Portanto, vão e façam
discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que lhes ordenei! (Mt 28,
19-20)
A ascensão de Jesus é a festa da missão. Ele veio como missionário
do Pai. E retorna ao Pai. E entrega a missão aos seus discípulos. Os
discípulos, com a força do Espírito Santo, somos agora suas testemunhas mundo
afora.
São três as instruções que ele deixou antes de ser levado ao céu:
a evangelização, o batismo e a catequese. Vejamos: ‘Vão e façam discípulos meus
todos os povos’ (evangelização), ‘batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo’ (batismo), e ‘ensinando-os a observar tudo quanto lhes ordenei’(catequese).
A quem realmente Jesus entregou sua missão? À sua Igreja,
representada no grupo dos onze. Um grupo incompleto (o número 12, você sabe o
que lhe aconteceu...). Um grupo falho (na hora da ascensão, alguns ainda duvidaram...).
Não foi, portanto, por competência e santidade que ficamos encarregados da missão.
Foi por pura misericórdia do Senhor. Na sua bondade, ele nos colocou em linha
de frente. A salvação será anunciada por nós, com nossas virtudes ou nossos
defeitos. Verdadeiramente, vai depender de nós. Isso é coerente com a dinâmica
da encarnação que ele escolheu para si desde o início. É verdade que seremos assistidos
pelo Espírito Santo. Mas, ele não tomará o nosso lugar. Ele nos indicará os
caminhos, na medida em que formos dóceis. Somos nós os verdadeiros
protagonistas deste tempo de missão. Mas, não estamos sozinhos. Jesus está conosco,
embora ausente fisicamente. O Pai colocou tudo sob os seus pés e o fez cabeça
da Igreja, que é o seu corpo. A Igreja é a responsável pela missão. Nós, que
somos a Igreja, somos responsáveis agora pela missão de Jesus.
E a missão é, em primeiro lugar, o anúncio e o testemunho sobre
Jesus. Vão e façam discípulos meus todos
os povos. Nós o encontramos. Damos
testemunho de tudo o que ele disse e tudo o que ele fez. E assim, convocamos
novos discípulos ao seu seguimento. Toda criatura humana neste mundo tem o
direito de saber dessa boa notícia, embora possa negar-se a segui-lo ou não se deixe
convencer pela fraqueza do nosso testemunho.
Quando alguém aceita o testemunho que damos, isto é quando
responde com a fé à evangelização, nós os batizamos
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Pelo batismo o novo
discípulo acolhe a redenção que Cristo nos alcançou: o perdão dos seus pecados
e o dom da filiação divina. Pelo batismo, acolhemos novos membros da Igreja,
que vão caminhar conosco na santidade de vida e no testemunho de Jesus.
A evangelização não se conclui com a iniciação do novo cristão na
vida de santidade dos batizados. O batizado vai precisar de formação cristã, de
catequese. É quando o ensinamos a observar tudo quanto o Senhor
nos ordenou. A formação cristã é hoje uma grande preocupação dos pastores
da Igreja. Em um mundo marcado pelo pluralismo cultural e religioso, há uma
enorme quantidade de discípulos que não conhece e nem pratica os ensinamentos
do Senhor. É a grande tarefa da iniciação cristã.
A evangelização, o Batismo, a
Catequese – três aspectos da missão de Jesus que a Igreja continua hoje. Nessa
grande tarefa, duas forças nos sustentam: a autoridade e a presença de Jesus. ‘Toda
a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra’ (a autoridade) e ‘Estarei com
vocês todos os dias, até o fim do mundo’ (a presença).
Como disse Pedro na pregação de Pentecostes: ‘Deus constituiu
Senhor e Cristo a este Jesus que vocês crucificaram’. Por sua morte e ressurreição,
Jesus recebeu toda autoridade no céu e
na terra. Ele nos enviou em missão com essa autoridade. Como seus
missionários, também participamos de sua autoridade. Essa é a primeira força que temos no cumprimento
da missão. Participamos de sua autoridade.
A segunda força é a sua presença. Eis que estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo. Isso é
possível pela atuação do seu Espírito que atualiza a sua presença. Ele está conosco.
Ele está no meio de nós. A missão é anuncia-lo presente na história, na Igreja,
em nossa vida. Presente e atuante, nos libertando, nos resgatando, nos
conduzindo.
A ascensão de Jesus é a festa da missão.
Pe. João Carlos Ribeiro - 27.05.2017
Amém! Que faça-se mais e mais discípulos de Cristo em verdade e em Espírito.
ResponderExcluirQue aqueles cristãos do Egito persevere na sua fé cristã, mesmo sendo perseguidos pelo terrorismo, discriminação religuosa e social,esta é a grande missão daqueles cristãos, permanecer na sua fé cristã. Amém
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