PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

O segredo do jumentinho

Quando Jesus entrou em Jerusalém, a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” (Mt 21, 10).

Com certeza, você já participou de muitas romarias. Uma romaria ou uma peregrinação é uma experiência única, que desperta muitos sentimentos e nos deixa muitas saudades. Imagine-se participando da peregrinação anual da páscoa, indo a Jerusalém, com muitos peregrinos. Vamos lá... imaginação funcionando. Pronto?! Já estamos no meio dos peregrinos que estão indo à cidade santa de Jerusalém, na romaria da páscoa. Agora, não haja como turista. Nós somos desse povo. Vai todo mundo a pé, claro. Alguma família leva seu burrinho ou seu jumento com alguém montado e com provisões para a viagem. A páscoa é aquela festa em que se celebra a saída do Egito: Deus libertou nosso povo da escravidão do faraó.  O povo que vem da Galileia, do norte do país, como nós, que é uma região mais baixa, diz sempre que está subindo a Jerusalém.  Então, estamos subindo a Jerusalém, peregrinando para a festa da páscoa.

Lázaro, vem para fora!

Tendo dito isso, exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43)

A morte é uma realidade muito dolorosa.  Quando se perde um parente ou mesmo uma pessoa amiga, vive-se momentos de muito sofrimento espiritual, mergulha-se numa grande tristeza. Quanto mais próxima a pessoa falecida - um pai, uma mãe, um irmão, um amigo do peito - mais dolorosa é a separação, o sentimento de impotência diante da morte, a sensação de perda irreparável.  Ainda assim, a morte pode ser um momento de grande revelação de Deus em nossa vida. Foi assim com a família de Marta, Maria e Lázaro.
Em um povoado perto de Jerusalém, chamado Betânia, morava essa família de quem Jesus era muito próximo. Marta, Maria e Lázaro eram amigos de Jesus. Lázaro caiu muito doente. E as irmãs mandaram avisar a Jesus, que estava longe. Jesus demorou a chegar. Quando chegou, o rapaz já estava morto há quatro dias. Tinha sido sepultado numa gruta fechada com uma pedra. Marta foi ao seu encontro. Jesus a consolou e a estimulou a crer nele. Maria também foi falar com Jesus e o comoveu com sua dor. Jesus quis ver o túmulo. Mandou rolar a pedra. Rezou ao Pai. E chamou Lázaro para fora. Foi uma grande comoção. Além das irmãs, estavam presentes também os discípulos de Jesus e muitos judeus.  Nessa ocasião, muitos creram nele.

Ele me abriu os olhos

E Jesus lhe disse: “Vai lavar-te na piscina de Siloé.”  O cego foi, lavou-se e voltou enxergando (Jo 9, 7).


E chegamos ao quarto domingo da quaresma. Cada domingo é um degrau que vamos subindo em direção à páscoa. É um caminho de revelação de quem é Jesus e de sua obra redentora que continua em nossas vidas e na história. É uma caminhada em que vamos renovando nossa condição de discípulos e nossa adesão à pessoa do Salvador. Estamos em comunhão com ele, caminhamos com ele desde o nosso batismo.

O evangelho de hoje conta a história do cego de nascença que foi curado de sua cegueira.  E esse texto é tão interessante que eu vou pedir a você, para o seu bem espiritual, que leia o evangelho de hoje completinho em sua Bíblia. João capítulo 9, de 1 a 41. Leia e faça uma conta: quantas vezes está escrito a expressão “abrir os olhos”?

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