PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Nada de ganância!

E Jesus lhes disse: “Atenção! Tomem cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. (Lucas 12, 15)

 Chegou a Jesus a confusão de irmãos, disputando uma herança. Esse negócio de herança dá muita confusão. E a razão é simples: quando o assunto é a posse de bens, parece que no ser humano despertam-se forças estranhas, primitivas, pagãs. É uma tentação lá dentro de cada um: garantir o seu lado, cercar-se de segurança, ter o mais possível. Ter. E ter muito. E aí, vê-se cenas deprimentes: irmãos se degladiando, um querendo passar por cima do direito do outro, genros e noras que entram também na disputa... vira uma guerra de família. 

Jesus sentenciou: “Mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. Não é ter muita coisa, muito dinheiro, muitos bens que resolve. A felicidade não está em ter bens. Precisamos ter o suficiente para viver com dignidade. Mas, o acúmulo de coisas, de dinheiro, de valores pode nos dar a falsa impressão de segurança, de independência, de autonomia, de felicidade. De falsa felicidade. O coração humano não se contenta com coisas. Pode-se até ter a impressão que ao se ter a posse daquele bem, ou chegar àquele status, vai-se encontrar um grau de satisfação que vai ser a própria felicidade. Não é verdade. A felicidade não está em ter coisas, Jesus está nos lembrando.

Senhor, ensina-nos a rezar!

Eles viram Jesus rezando muitas vezes. Queriam aprender a rezar como ele. “Senhor, ensina-nos a rezar”, foi o pedido discípulos. De tudo quanto Jesus ensinou sobre como rezar, as comunidades dos dois evangelistas Mateus e Lucas guardaram elementos que constituem a oração do Pai Nosso. Lucas anotou cinco pedidos ao Pai. Mateus, certamente com a vida de sua comunidade mais desenvolvida, anotou sete pedidos no mesmo Pai Nosso.  

Com o Pai Nosso, Jesus não só ensinou uma oração, mas apresentou aos discípulos um modo de rezar. Resumindo os ensinamentos de Jesus sobre a oração, a partir desse texto (Lucas 11, 1-13), vemos quatro características na oração dos discípulos do Senhor.

Alguém precisa de você

Quanto mais a população se concentra nos centros urbanos, menos comunicação interpessoal,  mais anonimato, mais indiferença. A indiferença é a gente passar um pelo outro, como se o outro não existisse. A indiferença e o individualismo enfraquecem o tecido social e empobrecem a nossa convivência humana.

Vivendo em sociedade, cada um tem um papel a cumprir, uma função social, uma tarefa profissional. Quem, como nós, leva o nome de ‘cristão’ e tem a responsabilidade de honrar a sua fé, não se contenta apenas em cumprir socialmente um papel. A perspectiva do evangelho é mais do que a simples convivência pacífica e educada entre todos, em sociedade. O evangelho nos impulsiona a um encontro mais profundo com as pessoas. Todos somos irmãos, estamos no mesmo barco e precisamos uns dos outros.

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