PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Herodes
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MORTE NO BANQUETE DA CORTE


Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista (Mc 6, 25).
29 de agosto de 2018.
Hoje, celebramos o martírio de João Batista. Assim, lemos em Marcos 6 o episódio da prisão e morte do profeta, na corte de Herodes. O evangelista Lucas atribui simplesmente a Herodes Antipas a execução do Batista. E esclarece que a causa da prisão foi a denúncia de sua vida irregular com a cunhada e de todas as más ações que havia cometido. Herodes foi um governante violento e repressor. Os evangelistas Marcos e Mateus narram o banquete, no aniversário do rei, onde se deu a morte do profeta.
No aniversário de Herodes, certamente no palácio de sua capital Tiberíades, oferece-se um banquete aos grandes da Galileia: a corte, os oficiais, os cidadãos importantes. Herodes se casara com a cunhada, Herodíades, mulher do seu irmão Filipe. Além de cunhada, a mulher era sua sobrinha. A filha dela, enteada do rei, portanto sua sobrinha-neta, boa dançarina, apresentou-se dançando na festa. A dança e os gingados da moça agradaram em cheio os convidados e o rei. Este lhe prometeu um presente, o que ela pedisse, mesmo que fosse metade do seu reino. A mãe combinou com ela que pedisse a cabeça de João Batista. O rei, mesmo entristecido com o pedido, cumpriu sua promessa. É a triste história do martírio de João Batista.
Por que o evangelho de Marcos nos conta essa história tão triste? Uma razão é ir preparando o nosso coração para a morte de Jesus. Na história de João Batista, o ódio da mulher do rei desencadeou a morte do profeta. Na história de Jesus, foi o ódio das lideranças do seu povo que o levaram à morte. Herodes mostrou-se fraco, reticente, objeto de manipulação de Herodíades. Na história de Jesus, foi Pilatos, o governante fraco e manipulado pelo Sinédrio dos hebreus.                                   
Por que o evangelho de Marcos nos conta essa história de tanta violência? Para podermos fazer uma comparação entre o banquete da morte e a multiplicação dos pães, o banquete da vida, que vem logo em seguida. No banquete de Herodes, o prato é a violência, a cabeça decapitada de João Batista. No banquete de Jesus, o prato é a partilha, a providência divina, a própria vida de Jesus entregue. Cinco mil homens se alimentaram com o que seria cinco pães e dois peixes.
Por que o evangelho de Marcos nos conta essa história de final tão desalentador? Para aprendermos o caminho da fidelidade com o profeta João Batista. No anúncio, ele foi claro e forte, denunciando os desmandos e o mau exemplo da vida irregular do rei e sua concubina. |João foi fiel até o fim, sem se acovardar, nem recuar na palavra que devia proclamar.
Por que o evangelista Marcos nos conta essa história? Para nos indicar que o caminho de João Batista continua no caminho de Jesus. Exatamente depois que João foi preso, Jesus voltou para a Galileia e começou a pregação, proclamando o evangelho do Reino de Deus.
Guardando a mensagem
Em todos os tempos, os profetas são perseguidos. Jesus disse que, em contraponto, os falsos profetas são aplaudidos. Lendo o fim de João Batista, nos preparamos para a paixão de Jesus. Ele tomará o caminho dos profetas, homens da verdade de Deus, que terminam incompreendidos pelo povo e perseguidos pelas autoridades. Também nos ajuda a entender a graça da multiplicação dos pães que prepara a Eucaristia: Jesus comunica vida, dando-se a si mesmo. Herodes comunica morte, poupando-se a si mesmo. João Batista foi fiel à sua missão, denunciando o erro e perseverando na provação. Esse é o caminho do cristão. Não desistir, não se intimidar diante das dificuldades. Jesus continua o caminho de João. Nós continuamos o caminho de Jesus.
Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista (Mc 6, 25).
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
A atuação do governante Herodes, violento no exercício do poder e escandaloso em sua vida pessoal, produziu morte na história do seu povo: exploração, fome, perseguição política. É o que nos diz essa cena do martírio de João Batista. Já a tua atuação, Jesus, a atenção às necessidades daquela gente e o compromisso com Deus produziram vida na história do teu povo: acolhimento, partilha, fartura. É o que nos diz a cena da multiplicação dos pães que vem logo em seguida. Dá-nos, Senhor, tomar distância dos banquetes dos Herodes de hoje e pautarmos nossa vida e nossas opções pelo teu banquete no deserto. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Estamos quase no final do mês das vocações. Dedique hoje uma prece ao Senhor pela fidelidade dos missionários, dos vocacionados.

Pe. João Carlos Ribeiro - 29.08.2018

O PROFETA E O MAU GOVERNANTE


Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

04 de agosto de 2018.

Herodes, que mandara matar o profeta João Batista, ficou sabendo da fama de Jesus e ficou cheio de temores. Pensou logo: “é João Batista que voltou, ressuscitado”. O evangelista Mateus aproveita para contar como foi a morte de João Batista e quem era esse mesquinho e violento governante.


Herodes era rei na Galileia, a região onde Jesus morava. Tinha construído uma cidade para sua capital à beira do Mar da Galileia. Era um monarca vassalo de Tibério César, imperador romano. Para agradá-lo, Herodes pôs o nome de sua capital de Tiberíades. Mantinha-se às custas de impostos arrancados da população da Galileia.

Era o tempo do profeta João Batista. Sua pregação era uma convocação à conversão, à mudança de vida, em preparação à chegada do Messias. Por isso, ele andou criticando o rei por suas maldades e por sua vida familiar escandalosa: ele vivia com a mulher do seu irmão Felipe.

Herodes é o tipo do mau governante. Olhando direitinho o texto, dá pra gente identificar os sete pecados do rei Herodes.

1. Supersticioso. Ao ouvir falar de Jesus, imaginou que era João Batista que tinha voltado. Ficou logo com medo.

2. Escandaloso. João Batista bem que tinha razão. O rei devia dar exemplo, não viver maritalmente com a cunhada.

3. Repressor. Ele mandou prender João Batista por causa das críticas que o profeta lhe fazera diante do povo. E queria matar João, só não o fez logo com medo da reação do povo. Mandou prender, amarrar, colocar na prisão o profeta desarmado.

4. Aliado dos grandes. Na festa do seu aniversário, no seu palácio, estão presentes os convidados, gente graúda que o sustenta no trono, gente que se beneficia do seu governo.

5. Leviano. Gostou da dança da mocinha, sua enteada, prometeu-lhe dar qualquer coisa que pedisse. Agiu com grande irresponsabilidade.

6. Covarde. A mãe mandou a filha pedir a cabeça de João Batista em um prato. Ele ficou triste, mas não teve coragem de negar e voltar atrás diante dos convidados.

7. Injusto. Mandou degolar João na prisão, sem nenhum processo ou julgamento.

Vamos guardar a mensagem 

Por que será que o evangelho conta essa história da morte de João Batista com tantos detalhes, realçando os graves defeitos do governante Herodes? Com certeza, para enaltecer a figura do profeta João e o vigor de sua pregação que convocava todos a se converterem, do pequeno ao grande; também para preparar o leitor para a perseguição que as autoridades de Jerusalém moveriam contra Jesus; e, certamente, para nos alertar a respeito do perfil dos maus governantes de ontem e de hoje.

Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,
Lemos no evangelho, que quando soubeste desta morte cruel do teu primo João Batista, voltaste da Judeia para a Galileia, para a tua região, onde tinham ocorrido esses episódios tão tristes. Não te deixaste intimidar. Pelo contrário, começaste a tua missão publicamente, pregando o Reino de Deus. É como quem diz, caiu um profeta, levanta-se outro. Senhor, teu exemplo é um grande ensinamento para nós. Ajuda-nos a não nos deixarmos paralisar pelo medo ou pela omissão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Hoje é dia do padre e dia do seu patrono, São João Maria Vianey. O padre é chamado a ser um profeta de Deus, como João Batista. Por ele, age o próprio Senhor Jesus ensinando, santificando, conduzindo o seu rebanho. Hoje, cumprimente o padre de sua comunidade e reze por ele. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 04.08.2018

UM MAL EXEMPLO


Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas? (Lc 9, 9).
É Herodes perplexo, ouvindo falar de Jesus. Imaginou logo que poderia ser o próprio João Batista que tivesse ressuscitado. Corriam vozes que se tratava do profeta Elias que tinha voltado  ou de algum antigo profeta ressuscitado. O tetrarca Herodes era um sujeito fraco e supersticioso. Para ilustrar sua fraqueza,  basta lembrar que, mesmo a contragosto, mandou degolar João Batista na prisão para atender a um capricho da amante.
Herodes, um governante sem legitimidade, já vivia assustado pela sua impopularidade e pela repressão com que tratava os descontentes do seu regime. Ele era um dos monarcas sustentados pela aliança com o império romano. E comandava a Galileia, a região onde Jesus morava. Violento, cruel  e inseguro, Herodes assustou-se com o que ouviu falar de Jesus.
Se Herodes não estivesse tão preocupado com seu poder (para não perdê-lo), poderia ter se valido de sua perplexidade para ter um encontro com Jesus. Com certeza, abrindo o coração, esse encontro poderia leva-lo à conversão de sua vida de luxúria, violência e pecado.
De toda forma, a chance de encontrar-se com Jesus, Herodes teve. Na Paixão, três anos depois, Pilatos, para se livrar do caso, mandou Jesus como prisioneiro a Herodes. Mas, Herodes não soube aproveitar  a ocasião para aproximar-se com respeito do Senhor e deixar-se interpelar pelo seu Evangelho. Cego pela vaidade, na euforia da bebida e arrotando soberba, Herodes só se ocupou de zombar de Jesus ou de querer arrancar-lhe um número de espetáculo para deleite de sua corte. Tratou Jesus como um mágico, um palhaço, humilhado pela prisão e pelos maus tratos. Jesus detido, amarrado, ficou calado. Não respondeu a nenhuma pergunta daquele monarca adúltero, violento e cruel. Mesmo ficando frente a frente com Jesus, Herodes não se deixou tocar pela graça e pelo amor de Deus.
Vamos guardar a mensagem de hoje
A admiração de Herodes por João Batista não o impediu de mandar matar o profeta. Não basta a admiração pelo Senhor, por suas palavras ou por sua Igreja. É preciso conversão, mudança de vida, a partir do reconhecimento de sua vida errada, com o firme propósito de consertá-la. Não podemos deixar a graça passar. Jesus não é uma ameaça. Ele é a grande chance para nos libertarmos  de uma vida vazia, tocada à vaidade e cheia de ilusão. Herodes também teve a chance de se encontrar com Jesus. O verdadeiro encontro com o Senhor pede conversão, acolhida da graça de Deus numa vida nova. Mateus é um bom exemplo. Abandonou  a mesa dos impostos para seguir Jesus. Zaqueu é um bom exemplo. Na vida nova da graça, dividiu seus bens com os pobres e reparou o prejuízo que causou às pessoas. Herodes não, Herodes é um mal exemplo.
Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas? (Lc 9, 9).

OS SETE PECADOS DE HERODES

Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão (Mc 6, 17).
Herodes era rei na Galileia, a região onde Jesus morava. Tinha construído uma cidade para sua capital à beira do Mar da Galileia. Era um monarca vassalo de Tibério César, imperador romano. Para agradá-lo, Herodes pôs o nome de sua capital de Tiberíades. Mantinha-se  à custa de impostos arrancados da população da Galileia.
Era o tempo do profeta João Batista. E o Batista andou criticando o rei por suas maldades e por sua vida familiar escandalosa: estava vivendo com a mulher do seu irmão Felipe.
Herodes é o tipo do mau governante. Olhando o que os evangelhos falam de Herodes, dá pra gente identificar os sete pecados dele.
1.   Supersticioso. Ao ouvir falar de Jesus, imaginou que era João Batista que tinha voltado. Ficou logo com medo.
2.   Escandaloso. João Batista bem que tinha razão. O rei devia dar exemplo, não viver maritalmente com a cunhada.
3.   Repressor. Ele mandou prender João Batista por causa das críticas que o profeta lhe fazia diante do povo. E queria matar João, só não o fez logo com medo da reação do povo. Mandou prender, amarrar, colocar na prisão o profeta desarmado.
4.   Aliado da elite. Na festa do seu aniversário, no seu palácio, estão presentes os convidados, gente graúda que o sustenta no trono, gente que se beneficia do seu governo.
5.   Leviano. Gostou da dança da mocinha, sua enteada, prometeu-lhe dar qualquer coisa que pedisse. Agiu com grande irresponsabilidade.
6.   Covarde. A mãe mandou a filha pedir a cabeça de João Batista em um prato. Ele ficou triste, mas não teve coragem de negar e voltar atrás diante dos convidados.
7.   Injusto. Mandou degolar João na prisão, um inocente, sem nenhum processo ou julgamento.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Por que será que o evangelho conta essa história da morte de João Batista com tantos detalhes, realçando os graves defeitos do governante Herodes? Com certeza, para enaltecer a figura do profeta João e o vigor de sua pregação que convocava todos a se converterem, do pequeno ao grande; e também para preparar o leitor para a perseguição que as autoridades de Jerusalém moveriam contra Jesus; e, certamente, também para nos alertar a respeito do perfil dos maus governantes de ontem e de hoje.

OS SETE PECADOS DO REI HERODES

Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

Herodes, que mandara matar o profeta João Batista, ficou sabendo da fama de Jesus e ficou cheio de temores. Pensou logo “é João Batista que voltou, ressuscitou”. O evangelista Mateus aproveita para contar como foi a morte de João Batista e quem era esse mesquinho e violento governante.

Herodes era rei na Galileia, a região onde Jesus morava. Tinha construído uma cidade para sua capital à beira do Mar da Galileia. Era um monarca vassalo de Tibério César, imperador romano. Para agradá-lo, Herodes pôs o nome de sua capital de Tiberíades. Mantinha-se às custas de impostos arrancados da população da Galileia.

Era o tempo do profeta João Batista. E o Batista andou criticando o rei por suas maldades e por sua vida familiar escandalosa: estava vivendo com a mulher do seu irmão Felipe.

Herodes é o tipo do mau governante. Olhando direitinho o texto, dá pra gente identificar os sete pecados do rei Herodes.
  • 1.      Supersticioso. Ao ouvir falar de Jesus, imaginou que era João Batista que tinha voltado. Ficou  logo com medo.
  • 2.  Escandaloso. João Batista bem que tinha razão. O rei devia dar exemplo, não viver  maritalmente com a cunhada.
  • 3.    Repressor. Ele mandou prender João Batista por causa das críticas que o profeta lhe fazia  diante do povo. E queria matar João, só não o fez logo com medo da reação do povo. Mandou  prender, amarrar, colocar na prisão o profeta desarmado.
  • 4.    Aliado dos grandes. Na festa do seu aniversário, no seu palácio, estão presentes os convidados, gente graúda que o sustenta no trono, gente que se beneficia do seu governo.
  • 5.   Leviano. Gostou da dança da mocinha, sua enteada, prometeu-lhe dar qualquer coisa que pedisse. Agiu com grande irresponsabilidade.
  • 6.    Covarde. A mãe mandou a filha pedir a cabeça de João Batista em um prato. Ele ficou triste, mas não teve coragem de negar e voltar atrás diante dos convidados.
  • 7.      Injusto. Mandou degolar João na prisão, sem nenhum processo ou julgamento.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Por que será que o evangelho conta essa história da morte de João Batista com tantos detalhes, realçando os graves defeitos do governante Herodes? Com certeza, para enaltecer a figura do profeta João e o vigor de sua pregação que convocava todos a se converterem, do pequeno ao grande; também para preparar o leitor para a perseguição que as autoridades de Jerusalém moveriam contra Jesus; e, certamente, para nos alertar a respeito do perfil dos maus governantes de ontem e de hoje.

Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

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