vezes, Deus tem recebido um “não”. ‘Não vou, porque já tenho o meu projeto, vou cuidar da minha vida ao meu modo’... Mas, hoje, dia da Anunciação do Senhor, não é dia de ‘não’, hoje é dia de ‘sim’, do ‘sim’ de Maria e do seu ‘sim’ generoso e fiel, meu irmão, meu irmã.
Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (Lc 1, 28)
Vamos rezar a Palavra
Senhor Jesus,
temos hoje uma alegria e uma tristeza no coração. A alegria pela solenidade da anunciação, com a qual festejamos a iniciativa misericordiosa do Pai de enviar-te em nossa natureza humana, a tua adesão obediente de Filho amoroso e o ‘sim’ de tua mãe Maria, cheia da graça do nosso Deus. E a tristeza de celebrar essa linda solenidade em meio a uma quarentena por causa do vírus que está circulando. Nem é bem a quarentena que nos entristece, mas as pessoas que estão morrendo por causa do vírus. O mal está se estendendo por todo o mundo, com crescente número de infectados e muitos óbitos. Senhor, tua vinda continua nos mostrando quanto somos amados por Deus. E quanto ele quer nos salvar por meio de ti. Assim, tu que viste aqui na terra tanto sofrimento, tanta doença, tem compaixão de nós e livra-nos desse covid-19. Abençoa, Senhor, os profissionais da área da saúde e os que estão trabalhando em frentes indispensáveis. Conserva-nos serenos no meio dessa tempestade, confiantes na misericórdia divina e abençoa as nossas famílias em quarentena. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, quarta-feira, no Terço Mariano, contemplamos os mistérios gloriosos. Se você não puder rezar o terço todo, hoje, reze pelo menos um mistério.
Estou lhe enviando um link, para o caso de você precisar lembrar como se reza o terço ou como se contempla os mistérios de hoje.
Lembre de rezar a novena de Nossa Senhora Auxiliadora, para proteção de sua família.  
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


COMO REZAR O TERÇO



“PELO SINAL da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos”. “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”

Oferecimento do Terço
“Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa Redenção. Concedei-nos pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção. Oferecemos particularmente (colocam-se as intenções).”

Oração do Credo - (Na Cruzinha)
Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na Ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Oração do Pai-Nosso (em todas as bolinhas maiores)
Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Oração da Ave-Maria (em todas as dezenas - bolinhas menores)
Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai (ao final de cada dezena)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Jaculatória (após os Glória ao Pai)
Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.


CONTEMPLANDO OS MISTÉRIOS

Mistérios Gozosos (segunda e sábado)
1. No primeiro mistério contemplamos a Anunciação do anjo e a Encarnação do Verbo.
2. No segundo mistério contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.
3. No terceiro mistério contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
4. No quarto mistério contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora.
5. No quinto mistério contemplamos a perda e o encontro do Menino Jesus.

Mistérios Dolorosos (terça e sexta)
1. No primeiro mistério contemplamos a Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
2. No segundo mistério contemplamos a Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3. No terceiro mistério contemplamos a Coroação de espinhos de Nosso Senhor.
4. No quarto mistério contemplamos Nosso Senhor carregando penosamente a Cruz até o alto do Calvário.
5. No quinto mistério contemplamos a Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mistérios Gloriosos (quarta e domingo)
1. No primeiro mistério contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo.
2. No segundo mistério contemplamos a Ascensão de Jesus aos Céus.
3. No terceiro mistério contemplamos a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos no Cenáculo.
4. No quarto mistério contemplamos a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
5. No quinto mistério contemplamos a gloriosa coroação de Maria Santíssima como Rainha do Céu e da Terra.

Mistérios Luminosos (quinta)
1. No primeiro mistério contemplamos o Batismo de Jesus no rio Jordão.
2. No segundo mistério contemplamos a auto-revelação nas Bodas de Caná por intercessão da Virgem Maria.
3. No terceiro mistério contemplamos o Anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
4. No quarto mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus.
5. No quinto mistério contemplamos a instituição da Eucaristia

Agradecimento (Última oração ao final do terço)
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos, agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve Rainha:

“SALVE RAINHA, Mãe de misericórdia, vida e doçura, esperança nossa Salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai-nos a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém”

Fonte: https://www.nospassosdemaria.com.br/04-ComoRezarTerco.html

ESSA CRIANÇA TEM NOME

E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos (Lc 1, 76)



24 de dezembro de 2019


Nesta véspera do Natal, antes da celebração da Vigília e da Noite do Natal, somos convidados a renovar nosso compromisso com a defesa e a proteção da vida que nasce. Hoje, lemos e rezamos o louvor do pai da criança que veio com a missão de preparar os caminhos de Jesus. Estamos falando de Zacarias, o pai e de João Batista, seu filho. 

Uma criança não é obra do acaso, a vida humana é obra de Deus. Na chegada de uma criança, há algo de especial, de inesperado, por mais que os pais se preparem. A criança não é o fruto de um planejamento. Os pais podem, responsavelmente, planejar-se para acolher do melhor modo possível a vida que vai chegar. Mas, não a produzem, a acolhem. E o ser humano que chega, gerado pelos pais, já estava no pensamento de Deus, antes de existir. O jovem Jeremias ouviu Deus lhe dizer: “Antes de te formar no seio materno, eu te conheci; antes de saíres do ventre de tua mãe, eu te consagrei”. O servo de Javé do Livro do profeta Isaías declarou: “O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome”. O ser humano é obra do Deus criador, no milagre da geração humana e na criação de sua alma.

Os parentes e vizinhos de Izabel alegram-se com ela. Surpreendem-se com a ação misericordiosa de Deus na vida daquele casal idoso e estéril. Reconhecem a obra de Deus na vinda daquele menino ao mundo. Intuem que aquela criança está destinada a uma missão muito especial. Dos fatos do nascimento e circuncisão do filho de Isabel, podemos recolher lições importantes para nós, hoje. Recolhamos, ao menos, três lições. 

Primeira lição: desejar e acolher o filho. Aqueles pais idosos, sem filhos pela esterilidade da mãe, desejavam o filho. Pediram muito a Deus por isso. O anjo disse a Zacarias, quando este oficiava no Templo: “Deus ouviu tua súplica”. O Senhor, no seu tempo, lhes concedeu esse dom tão precioso. Desejar o filho é a primeira atitude dos que constituem família. Ser pai e mãe é responder a uma vocação, a um chamado especial de Deus. Filho dá trabalho, altera a vida do casal. Mas, ao desejar e acolher um filho, os pais realizam a sua vocação, fonte de felicidade e realização.

Segunda lição: dar-lhe um nome. Os judeus circuncidavam o menino no oitavo dia e lhe davam o nome nessa cerimônia familiar, pela qual inseriam a criança na aliança com Deus. Dar um nome é dar uma identidade, assegurar-lhe um lugar na família e no seu povo. A vida de um ser humano é um mistério de possibilidades abertas ao futuro. Não é apenas uma continuação dos pais. Na casa de Isabel, os parentes ficaram confusos. O menino recebeu um nome em desacordo com a tradição familiar, não recebeu o nome do pai. “João é o seu nome”, escreveu o pai numa tabuinha. Foi um gesto de obediência a Deus que tinha mandado dar esse nome, em vista da missão que o menino desempenharia. A criança precisa ter um nome, um sobrenome, uma identidade, um lugar na família, na sociedade. As famílias cristãs dão nomes cristãos aos seus filhos, providenciam seu registro de nascimento, integram-nos na comunidade dos discípulos pelo batismo e os educam para serem úteis e significativos na sociedade. Dão-lhe um nome.

Terceira lição: Sermos solidários com as famílias. Foi essa a atitude dos parentes e vizinhos do abençoado casal. Eles alegraram-se com Izabel, na gravidez e no nascimento da criança, ao perceber como o Senhor tinha sido misericordioso para com ela. Uma atitude de fé e de exultação interior. Uma parenta de Izabel mostrou-se particularmente solidária: Maria. Ela esteve presente, ajudando sua prima nos últimos três meses da gestação. Maria e outros parentes e vizinhos mostraram-se próximos, solidários, interessados no bem daquela família. 




Guardando a mensagem

No dia de hoje, em que nos preparamos para o Natal de Jesus, ouvimos o pai de um recém-nascido, Zacarias, louvando a Deus, no oitavo dia do seu nascimento, no dia em que lhe deu o nome de João. Recolhamos as lições do evangelho no cuidado e na defesa da vida das crianças. Primeira lição: desejar e acolher o filho; Segunda lição: dar-lhe um nome; Terceira lição: Sermos solidários com as famílias e suas crianças. Cuidar bem dos próprios filhos e nos sentirmos todos responsáveis pela defesa e proteção das crianças.

E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos (Lc 1, 76)

Rezando a palavra

Façamos nossas as palavras do Canto de Zacarias, o pai da criança:

Serás profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irás andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvação,
que está na remissão de seus pecados;
pelo amor do coração de nosso Deus,
sol nascente que nos veio visitar lá do alto
como luz resplandecente a iluminar
a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estão sentados
e para dirigir os nossos passos,
guiando-nos no caminho da paz.

Vivendo a palavra

Havendo uma oportunidade,neste natal, faça um gesto de atenção em relação a uma família pobre e suas crianças.

A sugestão é que, hoje ou amanhã, dia de natal, você reúna sua família e faça um breve momento de oração. Em nossas redes sociais, colocamos um roteiro para uma celebração de natal em família. Veja se pode ajudar!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb - 24 de dezembro de 2019.

A VINDA DO EMANUEL


Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco (Mt 1, 23)


22 de dezembro de 2019 - 4º Domingo do Advento


Nesse trecho tão breve do Evangelho de Mateus, temos o drama tão maravilhoso e fundamental da história da nossa salvação. A iniciativa do Pai, a ação do Espírito que gera a vida, a colaboração de Maria e de José e a vinda e a atuação salvadora de Jesus.

O Pai envia Jesus, por amor ao mundo, para nossa salvação. Diz o evangelho de São João: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único”. O Espírito Santo é quem fecunda o seio virginal de Maria (“e ela concebeu do Espírito Santo”). Jesus aceitou a missão que o Pai lhe confiou. Como diz o Salmo: “Vim com prazer, ó Pai, para fazer a vossa vontade”. Então, a vinda de Jesus na carne é obra do Pai (que o enviou), dele próprio o Filho (ao aceitar a missão confiada pelo Pai) e do Espírito Santo (que fecunda o ventre materno). Na encarnação, vemos a atuação das três pessoas da Trindade Santa.

Mas, na história de nossa salvação, o Deus onipotente quer contar também com a participação humana. Na vinda de Jesus, o Pai solicitou a participação de Maria e de José. Contemplemos a colaboração de Maria e de José no plano do Pai. “Ela dará à luz um filho”, diz o anjo: essa é a colaboração de Maria. E a participação de José está clara nessa palavra do anjo: “Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus”. Na comunidade judaica, o pai reconhece o filho ao lhe atribuir o nome. Isso quer dizer que José recebeu o menino como filho, assumiu responsabilidade de pai em relação à criança que Maria gerou.

Vemos, nessa breve passagem, a iniciativa do Pai, a obediência do Filho e a comunicação da vida pelo Espírito Santo. Com a colaboração de Maria e de José, Jesus vem a nós como Salvador de nossa história humana. É maravilhoso e desconcertante que Deus precise de nós para levar adiante o seu projeto de salvação.  Ao final desse tempo do Advento, Maria e José nos estão sendo apresentados como modelo de como podemos participar da obra de Deus, na fé, na generosidade, e em espírito de obediência. Generosamente, eles põem-se a serviço da causa de Deus, que é a salvação do seu povo.

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco (Mt 1, 23)







9º Dia da Novena de Natal

O TESTEMUNHO DO NASCITURO

Bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1, 42) 

Apresentação do tema 

Ao chegar à casa de Isabel, Maria saudou a sua prima com um 'Shalom', como todo hebreu piedoso fazia. Esta saudação provocou uma revolução em Isabel e no seu bebê de seis meses de gestação. Ele se contorceu de alegria. Ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que proclamou com entusiasmo foi “bendito é o fruto do teu ventre”. E mais: que Maria era a mãe do seu Senhor. Conclusão: neste embriãozinho, em suas primeiras semanas de gestação, Isabel, iluminada pelo Espírito, já enxerga o seu Senhor, o Messias. Que grande lição para nossa sociedade que caminha a passos acelerados para a liberalização do aborto. A vida humana existe desde a concepção. Nosso dever é protegê-la.

O testemunho de Isabel sobre Jesus é maravilhoso: ele é o bendito fruto de Maria, a bendita entre as mulheres. Ele é o Senhor, em sua origem é divino. E ela o reconhece, pelo Espírito Santo, em suas primeiras semanas de vida uterina. A vida humana já existe desde a concepção. A vida é sagrada. Sejamos seus guardiões. 

Bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1, 42) 

Oração do dia 

Senhor Jesus,
a visita de tua mãezinha à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como tu te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do cântico de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Obrigado, Senhor, por tua visita, por tua primeira vinda. Agora, toda a Igreja aguarda e clama por tua segunda vinda. Vem, Senhor Jesus! 

Bênção 

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Vivência

Como podemos expressar nossa proximidade junto a alguma gestante que conhecemos? 

Terminamos a nossa novena de natal – a novena das testemunhas. Amanhã, segunda-feira, antevéspera do natal, vamos fazer aqui um momento de oração por sua família. Pode ser? 

Então, a gente se encontra amanhã. 







Pe. João Carlos Ribeiro -22 de dezembro de 2019.

UMA VISITA DE NATAL


Bem-aventurada aquela que acreditou (Lc 1, 45)

21 de dezembro de 2019

A visita de Maria à sua prima Isabel é uma cena que você conhece bem. É, inclusive, a meditação da segunda dezena dos mistérios gozosos do Terço. Ao saber da gravidez de risco de sua prima idosa, Maria logo viajou para a Judeia. Chegando, entrou na casa e saudou Isabel. O bebê de seis meses de gestação pulou de alegria no ventre de Isabel e ela, cheia do Espírito Santo, disse coisas maravilhosas sobre Maria e sobre Jesus. Vamos prestar atenção no que Isabel proclamou nesta ocasião.

O que Isabel falou com tanta ênfase e entusiasmo pode ser organizado em sete afirmações: Tu és bendita entre as mulheres; O fruto do teu ventre é bendito; Eu não mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar; A tua saudação chegou aos meus ouvidos; A criança pulou de alegria no meu ventre; Bendita é aquela que acreditou; O que o Senhor lhe prometeu será cumprido. Sete afirmações. 

Isabel dá um belo testemunho sobre Jesus. Mas, não separa Jesus de sua mãe. Ele é o bendito fruto do ventre de Maria. Ele é o Senhor. “Ela é a mãe do meu Senhor”, disse Isabel. Jesus é filho de Deus e de Maria. E ela é grande pela sua fé. “Bem-aventurada aquela que acreditou”. 

Nessa preparação para o natal, podemos aprender com Isabel a ter bem clara essa centralidade da pessoa de Jesus. Ele é o bendito fruto do ventre de Maria, o filho do Altíssimo. Como disse o Papa Francisco na Carta Apostólica que escreveu sobre o presépio, no início deste mês: "O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja". Lindas palavras do nosso Papa Francisco, nos seus 83 anos de idade. É assim que, em Jesus, no presépio, tudo ganha luz e sentido. 

Bem-aventurada aquela que acreditou (Lc 1, 45)







8º dia da Novena de Natal

O TESTEMUNHO DE MARIA

O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor (Lc 1, 49) 

Apresentação do tema 

Não podemos ver o natal apenas como um item da tradição, uma festa de fim de ano, ou apenas uma linda comemoração de família. O natal é uma intervenção de Deus, mudando a história humana. Deus enviou o seu filho para a salvação do mundo. 

Maria reconheceu, agradecida, que Deus olhou para a pequenez de sua serva (por isso, todas as gerações a chamariam de bem-aventurada) e que Ele fez grandes coisas em seu favor. Realmente, ele é santo e misericordioso. É a primeira parte de seu canto. Deus agiu em sua vida de uma maneira maravilhosa. Deus envia o salvador, por meio dela. Ela está feliz e agradecida por isto. Mas, não se limita só ao que Deus lhe fez. Sabe que essa vinda de Jesus é em benefício de todo o povo. Por isso, bendiz o Senhor porque mostrou a força do seu braço e porque veio em socorro do seu povo. E descreve a ação deste Deus libertador, que continua agindo como no tempo do Êxodo: libertando os humildes e punindo os soberbos. É a segunda parte do seu canto. O Deus santo e fiel está cumprindo suas promessas, em favor do seu povo. 

O natal é um presente de Deus para o mundo, que passa pelas mãos e pelo ventre de Maria. A vinda do Salvador é uma intervenção de Deus que muda a história, em favor dos humildes, dos sofredores, dos pecadores. 

Oração do dia 

Não há palavras e sentimentos mais adequados hoje do que o próprio canto da Virgem, inspirada pelo Santo Espírito. Rezemos: 

“A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem (Lc 1, 46-50). 

Bênção 

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Vivência 

O que chama a sua atenção no Canto de Maria (o Magnificat)? 

Amanhã, a gente se encontra para o 9º dia da novena. 






Pe. João Carlos Ribeiro – 21 de dezembro de 2019

DEUS CONTA COM VOCÊ


Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino (Lc 1, 14).


19 de dezembro de 2019

Nestes dias que precedem o natal, trazemos à memória uma figura muito especial: Zacarias. Os acontecimentos na vida do sacerdote Zacarias nos dizem que Deus conta com todos nós, independentemente da idade. Aliás, os idosos, precisamente estes, têm uma contribuição muito especial a dar no plano de salvação do nosso Deus. Vamos ao texto de hoje.

O sacerdote Zacarias está no Templo oferecendo o incenso. De repente, aparece-lhe o anjo do Senhor. Ele lhe traz uma boa notícia: o filho que ele tanto quis, e não pode, agora vai chegar. Zacarias já tinha perdido a esperança. Já estava velho. E sua mulher Izabel, além de idosa, era estéril. Zacarias duvidou. Será?! Como é que eu vou ter certeza disso? Tá certo, Zacarias. Aqui está o sinal. Você, por não acreditar, vai ficar mudo, até o menino nascer. O anjo Gabriel aproveitou pra dizer a Zacarias qual seria a missão do seu filho: preparar os caminhos do Messias.

Na vida de Zacarias e Izabel, está esse grande testemunho: mesmo com nossos limites e deficiências, Deus conta conosco no seu projeto. Aliás, fica claro nessa história de Zacarias que não é por obra de mãos humanas, mas por obra do próprio Deus que nos chega a salvação. A salvação é obra de Deus em nossas vidas, com nossa humilde e frágil participação.

E você fica pensando... será que Deus conta comigo também no seu plano de salvação? Pode ter certeza. Ele conta com você, como contou com Zacarias e Izabel. Agora, por favor, não diga, ah estou de idade... ou, não tenho muito estudo... ou, meu tempo é muito pouco... nem diga: eu não sou ninguém... quanto mais fracos somos, mais se manifesta que é Deus que realiza a obra. Mas, a obra de Deus , que é a nossa salvação em Cristo, a nossa e a de outros, passa pelas nossas mãos, pela nossa voz, pela nossa humilde colaboração. Sem os poucos pães que o menino partilhou não haveria multiplicação dos pães. Você entendeu? Deus conta com você.


Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino (Lc 1, 14).





6º dia da novena 

O TESTEMUNHO DE GABRIEL

O Senhor lhe dará o trono de seu pai Davi (Lc 1, 32)

Apresentação do tema 

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a Maria. Ele a saudou de uma forma surpreendente: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. E anunciou que ela seria mãe, mesmo sendo virgem. E deu um testemunho maravilhoso sobre Jesus. Maria ouviu tudo, confusa coitada e pediu uma explicação. E ele a tranquilizou: ela engravidaria por obra do Espírito Santo. E Maria, com humildade e generosidade, aceitou a missão que Deus lhe confiava.

Nessa proximidade do natal, recordamos como foi o anúncio do anjo a Maria. E ficamos atentos ao anjo Gabriel. Ele desempenhou bem a sua tarefa. Veio da parte Deus, como mensageiro, com uma missão muito especial. Entrou com grande respeito na presença de Maria, saudando-a como cheia de graça, comunicou-lhe a boa notícia que trazia, tirou suas dúvidas, recebeu sua resposta e se foi. A evangelização deve sempre produzir uma resposta, um engajamento da pessoa. 

O anjo revelou coisas muito especiais sobre Jesus: ele, o filho de Deus e de Maria, é o líder do povo santo e de toda a humanidade.

Oração do dia

O anúncio do anjo a Maria é celebrado, em nossa tradição cristã católica, de maneira especial, com a oração do ÂNGELUS. 

Guia: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. 
Todos: E Ela concebeu do Espírito Santo.

Guia: Eis aqui a serva do Senhor.
Todos: Faça-se em mim segundo a vossa palavra.

Guia: E o Verbo se fez carne.
Todos: E habitou entre nós.

Guia: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Guia: Oremos. Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Bênção

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Vivência

Nesta proximidade do natal do Senhor, o que podemos aprender com o anjo Gabriel?

Pe. João Carlos Ribeiro – 19 de dezembro de 2019





A VISITA QUE ISABEL RECEBEU

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? (Lc 1, 43).

12 de dezembro de 2019

Esta segunda semana do advento está marcada pelo forte tom mariano. Começou com a festa da Imaculada Conceição, no domingo. E hoje festejamos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina. No domingo, meditamos sobre a anunciação do anjo a Maria. Hoje, a meditação é sobre o texto que segue: a visita de Maria a Isabel.

Assim que Maria soube, pelo anjo Gabriel, que sua idosa prima estava grávida, viajou apressadamente para fazer-lhe uma visita. Ao chegar, Maria lhe fez a saudação de praxe, o Shalom, a paz de Deus. E essa saudação provocou uma enorme alegria em Isabel e na sua criança que estremeceu em seu ventre, pulando de alegria. O encontro das duas servas de Deus foi impressionante. “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”. Foi assim que Isabel mostrou a sua alegria ao receber Maria em sua casa. Aliás, tudo o que Isabel disse naquele encontro foi muito precioso, porque, diz o evangelho, ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que ela disse foi: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”, louvação à Virgem que nós continuamos a fazer na Ave Maria.


Isabel tinha sido agraciada com a maternidade e já estava no sexto mês de gravidez. Ela estava vivendo dias de graça, de bênçãos. Depois de uma vida de humilhações pela esterilidade, já em idade avançada,  estava gerando um filho anunciado pelo Anjo a Zacarias, seu esposo. Sua vida é, agora, uma emoção só. E com a chegada de Maria, ela se sente tomada de alegria, cheia do Espírito Santo, como diz o Evangelho.

Maria foi à casa de Isabel, viajando de tão longe, para servir à sua prima idosa, naquela hora delicada de sua vida. Foi para oferecer sua companhia e seus préstimos, amparando a vida que estava chegando e a saúde de sua parenta. Foi também levar o testemunho silencioso da obra de Deus em sua vida. E demorou-se por lá por três meses, os últimos meses de gravidez de Isabel até o parto. Talvez não haja nenhuma ligação, mas note que a visita de Jesus, isto é o seu ministério público, demorou três anos.

A visita de Maria não foi uma simples visita. Na Bíblia, o povo fala da intervenção salvadora de Deus como de uma visita. Quando Jesus esteve em Naim, e ressuscitou o filho da viúva, espalhou-se o comentário: “Deus visitou o seu povo”. A visita de Maria é a visita de Deus. Ela leva a bênção de Deus, aliás, ela leva Deus mesmo, pois estava grávida de Jesus.






Guardando a mensagem

Como foi preciosa a visita da mãe do Senhor à família de Isabel. Ela não levou nenhum presente especial, a não ser o filho de Deus em suas primeiras semanas de gestação. Isabel reconheceu na visita de Maria uma graça especial de Deus, ficou radiante, sua criança pulou de alegria. Quem deu a Isabel o conhecimento de que Maria era a mãe do seu Senhor? O Espírito Santo. Precisamos hoje do Espírito Santo para reconhecer a graça da visita do Senhor. Celebramos hoje, com a Igreja, a Virgem que apareceu no México ao índio Juan Diego, um catequista santo, em sinal de proteção aos pequenos e oprimidos: Nossa Senhora de Guadalupe.  Essa aparição foi como uma visita de Maria ao povo sofrido da América Latina, de quem agora é padroeira. Ela nos traz Jesus e o seu evangelho, evangelho da vida e da fraternidade.

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? (Lc 1, 43)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A visita de tua mãe Maria à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do canto de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada, então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Queremos te recomendar, Senhor, as visitas que faremos ou receberemos neste final de ano. Que, em todas elas, possamos, como Maria, te levar aonde formos; e como Isabel, reconhecer a graça de Deus que nos visita. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma lista das pessoas que pretende saudar ou visitar neste final de ano. Firme o propósito de em cada visita, abrir portas para a visita de Jesus.

Sendo hoje o dia de N. Senhora de Guadalupe e Dia continental de oração pela paz entre os povos da América Latina e do Caribe, queria convidar você para rezarmos juntos o terço às 10:30h da manhã de hoje. Baixe o aplicativo da Rádio Tempo de Paz no seu celular. Para facilitar, já estou lhe enviando o link aqui, no seu celular. 10:30 de hoje, na Rádio Tempo de Paz - Terço pela Paz, no Dia de Nossa Senhora de Guadalupe.

Pe. João Carlos Ribeiro – 12 de dezembro de 2019

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