PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: santos
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Os Santos de Deus

O povo católico brasileiro herdou do povo português a forma de honrar os santos de sua devoção. Cada localidade tem o seu padroeiro, festejado anualmente com novenas e festas religiosas e sociais. Os portugueses, especialmente os pobres, durante o período colonial, trouxeram para cá um catolicismo de muitas devoções e festas. Cada família tinha seu Oratório, com suas imagens, diante do qual a família se reunia para suas devoções. Havia confrarias e irmandades que construíam suas igrejas e organizavam as festas dos seus santos protetores.

Nesse período em que o Brasil estava se iniciando com engenhos, vilas e algumas poucas cidades, o catolicismo na Europa estava se reformando com o Concílio de Trento. Foi uma grande reforma que a Igreja fez, após a reforma protestante. O Concílio reforçou a vida da Igreja em torno da Paróquia, da Missa, dos Sacramentos. Mas aqui o Concílio só chegou pra valer quase três séculos depois. No Brasil Colonial, não somente a população estava dispersa em engenhos ou vilas, como também havia pouquíssimos padres. Assim, o jeito português e quase medieval de cada família e cada vila organizar sua vida religiosa em torno dos santos foi a forma natural de ser católico.

O santo apóstolo do Brasil

No ano passado, fui ao Estado do Espírito Santo participar da FESTA NACIONAL DO BEATO ANCHIETA. A cidade chama-se hoje ‘Anchieta’. Era o dia 09 de junho, e a praça do Convento dos Jesuítas na cidade fundada por ele mesmo no século XVI estava lotada, com a presença numerosa de fiéis, do Governador do Estado, parlamentares, visitantes e padres jesuítas. Nove de junho, porque morreu em 09 de junho de 1597, com 63 anos. A povoação que nasceu com Anchieta e hoje leva o seu nome chamou-se Reritiba e foi o local escolhido pelo missionário para passar os seus últimos dias de vida. Lá está o seu sepulcro na grande Igreja construída pelos índios dos aldeamentos próximos, uma construção sólida e despojada do século XVI. Naquela noite festiva, houve concelebração da Santa Missa no palco ali montado, discursos das autoridades e depois o nosso Show. Todo mundo só falava da necessidade de se insistir na canonização do apóstolo do Brasil, uma possibilidade que se avizinhava desde a beatificação feita pelo Papa João Paulo II em 1980. Eu mesmo me referi a esse débito que temos com esse grande missionário do Brasil nascente e agradeci aos jesuítas por estarem conservando a sua memória. Ninguém imaginaria que em menos de um ano, Anchieta, cuja processo de reconhecimento de santidade já durava 417 anos, seria canonizado por um novo Papa e um Papa jesuíta. A história nos surpreende.

Os anjos da nova era

P João Carlos Ribeiro

Com a Nova Era, os anjos nunca estiveram tão em alta. Nas livrarias, vê-se livros sobre tudo quanto é anjo. Muita especulação, é bom que se diga. Anjos, gnomos, orixás, forças cósmicas ... vai tudo misturado pela Nova Era, no caldeirão místico do novo milênio. Anjos cabalísticos, bruxaria, astrologia, tarô, magia... em tudo um cheiro de paganismo, de religiosidade primitiva, longe da revelação bíblica e da fé cristã.

Bom, anjos estão na Bíblia, e eu não os estou pondo em dúvida. O que eu estou querendo dizer é que sua presença foi um tanto quanto inflacionada pela onda mística do início do terceiro milênio. E é bom a gente não se deixar levar por qualquer modismo. Desejo apenas chamar a atenção deste clima que tem levado gente não evangelizada a misturar as coisas.

Nós temos que manter os olhos e o coração no essencial, no fundamental, no que é central na fé cristã. Nossos olhos precisam sempre estar fitos no calvário: é lá que se desenvolve o drama que mudou a história e as nossas vidas. Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. Ele é o centro de tudo. Sua morte redentora nos salvou. Nós fomos mergulhados na sua morte e na sua ressurreição. Nenhuma devoção a qualquer santo ou anjo pode nos distrair do fundamental: Jesus Cristo Salvador.

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