PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Você é dizimista?

O dízimo é uma das expressões de nossa condição de filhos crescidos na Casa do Pai e na comunhão com os irmãos. É um sinal de maturidade cristã.

O povo da Bíblia, quando começava a colheita, apresentava uma oferenda em agradeci-mento a Deus pela safra que começava a colher ou por seus rebanhos em tempo de corte. Isso se chamava dízimo. Dizimar era oferecer a Deus os seus primeiros frutos e suas primeiras criações de corte, representando o fruto do seu trabalho. Por esse gesto, a pessoa expressava um forte sentimento de reconhecimento e de gratidão. Reconhecia que Deus é quem lhe providenciava o necessário para a sobrevivência. E agradecia a Deus por todos os benefícios recebidos.

Os Santos de Deus

O povo católico brasileiro herdou do povo português a forma de honrar os santos de sua devoção. Cada localidade tem o seu padroeiro, festejado anualmente com novenas e festas religiosas e sociais. Os portugueses, especialmente os pobres, durante o período colonial, trouxeram para cá um catolicismo de muitas devoções e festas. Cada família tinha seu Oratório, com suas imagens, diante do qual a família se reunia para suas devoções. Havia confrarias e irmandades que construíam suas igrejas e organizavam as festas dos seus santos protetores.

Nesse período em que o Brasil estava se iniciando com engenhos, vilas e algumas poucas cidades, o catolicismo na Europa estava se reformando com o Concílio de Trento. Foi uma grande reforma que a Igreja fez, após a reforma protestante. O Concílio reforçou a vida da Igreja em torno da Paróquia, da Missa, dos Sacramentos. Mas aqui o Concílio só chegou pra valer quase três séculos depois. No Brasil Colonial, não somente a população estava dispersa em engenhos ou vilas, como também havia pouquíssimos padres. Assim, o jeito português e quase medieval de cada família e cada vila organizar sua vida religiosa em torno dos santos foi a forma natural de ser católico.

A força que vence a morte

Aproximou-se, tocou o caixão e os que o carregavam pararam. (Lucas 7, 14)

Como em outras passagens do evangelho, a cena descreve sete ações de Jesus: viu a mãe, sentiu compaixão dela, disse-lhe para não chorar, aproximou-se, tocou o caixão, ordenou que o jovem se levantasse e o entregou à mãe. No centro da cena, está a palavra APROXIMOU-SE. Como na história do bom samaritano, foi ele quem viu e se aproximou do homem caído na estrada. Na carta aos Filipenses, Paulo falou dessa “aproximação” de Jesus: ele não se apegou à sua condição divina, mas fez-se humano e servo, abaixando-se ainda mais até à obediência na cruz. Diante de nossa miséria, Jesus veio ao nosso encontro, aproximou-se, encarnou-se. E o faz por amor, por compaixão, por misericórdia.

O enterro do jovem e a dor de sua mãe viúva representam a nossa humanidade pecadora, caminhando para a destruição, para a morte – que é o salário do pecado. Jesus veio ao nosso encontro. Aproximou-se!

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